Dois Anos De Silêncio - Yaoi Omegaverse

capítulo 12

Com dificuldade, consegui me vestir e estava deitado no sofá novamente. Ouvindo a porta se abrir, vi Iori entrar no apartamento, fechar a porta e levar Kazuki para seu quarto. Eu já esperava que ele viesse tentar conversar comigo, então não foi uma novidade para mim vê-lo se aproximar.

— não quero falar com você. — alego me sentando com dificuldade no sofá, demonstrando querer me afastar dele.

— Yoshiaki, deixe eu pelo menos me explicar.

— então fala, porra! Fala a merda da sua desculpa que você criou no caminho para cá.

— eu realmente quero assumir meu erro, sei que fui impulsivo e acabei deixando minha raiva falar mais alto, mas por eu ser um lúpus isso só piorou tudo.

— agora você ter me abusado é por culpa de ser lúpus? Você tinha total noção do que estava fazendo.

— eu... — nervoso, ele passa suas mãos sobre seu rosto, notando que uma delas estava sangrando, ele a esconde. — eu realmente não quero te perder, Yoshiaki.

— eu também não quero lhe perder, mas não te forcei a fazer sexo comigo que nem um maluco tarado sem pensar nas consequências. Sabe Iori, você continua imaturo como na época que éramos adolescentes e nos encontrávamos naquela merda de laboratório. Naquela época eu realmente te amava, mas você sempre me viu e me vê até hoje como um brinquedo sexual.

— Yoshiaki, eu juro por minha vida que não lhe vejo desse jeito, eu realmente te amo e quero ter uma vida ao seu lado. Sei que você não quer mais me ver na sua frente, mas quero que saiba que eu te amo muito e nada e ninguém vai mudar isso.

— incrível o como você consegue mentir para mim com essas palavras. — dou uma risada debochada.

— Yoshiaki... Por favor, não deboche numa hora dessas, estamos tendo uma conversa séria. — diz aparentemente perdendo a paciência. — eu nunca mentiria para você.

— engraçado o como você perde a paciência fácil.. Já que você quer a verdade, então como não me vê como um brinquedo sexual? — dou uma risada alta. Minha raiva agora estava me controlando. Meu tom de voz estava alto e agressivo. — você não me vê assim, mas me abusou a tarde toda e naquela época você me obrigava a transar com você, tanto que me engravidou de Kazuki. Você acha que minha vida ainda é normal depois de ter lhe encontrado? Acha que pude seguir com meus planos e ter uma vida feliz como você teve? Você me pôs essa merda de marca que me fazia sofrer pra caralho com o cio e as merdas de remédios não ajudavam. A única coisa boa que você me deu foi Kazuki, mas mesmo após o parto dele, eu nem sequer conseguia olhar para ele por conta da depressão pós-parto. Você acha que a minha vida é fácil por ser a porra de um ômega?

Surpreso com as palavras sinceras, sua reação foi se manter paralisado por segundos boquiaberto.

— eu sou o pai de Kazuki? — questiona em choque.

— sim, você é. — no momento, eu tentava não desabar em lágrimas.

— por que você nunca me contou!? — ele estava começando a ficar pálido.

— porque eu não queria foder a sua vida que nem você fez comigo, porra! Eu amo Kazuki, mas por eu ser novo e ter um filho me incapacitou de muitas coisas, como arranjar um emprego decente e minha reputação estar fudida. Minha família e todo mundo me chama de prostituta e que eu saí dando o cu para qualquer um. Você acha que eu não pensei em você também? Seu... — coloco ambas as mãos sobre meu rosto enquanto apoiava meus cotovelos em minhas pernas. — vá embora, não quero te ver na minha frente.

Um silêncio surgiu, mas antes que Iori se retirasse, sua mão repousou em minhas costas e seus lábios em minha cabeça, podendo ouvi-lo sussurrar:

— me perdoe por tudo. Eu queria poder me explicar, mas sei que irá piorar tudo. Quando estiver mais calmo, vamos conversar melhor.