Capítulo 3 - Os Apartamentos

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***Lucca Schutz***

A pedido da Dona Sara passei o final de semana aqui na sua casa, não foi nada ruim, muito pelo contrário, afinal ela me mimou muito, não posso negar que estava com muita saudade dos dois, mesmo vindo todo ano, ainda, sim, não era nada como saber que agora vou ter esse carinho toda semana.

Dona Sara só não me permitiu rever certas conhecidas que já tinha combinado anteriormente a caminho de Foz do Iguaçu, o resultado foi o meu celular desligado para não correr o risco da minha querida mãezinha atender e dispensar todas da pior forma possível.

O meu pai apenas ria de ver a minha mãe esperando eu apenas bobear com o telefone para ela exterminar com todos os meus esquemas presentes e futuros. Quem não a conhece que a compre, ela com esse seu rostinho doce esconde uma verdadeira bruxa vidente.

Ela apenas de olhar para a foto ou até mesmo de ouvir a minha conversa já sabe se a pessoa presta ou não e o pior é que ela sempre acerta, sem contar que quando quer alguma coisa ela vai manipulando todos, até que realizem o que ela quer e da forma que ela planejou, isso claro sem nem perceber que ela está manipulando.

— Lucca, se demorar mais dois minutos, eu mesmo entrego o seu celular para a sua mãe — escuto o meu pai falar baixo na porta do quarto, ele me chantageou o final de semana inteiro desta forma, mesmo sabendo que ele não vai fazer isso entrei na brincadeira.

— Não precisa, já estou pronto — saio correndo do banheiro, o fazendo rir e negar com a cabeça, pode até ter passado anos, mas a dinâmica ainda é a mesma.

O trajeto de Foz do Iguaçu a Londrina foi até rápido por ser de avião, as minhas malas foram encaminhadas com as do meu pai, que levava a contra gosto uma pasta com três opções para a minha futura moradia, ele até tentou se livrar e me levar direto a um próximo à empresa, mas a minha mãe era mais inteligente que ele colocando alguns itens que ele deveria recolher.

O obrigando a passar pelos três locais de qualquer forma e quem conhece a Dona Sara sabe muito bem que não tem como dizer não a ela e sair ileso. Então, entre arrumar briga e seguir o cronograma, nós dois optamos em seguir as instruções dela.

— Admite, ela te conhece melhor que você mesmo — falo segurando a risada enquanto estamos indo ao primeiro apartamento, ele ainda olhava para a pasta em completo desgosto.

— Calado — eu até que tentei, mas implicar com o meu pai era muito mais interessante.

Ao chegar no primeiro local me deparo com um prédio que fica no centro da cidade, percebo que ele é bem luxuoso, completamente oposto da proposta que o meu pai me fez.

Foi subindo pelo elevador que consegui entender que aquilo era um teste que nem o meu pai tinha conhecimento ainda, como eu disse a dona Sara era muito inteligente e algo ela queria me ensinar e claro que seria na prática a lição.

— Dona Sara caprichou, mas não preciso nem entrar, sei que não é esse — declaro assim que paramos a frente da porta.

— Por que diz isso? — o meu pai paralisa no local ao escutar a minha fala ele realmente não entendeu de começo, mesmo sendo uma pessoa fria com os outros, comigo ele ainda era bem expressivo ou eu que aprendi a ler as suas expressões.

— Se vou passar por todos os cargos da empresa, ao ponto de vivenciar a realidade dos nossos funcionários, como vou morar num lugar tão luxuoso como esse? Sem contar que nem faz nosso estilo de vida um lugar assim.

— Vamos entrar — me pai fala sorrindo orgulhoso, nunca tive problemas com os meus pais, mas ver ele assim por minha causa sempre é uma satisfação.

O Amor do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora