Promessas 1; Julietha

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Promessas,a maioria das promessas que fazemos sabemos que jamais iremos cumprir,e por está razão prometemos pois não temos medo das possíveis consequências, muitas dessas consequências não chegam a nós e acabamos por não receber punição por nossas falsas palavras,mas isso é ,certamente, diferente num mundo como nosso mas com detalhes únicos não pertences a outros mundos. Lá às promessas tem gravíssimas consequências caso não seja cauteloso.
E eram essas promessas feitas com cautela que atordoava os pensamentos de uma garota de pele morena e olhos gentis de cor verde esmeralda que, a propósito,a tal estava atrasada.

Julietha,está tudo bem?

A garota atrás da porta perguntar preocupada com a que está do outro lado.
Julietha logo percebe que a água  da banheira já não estava tão quente e ela, provavelmente, havia ficado mais tempo do que devia no banheiro.A mesma se levanta as pressas da banheira, arruma-se com grade velocidade mas mesmo assim ainda sai pela porta penteando os seus cabelos enrolados e volumosos

Juli,estava preocupada com você. Simplesmente entrou no banheiro e não saiu mais! E todas nós precisamos de um banho para partir!

Julietha estava a dois anos num colégio interno, o colégio de :
    Gisele Armas Aurora
Era um ótimo colégio mas o ano letivo havia acabado e era a hora de voltar pra casa.
No colégio havia dormitórios com até seis camas, mas em todas os dormitórios havia apenas um banheiro,o que sempre gerava dor de cabeça entre os alunos.

— Desculpa,desculpa mesmo meninas. Eu me perdi nas horas, vocês sabem... né?

— Claro que sim, Juli.
—Vares vezes...
— Sabemos e te perdoamos.

As garotas começam a afirmar e contar quantas vezes já não esqueceram o relógio de baixo do chuveiro até...

— A qual é, sério, vocês tem o que na cabeça?! Só pode ser vento pra ficarem tanto tempo no banho atoa.E você Julietha é a pior delas, afinal, está sempre atrasada,eu não duvido que chegaria atrasada até no próprio velório.
— Dá pra calar a boca por pelo menos cinco minutos Camille, ou vai encher a Juli até a capital!

Camille era um ser repleto de vaidade e inveja. Ela não  era cruel mas era,totalmente, insuportável. Ela gostava de alvos específicos para atormentar, e a pessoa de sorte já a quase dois anos era Julietha, que resolveu se manisfestar:

—Millena.

A garota disse para a outra,que já estava um pouco exaltada.

— O que ?

A mais nervosa pergunta confusa, a dona desta história faz um gesto delicado com a cabeça e a outra entende de imediato:

— Mas ela...
— Mas não me importo. Desde do dia que pisei no colégio Camille tenta me afetar de forma negativa, mas nunca consegui,de fato, e se um dia conseguisse eu me levantaria novamente,ressurgiria,seria quem sou : Uma Scarlett, que renova, recria, resiste e ressurge  das cinzas como uma verdadeira fênix. Bom, eu apenas te desejo sorte Camille, quem sabe com um pouco de esforço você consiga se tornar alguém meramente relevante.

As primeiras palavras de Julietha eram mais doces,mas quanto mais ela se aproximava de Camille,na outra ponta do cômodo,sua voz ficava mais a aveludada, porém suas palavras não suavam mais tão gentis, elas suavam quase como ameaçadoras,mesmo com o toque aveludado da voz. Quando a mesma se afastou de Camille sua a voz mudou para uma entonação mais debochada.

Vale a pena ressaltar que os Scarletts são uma família grande parte de seu tempo, alegres,gentils, simpáticos mas se perdem sua paciência.... digamos que que você,caro leitor, não gostaria de discutir contra os argumentos,raiva e repulsa dos Scarletts.

Quebra de tempo

Um tempo depois disso nossa protagonista se via em uma estação ferroviária com o cabelo mais o menos penteado tentando não esbarrar em alguém acaminho da plataforma 9¾ para o trem das 10:30. Felizmente a mesma consegui embarcar na Maria Fumaça antes dela partir{ foi a última a embarcar }.
Todos os outros vagões estavam lotados mas Julietha encontrou lugar em um vagão a onde só havia uma senhorinha de pouco mais de 80 anos de idade,a ler um livro por trás de óculos meia lua. Julietha se aproximou devagar :

— Com licença, minha senhora, eu poderia me sentar aqui,neste vagão? Todos os outros estão bem cheios.
— Mas é claro, minha jovem. Fique a vontade.

Disse a senhora de forma tão dócil que Julietha sentiu como se acabasse de receber um elogio.
Aconchegada no vagão a olhar para a paisagem de fora a garota começou a pensar sobre suas promessas e não demorou  adormecer......

Scarlatts e NoturnosOnde histórias criam vida. Descubra agora