Renegades (Camren)

III - PAST AND CHOICES

Oi! =]

*Imagens de Charlie e Olívia acima*

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LAUREN POV

"Por que está tão abafado em São Francisco?

Charlie questionou, se abanando com a camisa.

"Não faz o mínimo sentido! Estava frio ontem."

Seu suspiro é ouvido por mim, que estava preocupada em limpar as lentes dos meus óculos escuros enquanto ele divagava inquietantemente no banco ao meu lado.

- Qualquer dia seu nome entra no Guiness Book. - levanto o objeto em direção a luz do pôr do sol, procurando saber se ainda havia alguma parte suja nele. - Sabe, por inúmeras reclamações em tempo recorde. Deveria até ser uma página especial, decorada com glitter dourado e outras coisas.

Tirei onda com a cara dele, segurando o sorriso sorrateiro que queria transparecer através dos meus lábios quase que no mesmo instante.

Ele me olha sério, provavelmente ofendido com o meu comentário.

Não dou a mínima pra sua reação atual, apenas coloco meus óculos, agora com as lentes devidamente desembaçadas, de volta em meu lindo rosto. Quando levei meu olhar pra vidraça do estabelecimento, dei de cara com duas garotas comendo algo referente a um banquete em uma das mesas, porém não fiquei mais do que três segundos observando aquela vista. Entretanto, não vou negar, minha barriga roncou de fome ao presenciar aquela cena acontecendo a metros de distância de mim sem nenhuma piedade ao meu enorme apetite.

- Seu sarcasmo me motiva a desistir de viver a cada dia que passa, sabia? - ele dramatiza, girando seu telefone em sua mão direita.

- Oh, céus! Tadinho de você. - finjo uma expressão de pena, vendo ele transformar seu rosto em uma careta desagradável.

- Irritante. - ele murmura.

Deixei que uma risada fraca saísse.

- Meu sarcasmo é meu senso de humor, ok? - explico. - Você está fazendo parecer que essa parte da minha personalidade é algo muito horroroso de se conviver.

Ele me encara.

- Assuma. Às vezes é sim. - ele argumenta.

- Você quem não possui capacidade o suficiente pra compreender essa preciosidade.

- Eu tenho trauma dessas suas figuras de linguagem desde que meu hamster morreu.

- E desde quando eu tenho culpa? - o encarei confusa.

- Eu não disse que tinha. - ele responde. - Só que dizer: "Ele deve estar brincando no céu, não há venenos lá", para uma criança de 11 anos, não é uma coisa boa a se dizer.

- Eu não fui sarcástica. Eu realmente estava te consolando ali. - ele me olha, desacreditado. - Foi sua mãe quem confundiu a ração dele com o veneno de ratos. Eu estava tentando ser positiva.

- Essa sua frase nunca saiu da minha cabeça, Lauren.

- Óbvio! Eu sou alguém inesquecível.

Ele me mostrou o dedo do meio e eu devolvi o gesto, rindo.

- Eu deixei vocês sozinhos por apenas cinco minutos. - uma voz soa ao redor. - Abaixem esses dedos!

Olívia diz, saindo pela porta da lanchonete, carregando três sacolas com nossos hambúrgueres e refrigerantes. Pela falta de mais uma embalagem, cheguei a conclusão de que ela não comprou nem ao menos uma sobremesa, o que, de certa forma, me deixou indignada e um pouco chateada. Nossos olhares foram totalmente direcionados a ela, que iniciou uma caminhada calma e cuidadosa até o carro estacionado perto dali. Quando estava próxima o suficiente de nós, entregou os lanches pra gente e deu a volta no veículo, entrando no banco de motorista.