𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐬𝐜𝐫𝐞𝐚𝐦 ★ 𝐫𝐚𝐫𝐢𝐣𝐚𝐜𝐤

07 - O hospital

APPLEJACK

Acordo com o canto do galo todas as manhãs sentindo o frio do crepúsculo do dia lá fora, fico sentada na cama por um tempo resistindo para não desistir de tudo e volta a dormir, e ao levantar sinto uma terrível dor de cabeça, sinceramente uma dor que nunca havia sentido antes, e começo a ter lembranças de um sonho esquisito. Fico me perguntando, quem será aquela garota? E porque me sinto tão estranha com esse sonho?
No caminho para escola penso sobre o delírio noturno. Quase não tenho sonhos e dos poucos que tenho mal consigo me lembrar do que se tratava, porém esses devaneios não saem da minha cabeça o que me assusta pela sensação de que foi real, como se de fato estivesse presente na aquele lugar.

Tento ao máximo não pensa nisso, mas quando vejo uma garota de olhos claros e cabelos tingidos em um roxo que refletia ao sol, sinto na hora que já vi aquela garota em algum lugar. Não demoro para assimilar que é exatamente a mesma garota do sonho, ou isso é tudo uma grande coincidência.

Apesar de só agora estar notando sua presença, me recordo de ter a visto em algumas aulas esse ano, além do mais, ao observar seus traços mais detalhadamente me lembro dela no seu primeiro dia de aula era impossível não chamar atenção com tanta beleza e suas roupas que parecia que acabara de sair de um desfile de moda aleatório.

RARITY
(no hospital)

Abro lentamente os meus olhos sentindo a luz fosforescente penetrante em meus olhos com uma leve dor de cabeça e uma forte dor na mão esquerda. Àminha direita há um aparelho que mede meus batimentos e pressão arterial, me sinto cansada e confusa não consigo compreender os acontecimentos anteriores. Assim que me desperto procuro com os olhos alguma enfermeira ou médico disponível mas aparentemente estou sozinha em uma sala até olhar para minha direita onde há uma garota loira e alta cheia de curativos de respirando pelo oxigênio.

Uma enfermeira entrar no quarto:

- Que bom que acordou! Como se sente senhorita.. - ela procura meu nome em um prontuário
- Senhorita Rarity

- Só um pouco de dor.

- Certo, no seu prontuário está prescrito.. 10 mg (miligramas) de morfina para dor.

- Pode me dizer se meus pais ou os pais da minha colega já estão aqui?

- Ah sim, infelizmente não podem ser atendidas visitas esse horário.

- Ah entendi. Que horas são?

- Já são dez da noite senhorita.- enquanto ela prepara o remédio tento voltar a dormir.

- A sua colega acordou alguma vez?

- Acredito que não

Começo a ouvir múrmuros de uma voz familiar
- Parece que sua amiga já acordou.

A enfermeira não percebe que loira ainda adormecia, porém a garota se mexia de um lado para o outro enquanto falava coisa sem sentido como se estivesse tendo um pesadelo. A enfermeira se desespera por não ter ideia do o que fazer na aquela situação.

- Eu vou chamar.. u-um médico! - ela sai com passo rápido da sala.

Enquanto a loira ainda se remexia tento acorda-lá.

- Applejack! - ela não parece escutar e de uma hora para outra seu corpo começa a tremer.

Me levanto com um certo medo, estou prestes a tocar sua mão para tentar acorda-lá e um silêncio pairava sobre a sala parecia que não havia mais ninguém no hospital, quando escuto barulhos vindo da porta do banheiro a minha direita. Antes da porta se abrir lentamente me escondo atrás de uma mesinha móvel de medicamentos.

Consigo reconhecer a figura assustadora, a mesma que nos atacou no banheiro da escola, pelas brechas das gavetas da mesinha. A figura obscura possuía uma faca em suas mãos, o desconhecido parece procurar algo como se fosse um predador e eu sou a sua presa.

Minha respiração é pesada e sinto meu corpo fraco por conta do antibiótico no meu corpo, estou quase perdendo as forças quando de longe escuto passos vindo do corredor e de repente a garota para de tremer no mesmo momento em que a porta da sala se abre e revela a enfermeira e o médico superior. Por sorte tenho tempo de de chegar a minha cama novamente.

Antes dos médicos a examinarem, a garota finalmente acorda. Sinto um certo frio e olho ao redor e percebo a janela do quarto aberta, as cortinas voam pelo quarto.

- O que aconteceu? - ela pergunta tranquilamente e logo depois me encara com um olhar inocente como se nada tivesse acontecido.