The memory ² | SASUKE UCHIHA.

最初のミッション

OROCHIMARU falava sem parar.
Ele explicava tudo com o máximo de detalhes,
ele queria que tudo fosse perfeito, impecável.
E caso contrário, ele explodiria de raiva e descontaria no primeiro a sua frente.

Era minha primeira missão desde que cheguei aqui, antes eu preferia só treinar sozinha, ainda prefiro.

Nesta missão eu teria um acompanhante, que no caso seria o Ruy, que já estava acostumado.

— Então, deixa eu ver se entendi — Começou o garoto — Você quer que nós pegamos um pergaminho que está lá na vila da areia ?

— Você é surdo ? — Perguntou Orochimaru já sem paciência — Este papel que eu falo é muito valioso, não quero nenhum rasgo ou amasso nele, caso contrário, rasgarei a cara de ambos.

— Entendido, mais alguma coisa ? — Perguntei.

— Não demorem, odeio que me façam esperar.

Ruy reclamava demais, eu já estava irritada.

Hoje o dia havia amanhecido em uma péssima energia, e piorou depois que descobri dessa missão.

Vila da areia é onde vive Gaara, o menino que eu conheci na prova Chunin da folha.

Pelo menos ele não irá me reconhecer.

— Como Orochimaru quer que sejamos rápidos ? São quase quatro dias de viagem — Resmungou novamente saindo da caverna.

— Se nos esforçarmos, podemos chegar lá em apenas dois dias — Respondi seguindo o mesmo.

— Dois dias ? É quase impossível — Disse — Só se seguimos sem descanso algum, mas já é demais.

— Você é tão fracote assim ? — Dei as costas pro mesmo seguindo em frente.

— Você não irá levar nenhum equipamento ? E se formos atacados ? — Mudou de assunto.

— Não preciso de nenhum equipamento ninja para matar alguém — Respondi seca.

Ruy era meio que uns dos cobaia de Orochimaru, porém o mais excluído e um pouco fraco.

Ele só servia para fazer algumas missões fáceis, e isso pra deixar o menino longe da caverna.

Meio que eu e Sasuke somos os preferidos do homem cobra, por sermos bem mais fortes.

Orochimaru provavelmente mandou Ruy em uma missão como está só porque eu estaria junto, caso contrário ele ficaria ali na caverna.

E não é só está missão que eu tenho.
Após o garoto sair da sala, eu consegui conversar com Orochimaru, que me deu outra missão.

E essa seria matar o Ruy.
Eu fiquei bem surpresa com isso, mas aceitei.

O homem disse que o garoto não era mais necessário pra si, e que era pra eu dar um fim nele.

Orochimaru era como uma caixa surpresa, cada dia com uma ideia louca e paranormal.

Eu pretendia chegar a vila já sem ele, pretendia chegar lá sozinha, sem ninguém.
Então a minha ideia seria o matar a noite,
apenas na luz da lua a escuridão.

Não estávamos nem na metade do caminho e o garoto atrás de mim já bufava de cansaço.

Por enquanto não havíamos enfrentado nada demais, o caminho estava tranquilo, calmo.

Os pássaros sobrevoavam nossas cabeças.
Eu agradecia mentalmente pelo Ruy ter parado
de falar, a voz dele podia ser irritante as vezes.

— Se abaixa ! — Gritei no puro impulso após uma kunai acertar quase perto da cabeça do garoto — Porque não sai desse horrível esconderijo ?

O mesmo garoto de antes estava escondido atrás de uma moita, aquele da idade de 11 entre 12.

— O que você tanto faz aqui tentando atacar os outros ? — Perguntei nervosa.

— É-é você de novo ? — Gaguejou — M-me desculpa, não sabia que era você.

— Na próxima eu mato você — Disse dando as costas para o garoto.

Pude ver Ruy conversando com ele atrás de
mim, mas decidi ignorar, ele não cansa de ser
tão bonzinho assim ?

Quando pude notar ele já estava ao meu lado
de novo, falando algo bem baixinho.

Já estava quase a noite, o menino ao meu lado
não aguentava nem ficar em pé.

E foi aí que decidimos descansar, dormir.

Procuramos por mais algum tempo um bom lugar para se esconder e passar a noite.

Mas a única coisa que encontramos foi uma minúscula caverna de pedra, onde caberia
apenas uma pessoa.

Falei para Ruy ficar lá e dormir, eu não estava tão cansada, disse ao mesmo que iria caminhar.

Cada vez mais o lugar ficava mais escuro,
apenas iluminado pela linda lua.

Meu tal companheiro já dormia como uma pedra.

Aquele seria o momento perfeito, é agora.

Seria bem mais prático se eu tivesse algum equipamento ninja para o matar.

E foi na sorte que vi a mochila de Ruy jogada.

Nela havia várias kunais e shurikens, além de
vários remédios inúteis.

Eu iria matá-lo com seu próprio equipamento.
Peguei duas kunais que haviam ali, uma estava na mão esquerda e a outra na direita.

Eu teria que acertar justamente em seu pescoço, e caso não desse certo, no seu coração.

Ele dormia igual uma pedra, acho que vai ser bem mais fácil do que eu pensei.

Levantei minha mão direita até o rumo de minha cabeça logo mirando em seu pescoço.

Minha mão então desceu com tudo antes da mão do mesmo me segurar, fazendo parar.

— O que você está fazendo ? — Perguntou segurando fortemente minha mão — Desgraçada, o que você ia fazer ? Responde Akine !

Com minha outra mão esquerda, que também havia uma kunai, mirei em seu coração, logo acertando.

Sangue jorrou por todo lado.

Pude ver Ruy gritar e rolar de dor, o que eu fiz ?

Quando pude notar, o garoto já havia parado de se mexer, e o seu coração já não batia mais.

Eu havia o matado, agora era certeza.

Barulhos ecoaram no local, era como se fosse pessoas se aproximando.

Droga, eu abaixei a guarda.

Consegui ver o semblante de dois ninjas, espera, são ninjas anbu, como me descobriam ?

Sem ao menos pensar comecei a correr freneticamente para um esconderijo.

Aquilo tudo foi tão rápido que acabei esquecendo
de pegar aquela mochila cheia de kunai.

O certo agora seria eu procurar uma caverna e me esconder, descansar um pouco.

O problema é que aqueles ninjas me viram, conseguir me localizar agora será fácil.

Escutei barulhos fora da caverna, tentei chegar aos poucos, mas quando pude notar fui golpeada com um chute na cara.

Um dos ninjas anbu de agora pouco estava a
minha frente, furioso.

— Akine Hashima, a traidora de Konoha, finalmente consegui te achar, depois de dias — Disse o homem.

— Sabe, eu estava quieta na minha, já sujei demais minha mão de sangue — Falei calma — Agora vou ter que sujar mais ?

Naquele momento começou uma luta, ele estava com uma seringa na mão e fazia de tudo para me acertar com ela e apertar o líquido dentro de si em mim.

De repente, tudo apagou.