Naquele dia o garoto dormiu até próximo ao meio dia.
- Bom dia bela adormecida
Disse o homem mascarado
- Por quanto tempo eu dormi?
- A manhã inteira.
Rapidamente Darlok levantou.
O homem estava preparando o almoço, com ovos de pássaros e um Coelho espetado em um graveto.
- Venha comer, precisamos ir.
- onde nós estamos indo?
- Temos que chegar a passagem pelas montanhas antes do inverno.
- mas para onde nós vamos.
- chega de perguntas, coma.
O garoto com os olhos brilhando, agarrou um pedaço do coelho, parecia que não comia a dias, seu treinamento foi intenso, o homem estava chocado pelo esforço do menino.
Logo após o almoço o homem apagou o fogo, limpou a sujeira e enterrou os ossos ao lado de uma árvore.
Darlok sem entender perguntou.
- o que está fazendo?
- estou escondendo nossos rastros, lobos podem sentir o cheiro.
Não era de lobos que o homem estava se escondendo.
A caminhada continua, logo chegaram a uma aldeia pequena.
- Darlok!
- sim...
- vamos pegar alguns mantimentos nesta aldeia.
Os dois foram até um homem que estava escorado sobre a porteira da aldeia.
- olá.
Disse o mascarado.
- oi, quem são vocês?
Perguntou o homem
- somos viajantes, estamos procurando um lugar para comprar alguns medicamentos e um pouco de comida.
- falem com a curandeira, talvez ela possa ajudar vocês.
- e onde mora está curandeira?
Perguntou o homem mascarado.
- passem pelo estábulo e virem a esquerda, no final da rua, vocês vão ver as flores em sua porta.
Os dois então seguiram até a tal curandeira.
- ei mestre, será que ela é uma velha?
- Darlok!
- eu só perguntei.
Ao dobrar a esquina do estábulo, Darlok sentiu um calafrio. A curandeira estava do lado de fora da casa, regando algumas flores ao lado de sua porta.
- mestre! Tem algo errado.
- o que você sentiu?
- não sei direito.
A cada momento que eles se aproximavam da mulher, Darlok ficava mais angustiado.
Então o homem mascarado a chamou.
- curandeira.
Ela rapidamente se virou, era uma moça jovem, vestindo um vestido longo, com uma postura elegante. E olhos castanhos.
- quem vem até mim?
Perguntou a curandeira.
O garoto respondeu.
- me chamo Darlok, achei que você fosse mais velha.
Ela riu
- uma curandeira precisa ser uma idosa? Hahaha
- bom, é raro encontrar uma que não seja.
- como é seu nome?
- vocês podem me chamar de Mist
- e você homem misterioso, como você se chama.
O homem respondeu desconfiado
- eu não tenho um nome
- então acho que não posso ajudar vocês
- me chamo Arthur
- Arthur? Este nome não me é estranho.
- é já ouvi muito isso.
O silêncio tomou conta do local.
Mist então perguntou.
- me digam rapazes, o que traz vocês aqui.
- estamos só de passagem.
Disse Darlok.
- Precisamos de alguns medicamentos e um pouco de comida.
- hum, meu estoque está acabando. Preciso fazer mais alguns remédios, mas as ervas que preciso são muito difíceis de conseguir, vocês poderiam pegar elas para mim? Em troca dou a vocês comida e os remédios que precisam.
- é perigoso não é?
Perguntou Arthur
- talvez...
- mestre. Vamos, poderei testar o que aprendi .
- talvez não seja uma má ideia.
Logo o homem perguntou.
- quais ervas são estas?
- Zingiber officinale, Matricaria recutita e Melissa officinalis.
- todas elas você encontrará no bosque ao Leste, mas tomem cuidado.
Os dois então partiram para o bosque, o sol estava brilhando forte no céu, estavam no meio da tarde.
Na entrada do bosque, Darlok pergunta a Arthur.
- o que será que tem lá dentro?
- não sei Darlok mas fique atento.
- certo.
Ao passar pela primeira árvore, Darlok e Arthur sentiram o ar esfriar, o sol já não brilhava tão forte, o neblina baixa cobria as folhas no chão, Darlok estava com medo. Mas seguia sem exitar, ouvisse barulho de passos sobre as folhas em todas as direções, mas não dava para enxergar o que estava. Algo se movia rapidamente em direção de Arthur. Correndo, um tigre? Um urso? Eles não conseguem enxergar, viram se de costas um para o outro. Então um veado passa correndo em frente a Arthur.
- pelas barbas de Merlim, achei que íamos morrer.
- achei que você fosse mais corajoso mestre. hahaha
- pare de bobagens garoto
Continuaram a caminhar em direção ao centro do bosque, derrepente os dois se atentaram, o choro de uma criança vinha de traz de uma árvore.
- Darlok. Fique aqui.
- tá.
Arthur caminhou lentamente até a árvore, quando estava chegando próximo a ela, foi arremessado 10 metros para trás, caiu desacordado em uma árvore.
- Mestreee!
Gritou Darlok.
O monstro apareceu, com um corpo medonho de uma sentopeia, com a cabeça umana, seu rosto era de uma garotinha.
- Demônio, eu vou te matar.
- HA HA HA, mais um rosto para mim.
O demônio começou a tremer e ergueu suas garras, ele estava a uns 15 metros de Darlok, Darlok estava com muita raiva e se preparou para o combate.
O monstro avançou em sua direção muito rápido, Darlok esquivou para direita, uma das garras do monstro arranhou seu calcanhar.
