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-que susto garoto!- eu disse com a mão no coração-quer me matar de susto?!- falei olhando pra ele- o que você tá fazendo aqui? E como veio parar aqui?
-Primeiro: bom dia pra você também!- ele disse  dando um sorriso e eu reviro os olhos-segundo:matar não era a minha intenção, mais assustar sim! Devia ter visto sua cara. Pena que eu não trouxe meu celular pra poder gravar...-dessa vez quem deu um sorriso, foi eu-e respondendo suas últimas perguntas-ele deu uma leve pausa-vim aqui ajudar o Max com algumas entregas. Só que como ninguém tem sangue de barata-ele começou a vir em minha direção-eu resolvi dar uma olhadinha no castelo e acabei te encontrando aqui. Ele se aproximou mas um pouco, e eu recuei para trás
Ele começou a me encarar de cima abaixo. O olho dele era um castanho um pouco mais claro do que o meu, porém profundo. Eu não sei explicar, mas o olhar dele parecia pedir ajuda, como se ele estivesse preso em algum lugar e não conseguisse sair. Eu até pensei em perguntar, mas deixei quieto.
Depois de quase 1 minuto nos encarando, ele desceu o olhar dos meus olhos para a mão onde eu segurava a espada
-Mechendo com armas, princesa??
-E te interessa??-perguntei num tom de ironia e levantando um sorrisinho no rosto
-Nossa!-ele falou pondo a mão no peito- que grosseria! Assim você me machuca, sabia?!-eu revirei os olhos dando um risinho
-Desculpa! Não era minha intenção!-disse pondo a mão no peito, e pagando de coitada. Ele me olhou devolvendo com certa ironia.
-A é?!-ele começou a se aproximar ainda mais, e eu recuei para trás novamente, mas ele se aproximou mais, até me encostar na parede que ficava ao lado dos bancos (onde a plateia costuma ficar). Não queria nem imaginar como estaria a minha cara de tão vermelha.
Bom eu posso não ter visto, mas ele viu, porque disse:
-Por que você tá vermelha desse jeito, vermelhinha??-ele começou a aproximar o seu rosto ainda mais do meu, estando quase colado comigo.
-Não diga besteiras-disse virando o rosto pro lado contrário do dele. Porém, ele pegou no meu queixo, fazendo eu olhar pra ele novamente. É sério? O que ele tava pensando em fazer? Ele começou a se aproximar ainda mas, até eu ficar sem espaço. Tá, eu poderia muito bem empurrar ele, mas sinceramente, por algum motivo, eu não queria me afastar.
-A-Allan-falei chamando sua atenção-N-não podemos
-E por que não?-ele disse com a voz rouca
-Po-porque...-quando eu ia responder, ele começou a rir e se afastou
-devia ter visto a sua cara!-ele disse entre os risos-é sério?! O Que você pensou que eu ia fazer?!
-idiota!-eu disse empurrando
-own... você pensou que eu ia te beijar?
-abre sua boca de novo, que eu arranco sua língua fora!
-Duvido!
-Aé?!-Disse partindo pra cima dele, e começamos a brincar (brigar). Foi até divertido... até a hora que eu tropecei e cai de bunda no chão, e ele começou a rir. não só ele como outra pessoa também. E levamos um susto quando olhamos pra porta e vimos o Max nos olhando com um sorriso enorme no rosto.
-Max!!!-disse correndo em sua direção-Que saudades!!-disse já em seus braços.
-mas a gente se viu ontem!-ele falou, me soltando de seu abraço
-eu sei!! Mas senti saudades!!
-eu também!-ele disse me olhando com aquele sorriso no rosto-não sabia que vocês se tornaram amigos
-eu!?-o Allan disse se aproximando da gente-ser amigo dessa daí??!!-ele apontou para mim, e me olhou de cima a baixo-nunca! Se um dia eu me tornar amigo dela ou algo a mais, é porque, ou eu tô doente ou eu tô morrendo
O Max olhou torto para ele, e eu revirei os olhos
-não se preocupe Max...é recíproco!
-tá, mas acho que os dois estão esquecendo de algo importante...
Eu e o Allan o olhamos esperando ele dizer oque era
-que é no ódio que surge o amor
Eu e o Allan nos olhamos, e depois olhamos pra ele dando risada
-que brega Maximus!-Disse o Allan entre as risadas
-É!-eu disse tentando me controlar-dessa vez eu vou ter que concordar com ele, Max! Que coisa mais brega!-Disse tentando controlar um pouco a risada
-é! Fiquem rindo, depois vocês vão perceber que oque eu disse é a mais pura verdade
Eu olhei pro Allan que olhou pra mim e depois para o Max
-aham! Tá bom-o Allan disse num tom seco
-Allan é melhor a gente ir, se alguém aparecer  por aqui é capaz de nós morrermos, e ainda arranjar encrenca pra scarlett.
-A não Max!-eu disse abraçando ele-não me deixa aqui sozinha!
-Bem que eu queria ficar mas scar... porém você sabe que não posso.-ele falou tentando tirar meus braços de sua sintura-mas ó! Prometo que venho te visitar mais vezes
Sem a minha permissão, uma lágrima escapa de meus olhos, e ele a limpou com o seu polegar. Dei um sorriso pra ele, que devolveu e beijou o topo da minha cabeça.
-vamos Allan-falou o Max enquanto andava até a porta
-até mais princesa!-o Allan fez uma reverência, e começou a seguir o Max.
Depois de uns 5 minutos, eu resolvi voltar para a sala de jantar, e não havia ninguém, a não ser as criadas que estavam tirando os pratos de cima da mesa. Voltei para o saguão, e fiquei um bom tempo olhando para as escadas e pensando se iria para a biblioteca ou para o meu quarto.
Comecei a subir as escadas que ia em direção a biblioteca, e chegando lá, me senti confortável e feliz novamente. Peguei um livro que a Angel lia para mim quando eu ainda tinha 11 anos. "A poção secreta: diário de uma garota alquimista" Da Amy Alward. Comecei a ler e fiquei por lá até o anoitecer.

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Escrevendo O MEU Conto De Fadas: Ele Não É Tão Perfeito AssimOnde histórias criam vida. Descubra agora