𝐂. 𝐓𝐖𝐎

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𝙨𝙝𝙤𝙧𝙚𝙝𝙖𝙫𝙚𝙣, 𝙖𝙪

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𝙨𝙝𝙤𝙧𝙚𝙝𝙖𝙫𝙚𝙣, 𝙖𝙪. : 𝙣𝙖𝙡𝙪 𝙢𝙖𝙧𝙞𝙨

𝐄𝐔 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 nos fundos da minha casa, onde costumava ocorrer os churrascos e festas entre amigos e onde eu e papai guardávamos e cuidávamos das pranchas de surf.

lá estavam todas elas, desde as primeiras até as últimas, tanto as de papai quanto as minhas.

de longe pude ver a minha funboard, a minha primeira prancha.

ela era rosa com com vários hibiscus brackenridgei desenhados nas cores amarelo, azul bebê e rosa claro, lembro que adorei fazer essa prancha e por um longo tempo foi a minha favorita.

olhei mais algumas inclusive as do papai e pude lembrar do momento em que fizemos a arte de cada uma, até qua avistei ela e meus olhos brilharam em puro êxtase.

a minha prancha gun, a minha última e a favorita, ela é perfeita para ondas grandes, as que eu mais gosto.

ela é branca, com as laterais em azul claro, em seu bico tem um adesivo grando com o símbolo de town & country, ela tem a quilha azul e em sua rabeta tem as marcas de nossas mãos em tinta preta.

virei ela ao contrário podendo visualizar o desenho de sol e lua juntamente com as ondas do mar na ponta, e vendo que ainda tem espaço pra muita arte.

eu poderia ficar aqui para sempre.

— ei pequena onda. - minha irmã entrou e olhou ao redor. — nossa, fazia muito tempo que eu não entrava aqui. - riu fraco.

— se ao invés de ficar apenas de baixo d'água e pegasse umas ondas - falei sugestiva.

— nah, mas você com toda certeza nasceu pra isso. - veio até mim — você tem uma conexão linda com o mar.

— e você com o que nele vive - o que era verdade, eu amava ver ela nadando.

— ta afim de dar um pulo na praia? acho que vai ser legal. - passou a mão em meus longos cabelos.

— sabe que eu não negaria, pode só esperar eu passar parafina na minha baby? - ela riu.

— espero sim, sinto falta de te ver surfar.

— é, eu sinto que preciso disso, preciso me reconectar. - sorri.

🪼

já tinhamos chegado na praia, desci a escadaria e corri até a beira mar com morgana atrás de mim, coloquei a capa em que minha prancha se encontrava e abri a mesma logo fincando ela em pé na areia,

morgana e eu nos sentamos apenas aproveitando o momento enquanto eu esperava sinal de ondas boas.

a praia não estava tão cheia, na verdade estava surpreendente vazia.

— eu estou feliz por estar em casa, queria que nosso pai estivesse conosco. - morgana falou sem desviar o olhar do mar.

o sol batia em nossos rostos me fazendo amar aquela sensação de nostalgia.

— você sabe que ele está, não em forma carnal mas está, ele nunca vai nos abandonar morgan. - olhei para a mesma vendo nossos olhares se encontrar.

— quando foi que você cresceu tanto? ainda lembro de você bem pequenininha dando perdido na praia deixando dona angela e nosso pai malucos. - rimos.

— fazer o que, não gosto de me sentir presa.

isso é verdade, não gosto de me sentir presa em nenhum quesito, seja ele amizade, relacionamento ou família, gosto de sentir que tenho asas e sou livre para voar.

— eu sei, só via a cabeleira loira pra lá e pra cá. - passou a mão em meus cabelos. — agora vai lá, quero ver você dando show.

fechei meu wetsuit e me lavantei sorrindo e vendo que o mar se encontrava perfeito pra isso, peguei minha prancha e sorri correndo até a água e pedindo permissão para entrar.

era um costume meu, já que papai sempre me dizia que para termos uma conexão com o mar precisavamos antes perdir permissão para usufruir do mesmo.

senti a agua gelada molhar meus pés e entrei nadando logo e em seguida sentando em cima da prancha e encaixando o leash no meu tornozelo.

apenas fiquei sentada esperando a onda perfeita e sentindo a brisa fresca bater em meu rosto com os olhos fechados.

abri assim que senti a onda vindo, não era uma onda tão grande, respirei fundo me deitando e remando com as mãos sentido contrário a mesma, continuei remando logo dando impulso para ficar de pé.

comecei com um bottom turn para dar início a um floater, assim que percebi que a onde estava começando a se fechar deslizei sobre a espuma e voltei para onda logo finalizando.

terminei com um sorriso no rosto e jogando meus cabelos para trás, já que se encontravam em meu rosto, normalmente eu teria feito um trança.

— senti falta disso. - falei a mim mesma logo dando risada.

— essa e minha irmã, uhul. - ouvi morgana grintando e do nada umas risadas.

virei para ir em direção a areia novamente e enquanto chegava mais perto via algumas pessoas aplaudindo e dando risada.

pareciam rostos familiares, mas tive certeza assim que cheguei mais perto e abri um sorriso.

ver aquelas pessoas e aquele sorriso era o que eu estava mais ansiosa.

— olha só quem voltou. - sorriu vindo até mim — seja bem vinda de volta princesa de londres.

senti seus braços me rodearem e logo correspondi.

— senti sua falta. - marlon disse contra meu pescoço.

— eu também garoto maluquinho. - sorri.

 - sorri

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𝗩𝗜𝗩𝗔𝗖𝗜𝗢𝗨𝗦 𝗦𝗣𝗜𝗥𝗜𝗧, 𝗺𝗮𝗿𝗹𝗼𝗻 𝘀𝗼𝘂𝘀𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora