[concluída] A vida de Rosé mudou completamente quando uma paciente misteriosa chegou ao seu hospital, era pra ser só mais um parto ou cirurgia de rotina, mas a jovem doutora se viu totalmente envolvida em uma história cheia de traumas, e um perigo q...
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Pov Roseanne Park
Já havia se passado quatro dias desde o episódio no hospital, onde eu tinha me aproximado mais um pouco de Lisa, agora não era só o bebê que eu visitava com frequência, todos os dias eu passava no quarto dela e notava um humor muito melhor quando eu estava por perto.
Lisa evitava falar no assunto do homem que havia feito aquilo tudo com sua família, mas a mesma não precisava dizer, afinal não era difícil notar que a preocupação continuava ali, e mais em relação ao bebê do que com ela, até parecia que ela não se importava muito consigo mesma, o foco era o bebê, e isso me assustava um pouco, ela ainda negava dar depoimento para a polícia mesmo estando bem para fazê-lo, a polícia no entanto não avançava nas investigações e o assassino continuava solto.
Agora eu estava no quarto de Lisa e ela tentava me convencer a todo custo que eu a lavasse até o berçário, mesmo sem alta para sair da cama.
—Poxa Rosé, eu vou tomar cuidado, por favor. -Lisa pediu enquanto eu media sua pressão que estava um pouco alta de uns dias pra cá.
Claro que isso não era função de uma cirurgiã, mas quem disse que eu me importava.
— Lisa eu já te falei que os seus pontos podem abrir, eu não posso colocar a sua saúde em risco. -expliquei mais uma vez observando o olhar confiante de Lisa oscilar.
— Rosé eu posso ir de cadeira de rodas, eu juro que não vou fazer nenhum movimento brusco. -ela pediu mais uma vez agora segurando em minha mão.
Não precisei de muita convivência com Lisa para notar o quanto ela era insistente e boa em convencer.
— Lisa -tentei falar novamente, mas ela me interrompeu.
— Ele é a minha única família Rose, e eu ao menos pude vê-lo. -falou com o olhar triste.
Eu não sabia o que aquela mulher tinha, mas ela conseguia me fazer ceder.
— Tudo bem. -falei suspirando pesado e observando um sorriso vitorioso nascer nos lábios de Lisa. — Você é uma chantagista.
— Eu fui acostumada a ter tudo que eu quero. -disse convencida me fazendo negar novamente.
— Mas só vamos à noite. -falei enquanto guardava o equipamento de medir pressão.
Com eu havia dito essa função não era minha e sim das enfermeiras, porém últimamente eu estava fazendo de tudo para poder ficar mais tempo com Lisa, e também para ter certeza de que ela estava bem, Lisa também não ficava atrás sempre deixando claro que queria ser atendida apenas por mim, falava que não se sentia à vontade com mais ninguém, que foi eu a primeira pessoa que ela viu quando abriu os olhos e que depois de eu estar ao seu lado ela sentiu que podia confiar em mim.
— Tudo bem, o importante é eu conhecer o meu pequeno. -respondeu animada.
— Sabe Lisa, queria te perguntar uma coisa. -falei me sentando ao seu lado em uma poltrona que havia no quarto para acompanhantes.
