Olá de novo!=•=•=•
LAUREN POV
Era de manhã bem cedo quando atravessei os portões da mansão da família Terrence, abandonando meu amigo dormindo em sua cama todo esparramado, sem ter a intenção de me despedir.
O sol ainda estava terminando de nascer, mas já era possível sentir minimamente o seu calor e claridade, o que me fez evitá-lo com um óculos escuro que peguei em uma das cômodas no quarto de Charlie. Ele possuía uma coleção, de diversos acessórios. O mordomo, senhor Ludovico, foi o responsável por liberar a passagem da saída para mim, acenando em minha direção logo assim que pisei na calçada, levando-me a despedir dele da mesma maneira. Não havia quase ninguém naquela rua, além de um rapaz engravatado que tinha acabado de se despedir da esposa com um selinho, antes de adentrar em seu carro extremamente luxuoso e importado. De longe, diriam que era um casal feliz. Porém, assim que o rapaz dirigiu para longe, o sorriso de sua mulher desapareceu. Ela entrou e fechou a porta, e essa foi minha última visão dela.
Pelo visto as coisas nunca são como parecem.
Me retirando daquele bairro, me encontrei na avenida principal, evitando os táxis e os civis que transitavam ali. Agora sim, vi que tinha mais gente acordada do que eu pensava. Caminhei calmamente até o ponto de ônibus e esperei alguns minutos até que o meu viesse. Subi nele e paguei minha passagem, me sentando no penúltimo banco duplo do lado esquerdo. Peguei meus fones sem fio e os coloquei, conectando o bluetooth no meu celular e deixando uma música agradável e calma atravessar meus ouvidos. Encostei minha cabeça na janela e olhei o horário: 6:10 AM. Suspirei. Chegaria em casa daqui a 15 minutos.
A viagem até meu bairro foi tranquila, tirando o fato de eu evitar dormir mesmo estando extremamente sonolenta. Desci do veículo com um pouco de dificuldade, já que, conforme passávamos por diversas ruas, ele ia enchendo cada vez mais de trabalhadores, o que me atrapalhou de sair. Não esperei que o ônibus sumisse da minha vista. Andei em passos com uma velocidade adequada pela calçada até que chegasse em minha residência. Como tinha levado minha cópia da chave, não precisei bater. Destranquei a porta e a abri devagar, torcendo pra que meu pai estivesse dormindo ainda. Não ouvindo ou vendo nenhum sinal dele, subi para o meu quarto quase correndo, entrando no mesmo e retirando minhas roupas, ansiosa para tomar um banho. Lavei minha cabeça e escovei os dentes no chuveiro mesmo, me secando com a toalha quando finalizei minha ação.
Voltando ao quarto, segui até o meu guarda-roupa, escolhendo um short jeans preto, uma blusa comum branca e um casaco azul escuro, acompanhados de um All Star cano alto, branco. Quando tudo já estava vestido em meu corpo, fui atrás de alguns acessórios prata que eu tinha, colocando eles, pra então ir secar meu cabelo e penteá-lo, o deixando soltos mesmo. Me dediquei em uma maquiagem leve só pra disfarçar minha cara de sono e arrumei minha mochila, checando se não tinha deixado nada esquecido pelo meu quarto. Coloquei ela nas costas e abri as janelas pra permitir que a ventilação circulasse. Saí do quarto, trancando a porta do cômodo e colocando a chave no meu bolso, descendo as escadas sem muita pressa logo em seguida.
Movi meus pés até a sala de estar, me deparando com a representação de um campo de guerra. Sendo sincera, nem me surpreendia mais com aquele cenário repetitivo e inquietante. Cheguei ao ponto de apenas aceitar sem dar muita importância. Conforme os anos se passam, vivenciar a mesma coisa várias vezes se torna uma rotina. Uma pena é que essa era uma terrível rotina. E eu, definitivamente, não gostava dela.
Havia inúmeras garrafas e latinhas de cerveja espalhadas por quase todo o chão. O tapete estava com alguns resquícios de bebida alcoólica respingada. Pacotes de amendoim vazios estavam espalhados pela mesa de centro e a almofada que antes se acomodava na poltrona estava jogada aos pés do objeto. O cheiro do ambiente em si estava insuportável, tanto que uma careta de desagrado se formou em meu rosto. Fui depressa abrir as cortinas e as janelas que meu pai sempre fechava, pois ele preferia ficar trancado quando estava sozinho em casa. Levaria um tempo até que aquele fedor de cachaça saísse do ambiente, mas pelo menos eu não ficaria ali pra esperar que tudo "melhorasse".
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Renegades (Camren)
Hayran Kurgu•CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA [+18]• •Fanfic Camren (Se não gosta, não leia)• 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞: Onde Lauren e Camila tem problemas familiares e decidem fugir de toda essa realidade medíocre. Ao se encontrarem na fuga, ambas embarcam numa jornada desconhec...