Imagine Diversos 1

Vamos enfrentar isso juntos ꨄ Carlos Sainz

Os pesadelos vinham ocorrendo há meses. Acordar com gotas de suor escorrendo pela testa, o coração disparado, a mente tentando se localizar exatamente onde você estava no exato momento em que acordou; infelizmente, já fazia algum tempo que era um evento comum.

Era tudo algo com o qual você se acostumou. Acostumar-se a acordar por causa deles foi a parte mais fácil, tentar se forçar a esquecer os pesadelos e os significados implícitos por trás deles? Bem, isso foi muito mais difícil e foi a parte que você mais lutou para entender.

Eles sempre eram os mais vívidos depois de uma noite percorrendo intermináveis mensagens e comentários desagradáveis. Estranhos, pessoas que você nunca conheceu, pessoas que seu marido nunca conheceu; todos dizendo coisas hediondas sobre você, para você, por sua causa. Sobre sua aparência, sobre suas escolhas profissionais, sobre como Carlos poderia se sair melhor que você, sobre como ele provavelmente já o fez e sabe como esconder isso.

No fundo, você sabia que não havia nada com que realmente se preocupar quando se tratava de Carlos e sua dedicação ao seu casamento, mas uma vez que a reflexão excessiva o definiu... foi difícil adiar isso.

Os pesadelos, o pensamento excessivo e a ansiedade que acompanhavam o pensamento excessivo não eram coisas que você já havia expressado a Carlos. Até onde você sabe, ele não tinha nenhum conhecimento prévio sobre eles. Ele, é claro, sabia das coisas hediondas que as pessoas escreviam on-line, muitas vezes dizendo para você desconsiderar as coisas desagradáveis que diziam e isso geralmente terminava com ele repetindo palavras doces para você em sua língua nativa para enfatizar o quão falsas as palavras eram. Isso não impediu os pesadelos, nem a ansiedade que os causava.

Era óbvio quando eles estavam no seu pior momento também. Seu corpo ansiava pelo conforto caloroso dos braços de seu marido apenas para rolar para um espaço frio e vazio, seu marido em um país totalmente diferente, então seu lugar na cama permaneceu evidentemente vazio. Era como se sua mente estivesse zombando de você, lembrando que você estava fisicamente sozinho quando mais precisava dele.

Eventualmente, você sabia que não contar a Carlos sobre as noites sem dormir voltaria para assombrá-lo. O que você não esperava era o quão perturbado ele ficaria por não estar ciente.

Carlos ligou para você no início da noite para se certificar de que você sabia quando o voo dele chegaria e que ele não precisava que você o buscasse, pois havia deixado o carro no aeroporto. Depois de dizer a ele que você esperaria acordado por ele, ele imediatamente desencorajou isso, tentando convencê-lo de que não queria que você esperasse acordado a noite toda por ele e que preferia ir para a cama com você quando chegasse em casa. e abrace-se.

Ignorando as palavras dele, você ficou acordado o máximo que pôde. Passando o tempo com tudo o que encontrava, um livro, um desenho, seu telefone, eventualmente você sentia um puxão nas pálpebras. Você se convenceu de que iria fechá-los por um momento, que poderia descansá-los por apenas alguns segundos e então seria capaz de voltar a se distrair com tudo o que encontrasse para se manter acordado.

O sonho começou como sempre. Era como se você fosse invisível, uma força externa observando um momento íntimo. Sempre era Carlos no sonho, e outra mulher, ela nunca teve um rosto reconhecível, ninguém que você conhecesse. Ele estaria sussurrando palavras doces em seu ouvido, assim como sempre fazia com você, o rosto dela pressionado em seu ombro enquanto ela ria.

“Carlos, meu amor, quando você vai deixá-la? Você já me disse tantas vezes que será em breve, por favor meu amor. Eu só quero estar juntos, verdadeiramente juntos.”

Ele sempre suspirava e dava um beijo no topo de sua cabeça antes que ela continuasse.

“Ela não é boa o suficiente para você, você sabe disso. Sempre fui o que você queria, o que você precisava. Ela não é nada, por favor meu amor, vamos ficar juntos.”