Capítulo 4

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Olá, aqui é a Anna.
Como vocês estão?

Tenham uma boa leitura.

❄️

Eu poderia chorar e gritar. Ele se importa mesmo!

Agindo por impulso, viro meu rosto em sua mão delicada e beijo a palma. Ele geme e resmunga:

– Não!

Mas sei que o conquistei. O corpo inteirinho dele treme, e abaixo de mim seu membro lateja e parece endurecer ainda mais, se é que isso é possível.

– Eu não deveria… Eu não deveria…

– Está tudo bem. Não vamos ter vínculos… – sussurro contra a palma da mão dele, daí faço um pequeno desenho, uma promessa, usando a língua.

– Ah, que inferno! – Ele quase rosna, e então está me beijando, me inclinando para trás em seu colo e indo fundo com a língua, os lábios… e o coração?

Eu o abraço, me contorcendo em seu joelho outra vez, o desconforto do meu bumbum espancado já esquecido. Passando os braços ao redor dele, tento dizer silenciosamente todas as coisas que são muito complicadas e irracionais para serem ditas.

Tipo…Para ficar com ele só mais um pouquinho, aceito pagar qualquer preço, fazer as coisas do jeito dele e nunca pedir mais.

Tipo…Estou preparado para me arriscar em sua falta de perspectivas e compromisso.

Tipo… Quem precisa de uma porcaria de um emprego no Caribe, afinal de contas?

Essa última afirmativa me choca, mas assim que penso nela o marquês aprofunda o beijo ainda mais. Os braços dele deslizam em torno de mim, abraçando-me firmemente, e ainda assim com delicadeza, como se eu fosse precioso para ele.

E então, de alguma forma, estamos no carpete, e ele está deitado em cima de mim, grandioso e misterioso, como uma sombra que é tão paradoxal que também é luz. A luz da revelação…

Suas mãos passeiam pelo meu corpo, explorando com reverência desta vez, e grande emoção. E o toque é mil vezes mais sensual do que qualquer um que já fizemos. Com um suspiro, ele se endireita momentaneamente e rasga a própria camisa, fazendo os botões voarem em sua impaciência. Então ele me abraça de novo, pele com pele.

O corpo dele está quente, febril e úmido, com uma fina camada de suor que parece conduzir eletricidade entre nós. Solto um gemido, adorando a comunhão, quase sentindo que, de alguma forma misteriosa, isso pode ser tão bom quanto o sexo. Mas então meu sexo vibra, lembrando-me de que desejo mais.

Ainda me beijando, o marquês abre o próprio cinto com habilidade e desabotoa o jeans. Mas, quando ele está prestes a se revelar e permite que eu deleite meus olhos com aquilo com o qual venho fantasiando desde o momento em que ele, cordial e bastante impessoalmente, acolheu a mim e à equipe na mansão, ele solta um xingamento escabroso, agoniado.

Em seguida, diz:
– Estou sem camisinhas. Não estava esperando que fosse precisar de uma.

Uma parte de mim pensa: uau, ele realmente estava falando sério sobre a coisa de não transar!

Mas outra parte de mim agradece o fato de a esperança sempre brotar eternamente.

– Hum… Eu tenho uma. Está no bolso da minha calça.

Ele me lança um olhar que diz que ele me considera um safadinho atrevido, mas fica mais do que feliz com o fato, e então vai graciosamente até onde minha calça está pousada e encontra o preservativo no bolso.

Aproximando-se outra vez, ele hesita, e me oferece um olhar fixo, lindo, cheio de fome, compaixão, desejo outra vez… e um medo esquisito. Faço que sim com a cabeça. Estou sentindo a mesma coisa.

Aprisionado - Wangxian Onde histórias criam vida. Descubra agora