ELLIE

25 5 0
                                    


PARTE I

Hoje é meu primeiro dia de trabalho depois de trinta dias de férias, mas juro que não estou nem um pouco afim de sair dessa cama. Pela milésima vez o despertador toca, e contra a vontade do meu corpo arrasto meu murcho traseiro seco pra dentro do banheiro e entro no chuveiro frio para acordar até a décima geração da minha alma, não demoro nem dez minutos, saiu do banheiro enrolada na mesma toalha que tenho desde os meus dez anos de idade, os pobres cavaleiros do zodíaco já nem existem mais depois de tantas lavagens, olho ao redor do quarto em busca da mesma calça de todos os dias e á encontro jogado por cima da pilha de roupas sujas , pego uma das minhas duzentas camisas pretas que estão em cima da cadeira de tralhas ao lado da cama, pus esse nome nela porque ela é literalmente a cadeira de tralhas, as chaves no porta chaves do Harry Poter que ficam atras da porta e saio correndo em direção ao elevador trancando a porta o mais rápido possível atras de mim, acho até o flash sentiria inveja depois de ver tanta agilidade. Chamo o elevador e o aguardo, sair no horário nunca foi uma opção a ser seguida, porque, por mais cedo que o despertador toque, quase sempre chego atrasada no trabalho, é como aquele ditado que a meu avô sempre dizia , "acorda cedo pra se atrasar com calma" esse ditado é literalmente a minha vida inteirinha, quando o elevador chega já estou a ponto de abrir as portas com as mãos, ainda bem que não precisou chegar a tal ponto, não demora muito e as portas se abrem e eu quase Caiu pra trás, na parede da parte de dentro do elevador tem um espelho quase do meu tamanho, o que não é muito difícil já que uma pessoa tem 1,

Chego no térreo em poucos minutos, meu apartamento fica no quarto andar, então não demora muito, as portas se abrem e mais uma vez saiu correndo em direção a portaria do prédio, dou um aceno rápido para o Senhor Flavio, desde quando me mudei pra cá ele é o único porteiro, um senhorzinho simpático muito com seus óculos um pouco menor que seu rosto largo, rapidamente ele abre o portão, lhe dou mais um aceno de agradecimentos e vou em direção ao ponto de ônibus que fica do outro lado da rua . Chego lá faltando poucos minutos para as 08:00 da manhã, depois de nunca quase 30 horas vejo o ônibus ainda muito longe com seu tom de verde único e seu lead informando a todo vapor a rota por onde ele passa, me importei pra ler os locais de parada do 7661, afinal nunca fui a nenhum lugar diferente a não ser de casa pro trabalho e vice e versa, moro na cidade a quase dois anos e o lugar mais longe que já cheguei foi a casa da Sophie que fica a um quarteirão de distância do meu prédio, mesmo sedentário dá pra ir andando. Olho novamente e falta um pouco pra ele chegar no ponto já começar a correr em sua direção como uma doida, faço sinal pro motorista, ele me ver e reduz a velocidade, faltando poucos passos, já consigo até ouvir o barulho da porta se abrindo, de repente sinto um jato de água fria, paraliso por um instante, olho pra cima e não tem nem sinal de chuva, olho ao redor e não vejo nenhum ser vivo se quer utilizando mangueira, balde, sei lá, será que algum hidrante estourou? Mas não, porque não tem ninguém por perto, olho pra trás e vejo de relance a placa final de um carro cor de jambo 364 passando a toda velocidade, na hora me sobe uma raiva, posso sentir meu rosto ficando vermelho.

Um misto de raiva, ódio, e vergonha, olho pra minhas roupas estou toda ensopada, vasculho a mochila pego o celular e já tem umas 15 mensagem do chefe, ignoro todas elas e espero sinceramente que ela esteja acordada, o que duvido muito. Mando a primeira mensagem, fico olhando a tela do celular pra ver se vão os dois traços de enviado, mas para o meu azar só um, ligo e cai na caixa de mensagem, respiro fundo e tento mais uma, duas, três e na quarta tente escutar a música de chamada dela, afasto o celular do ouvido, odeio essa música com todas as minhas forças, desligo e ligo novamente a música abertura de naruto começa a tocar e na quinta vez que a música repete ela enfim atente.

_ Diz piranha, sabe que horas são? Ela diz com a voz ainda arrastada de sono.

_ Na moral, levanta essa bunda da cama, vai até lá no muquifo e pega uma roupa limpa por favor.

_O que houve? Deu dor de barriga no caminho?

Revirei os olhos e respiro antes de responder

_Idiota! Um retardado ou retardado, sem educação e bem provavelmente sem carteira de habilitação também, passou com o carro em uma poça d'água e adivinha? Antes que eu pudesse terminar de falar Escuto a risada exagerada dela do outro lado da linha. _ vai por favor sua vaca, estou parecendo um pinto molhado.

_ Não há Ellie, eu nunca acho nada na sua casa e fora que não vai dar tempo deu chegar no seu trabalho antes de você bater o ponto, até porque pelo que eu estou vendendo a senhorita já está atrasada.

Afasto o celular do rosto e olho as horas e de fato já são quase nove e meia e ainda falta um pouco até o busu chegar no meu ponto. Terei uma volta excepcional estilo Ellie Amaral.

_Por favor Shophie, faça isso por mim, faço o que você quiser depois, juru! Pode pedir o que quiser que não vá reclamar.

__O que eu quero?! Por que não disse isso antes?! Em 20 minutos chego aí.

Ainda bem que te encontrei Onde histórias criam vida. Descubra agora