O Que Vem Depois?

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Soraya Thronicke

" Me mataram uma vez mas eu nunca me senti tão viva..."

6 meses depois

Voltar para o Iraque depois de passar 3 semanas em casa foi na verdade a melhor coisa que eu poderia ter feito, eu não me sentia mais em casa estando em casa, parecia que eu não me encaixava, parecia que minha casa já não era meu lugar no mundo, parecia que não era nada real.

Estar no Iraque era minha nova realidade, eu precisava estar lá para voltar a ser o que eu era agora, eu precisava voltar para me curar, parece louco isso voltar para o lugar que te feriu, que te machucou mas eu precisava disso, precisava estar lá para me curar, estar cercada de pessoas que me entendiam, que passaram pelas mesmas coisas que eu passei, meu lugar era ali com eles.

Aquilo me assustou no começo, querer estar na guerra mas segundo a Simone era normal, era normal se sentir deslocado em casa, por isso a maioria queria se alistar novamente depois da primeira missão mas eu ainda não tinha escolhido isso, na verdade eu já tinha cumprido minha missão que era vingar meu irmão e livrar o Iraque dos terroristas.

Depois de 6 meses da nossa invasão em Bagdá as coisas estavam indo bem e estavam calmas no Iraque, os governos estavam se erguendo, o domínio Americano ainda continuava, além disso depois que tomamos o país mais soldados chegaram para fazer a proteção do país, estávamos em todas as fronteiras, em todos os lugares, ninguém sabia quando iriamos sair daqui e eu acho que isso vai durar por anos.

Fazia 6 meses que eu não disparava minha arma, tudo que eu fazia era rondas e mais rondas, as vezes era chato demais mas as vezes era gratificante porque a gente ajudava a população local, as pessoas já estavam confiando mais na gente, estávamos fazendo um trabalho humanitário agora depois de tudo que aconteceu.

Além disso tudo eu ainda tinha pesadelos, as vezes eram horríveis, em outras noites eu dormia bem, isso acontecia mais quando eu estava perto da Simone, estávamos em bases diferentes por causa do nosso relacionamento mas nos nossos dias de folga a gente se encontra, tiveram pelo menos a capacidade de darem nossos dias de folga ao mesmo tempo para gente ter um tempo para gente, era pouco tempo mas era alguma coisa.

Quando voltamos para o Iraque eu subi novamente de patente agora eu era primeira Tenente, Jane agora era Capitã, Simone agora era Major, Sheilla Sargenta, assim como Paloma, Tomás e Eduard, por isso estávamos em diferentes bases de comando, existia uma em cada cidade do Iraque agora, além disso nossas forças aqui só aumentaram era cerca de 60 mil soldados de diferentes patentes espalhados pelo país todo para que o Estado Islâmico ou qualquer outro grupo terrorista não volte a esse país.

Além disso os ataques terroristas tinham diminuído de forma drástica no nosso país, depois que entramos no Iraque teve apenas mais 2 assumidos pelo Estada Islâmico que estava na Síria onde estávamos quase dominando as coisas também, além disso interceptamos 3 ataques com a nossa inteligência, era questão de tempo pra gente acabar com eles de uma vez por todas as partes.

Hoje era um dia diferente do comum, eu ficava na base de Baijia mas hoje eu estava em Bagdá, amanhã era meu dia de folga por isso eu estava aqui mas ainda era um dia de trabalho normal e hoje me deixaram fazer uma ronda de 12 horas com a Simone, Sheilla, Jane, Paloma, Tomás e Eduard, não era comum estarmos todos juntos e nem sair no mesmo grupo tantos militares de patente superior a soldados mas quem cuidava da base em Bagdá era a Simone e ela estava de bom humor hoje e não estava ligando muito para as regras, ela disse que queria relembrar os velhos tempos e as coisas estavam calmas, não iria ter problema nenhum.

Como de costume o sol estava no alto, a gente caminhava pelas ruas com um blindado atrás que era dirigido por um soldado, andávamos com nossas armas nas mãos no meio da rua ou calçada, as pessoas já tinham se acostumado com as rondas, algumas até cumprimentavam a gente , as ruas estavam limpas, ainda tinha algum rastro do que aconteceu a 6 meses atrás mas era bem pouca coisa, os prédios estavam sendo reconstruidos a maioria com dinheiro que o nosso país mandou.

Batalhão 27 ( Versão Simoraya ) Onde histórias criam vida. Descubra agora