- aaaaaaah
O monstro lambeu sua garra.
- hum, sangue ancestral, faz centenas de anos que não devoro um ancestral.
Darlok caído no chão com muita dor, sua perna começou a ficar roxa, veias saltadas. O veneno estava se espalhando.
O demônio anda lentamente na direção do garoto.
- vamos brincar um pouquinho.
Diz o demônio com a voz da menininha.
O demônio se curva com o rosto perto do rosto de Darlok.
- morra seu verme
Arthur salta de cima de uma árvore com uma lâmina presa a seu braço direito, um golpe certeiro na cabeça do demônio, no meio entre seus olhos.
O demônio grita, com sua múltiplas vozes.
- aarhhh
- você vai pagar, humano.
O demônio avança como uma lança para cima de Arthur.
- VAIEST!!!
O DEMONIO EXPLODE.
Pedaços de demônio para todo lado.
- mestre, eu consegui.
Darlok apaga, o veneno já tinha chegado até seus órgãos.
- Darlok, eu vou te salvar. Eu prometi ao seu pai.
Correndo Arthur levou Darlok para curandeira.
- MIST!!!
- Me ajuda, o garoto está morrendo.
- o que houve.
- um demônio na floresta, acertou ele.
- e o demônio.
- ajuda o garoto!
Mist então começa a preparar uma poção.
- ele está muito fraco, pegue este balde, busque água para mim no poço.
Arthur sai da cabana.
Uma luz forte dentro da cabana.
- veurn cornelis.
Disse Mist.
- ela é uma feiticeira.
Arthur entra na cabana.
- o que você fez?
- ele vai ficar bem.
- o garoto é forte.
Disse Arthur.
- ele precisará descansar por algumas noites, vocês vão ter que ficar aqui.
- não podemos.
- que mal tem, o garoto está cansado, sua energia está esgotada, não vão ir muito longe.
- tudo bem, mas ficaremos só até ele acordar.
- ótimo, vou preparar algo para comer.
Arthur saiu da cabana.
- onde você vai?
- preciso me sertificar de algo.
Arthur vai em direção ao bosque, não havia mais neblina o ar parecia mais quente, já era tarde o sol já estava se pondo. Arthur foi investigar aquele demônio.
- criatura horrenda.
Arthur pegou um frasco de laboratório. E com uma pinça pegou um pedaço do demônio e guardou em sua sacola.
- Darlok está ficando forte.
Então ele volta para a cabana, Mist havia preparado o jantar, Arthur estava sujo com sangue de demônio.
- por que você não tira essas roupas e toma um banho.
- queee? Aqui?
- sim, ou você está com vergonha?
- vamos homem você está fedendo, deixe-me lavar suas roupas.
- não, eu não posso fazer isso.
- vai eu viro de costas.
- t-ta bom.
Arthur começa tirar sua capa, ele usa um cinto atravessado por cima de seu umbro, onde guarda suas poções e utilitários. Logo em seguida ele tira sua camisa, Mist se vira.
- Arth...
- Não olhe!
Ela vira de volta.
Arthur tinha cicatrizes em seu tórax. Marcas de garras queimaduras cortes de espadas, sua pele era deformada como se tivesse sido destrossado.
- eu não sabia que você tinha passado por tanta coisa.
- é algo que não gosto de falar.
- use a banheira.
- Flushir!
Mist lança um feitiço e faz com que a água esquente.
Arthur entra na banheira.
- aaa, que delícia. Fazia alguns meses que eu não tomava um banho quente.
- pelo seu cheiro fazia meses que você não tomava banho.
Arthur termina seu banho.
- tome, vista-se com isso até suas roupas ficarem limpas.
Mist deu uma túnica que cobria até abaixo do joelho.
- venha vamos comer.
A mesa estava pronta, Mist havia preparado uma sopa de legumes.
- que delícia, que comida maravilhosa.
Arthur se levanta e vai até Darlok.
- o que você vai fazer?
Pergunta Mist
-Darlok, vamos campeão, acorde, você precisa comer um pouco.
Darlok abre levemente seus olhos, sem conseguir falar, com sua respiração fraca, Arthur levou a colher a sua boca.
Mist estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Arthur...
- eu devo minha vida a ele, o que ele fez no bosque...
- o que aconteceu lá?
- ele enfrentou o demônio sozinho, se não fosse por ele, eu não estaria aqui.
- aposto que você fez sua parte.
- não, não sou páreo para um monstro daquele nível. Aliás onde você tava com a cabeça de nós mandar para lá. Nos poderíamos ter morrido.
- eu senti a energia do garoto logo quando ele entrou na aldeia, precisava saber qual era o nível de poder dele.
- então?
- ele é muito poderoso, porém muito inexperiente.
- talvez por que ele tenha apenas 10 anos?!
- na idade dele eu já ressuscitava pássaros.
- mas eu tive um bom mestre.
- então porquê você não cura ele logo?
- não posso, meus poderes não funcionaram nele, ele parece ser imune a minha magia.
- só nos resta esperar.
Arthur ficou na aldeia, por duas semanas, mas eles precisavam ir, logo chegaria o inverno. Eles precisavam chegar até a passagem se não ficariam sem encontrar o mestre mago.Salve meu povo, estão gostando? Comentem aí o que acharam da jornada de Arthur e Darlok, o que acham que vai acontecer? Será que os dois vão conseguir chegar até a passagem? Bora fica ligado nos próximos capítulos, não esqueçam de me seguir. Um abraço.
