The memory ² | SASUKE UCHIHA.

抑制されていない

EU pasmava lendo aquele livro, estava entediada como sempre, então decidi ler alguma coisa.
Esse livro era antigo, achei ele jogado no chão, se bobear Orochimaru já deve ter o lido, mas claro, tem vergonha de falar, então decidiu meio que esconder.
E sabe, tenho certeza que se eu for perguntar a ele e ficar insistindo, vou morrer.

Já havia se passado algumas semanas desde que eu amassei a carta, me doía, mas era necessário.

Eu queria poder conversar com todos eles, e dizer para desistirem de mim, agora não tem mais volta, eu não vou voltar para a vila da folha.

Um forte barulho ecoou no longe corredor, e esse barulho vinha no quarto de experimentos.

Sem pensar, fui correndo até o local.

Lá estava Kabuto sendo arremessado contra o chão,
junto a ele na sala, havia um homem musculoso, com metade de sua cara deformada.

Kabuto que fez isso ?

O homem voou no garoto novamente o acertando socos na cara.

— Para, agora — Gritei com a voz firme fazendo o homem me olhar — Que droga é essa ?

— Quem você acha que é pra me pedir parar ? É só uma garotinha frágil — Disse ele.

Ignorei completamente aquele homem, indo direito a Kabuto que estava com o rosto sangrando.

— Vamos, se levante — Disse o ajudando a levantar — E você grandão, fique aí.

— O que foi ? Quer apanhar no lugar dele ? — Perguntou o homem a um sorriso.

Disse a Kabuto para esperar fora desta sala, quando o mesmo saiu, tive toda a posse de fechar a porta e a trancar, não gosto quando me subestimem.

Havia uma pequena cadeira ali no local, passei minhas mãos em volta dela, antes de taca-lá com toda a força na cabeça do homem.

— Desgraçada ! — Ele gritou.

— Qual é, já vai desistir ?

O homem avançou em mim tentando me acertar vários socos, mas nenhum me atingiu.

A sala era pequena demais, e caso eu quebrasse um equipamento, iriam me decepar viva.

O homem era lento demais, além de que só lutava corpo a corpo comigo, uma coisa fácil.

O mesmo sem ao menos perceber foi acertado por um chute meu em sua barriga.

— Você ainda tem uma chance — Disse encostada na parede — O que aconteceu aqui antes que eu chegasse ?

Ele não respondeu, pegou uma das agulhas que tinha no local e mirou em minha direção, acertando a palma de minha mão.

Depois de tudo que passei, aquela agulha era pouca coisa, estava sem dor alguma.

— Possessão das sombras — Gritei finalmente o prendendo.

— E-eu não consigo me mexer !

Tirei a agulha que está em minha mão e caminhei até o rapaz, colocando a mesma em seu pescoço.

— Você vai me dizer o que aconteceu aqui, ou eu terei que derrubar sangue ? — Perguntei com a agulha em seu pescoço.

— Eu falo, é que...

— Prossiga.

— Fui destinado a realizar uma missão, e para isso eu teria que realizar alguns experimentos, sendo a tal cobaia — Falou — Ele disse que se eu realizasse tudo isso e cumprisse a missão, eu poderia voltar a minha vila, e proteger a todos que amo.

— Qual sua vila ?

— Minha vila é a que está em frente a essas montanhas, desde que cheguei aqui eu nunca
mais consegui sair — Disse — Eu preciso voltar pra minha vila, preciso salvar todos.

— Salvar ? Porque salvar ? — Perguntei.

— A pouco tempo descobri que tem uma mulher que quase toda vez aparece lá na vila roubando o dinheiro de todos — Respondeu — Roubando nossas vidas, o dinheiro da comida de pobres crianças.

— Acho melhor se acalmar, se continuar assim nem vivo ficará, confie em mim — Encerrei o soltando
— Deixe terminarem esses experimentos em você, será melhor.

Destranquei a porta pela última vez olhando para trás, vendo o homem já deitado novamente naquela maca, abri a porta dando de cara com Kabuto ainda no chão, que fracote.

— Eu já dei um jeito nele — Disse passando pelo garoto — Não seja fracote e termine os experimentos.

Eu agradecia mentalmente por aquele homem não saber que a mulher que ele dizia roubar era eu.

E não porque eu estava com medo dele, poderia o matar facilmente.

Era porque eu sabia que Orochimaru não iria
deixá-lo voltar a sua vila, ele iria ter que se acostumar a viver aqui, ou se não morrer

Orochimaru e suas falsas promessas.

Sendo assim desde a primeira vez que morei aqui.

Um homem traiçoeiro e extremamente perigoso.

Andei em direção a saída da caverna, e quando dei por mim já estava na vila oculta do som.

Eu nem mesmo havia chegado e todos estavam escondidos em suas moradias.

Ao mesmo tempo eu não me importava, mas no fundo eu sentia dó destas crianças.

Sentei-me em um banquinho ali mesmo, coloquei a mão em meus bolsos pegando aquele livro.

Aos poucos pude ver os moradores saindo de suas casas para me observarem.

Qual é ? Eu não posso ficar uma vez aqui sem causar terror entre o povo ?

Quando pude perceber todos já estavam fora de suas casas andando, as crianças brincavam e riam.

Era como seu eu não estivesse ali.

Pelo menos no momento eu não fazia mal.

O homem que toda as vezes me entregava dinheiro em troca de segurança chegou perto de mim.

— Primeira vez que não estão com medo de você — Disse alegre.

— Pois que fiquem — Disse a um olhar mortal colocando a mão sobre minha pequena bolsa e tacando uma kunai com um papel bomba em uma pequena árvore, que logo explodiu — Esse lugar fica melhor com o silêncio.

Todos correram de novo, principalmente o homem que estava ao meu lado.

Agora tudo estava vazio novamente.

Paz e silêncio, finalmente.

Eu odeio a pessoa que sou, mas infelizmente
me tornei assim.

Consegui ver só o semblante de uma pequena garotinha se aproximando de mim.

Ela segurava uma foto.

— Moça,você viu esse homem da foto ? — Perguntou.

Aquela menina era a única que não tinha medo de mim, pelo menos parecia.

E pra piorar minha situação, o cara da foto era o mesmo que estava na caverna a experimentos.

— Não, eu não o vi.

— É o meu papai, sinto saudades dele — Disse a garotinha cabisbaixa.

Pude ver uma mulher mais velha gritar seu nome.

— Saia de perto dela ! — Gritou a velha para a garotinha — Ela irá te matar, fuja !

A menina não deu muita bola para aquilo, apenas se virou caminhando até a velha.

Era impressionante a atitude da garota, eu digo dela chegar perto de mim e conversar normalmente.

Ela era uma das primeiras crianças que não havia sentido medo de mim em nenhum momento.

Apenas ela, uma das únicas.
Você se tornou um monstro Akine.