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só pra deixar claro que eu iria adorar se vocês fossem deixando nós comentários quem vocês acham suspeito!!
1166 palavrinhas senhor..
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"você realmente terminou com o Uris?" A voz feminina, de alguma amiga de Patrícia Blum, saia do telefone que a mesma havia deixado no viva voz enquanto escolhia um sabor de pipoca. A loira escorada no armário joga um dos pacotes perto do micro-ondas pegando seu celular, ouvindo uma pequena risada. "durou mais do que eu esperava".

"Cala a boca, estávamos indo tão bem" falou num tom de ironia, mudando levemente a própria voz passando a mão em seus cabelos com um pequeno sorriso no rosto "tenho quase certeza que ele é gay, mas a família dele tinha dinheiro então foi bom enquanto durou".

"Imagino, tenho que desligar, bateria" Paty resmunga baixinho finalmente se despedindo, joga o telefone sobre o balcão e então começa a escutar os pequenos estouros vindos do outro lado da cozinha.

Deu alguns passos parando ao escutar seu celular tocar novamente, o pegou em mãos vendo que não era uma amiga mas sim um número desconhecido, revirou os olhos e atendeu indo em direção ao seu micro-ondas.

"alô?" A voz fina se espalha pelo cômodo.
"Quem tá falando?"
"Com quem você quer falar?"

Estranhou a voz grossa quase robótica do outro lado da linha.

"Acho que você ligou para o número errado"
"É... acho que sim"
"Mais sorte da próxima vez"
"Ei ei! Não desliga, quer conversar um pouco?"

A loira soltou o ar quase num riso e esfregou os olhos.

"Qual é seu nome?"
"Eu não vou dizer não"

Ligou o micro-ondas pela segunda vez.

" que barrulho é esse?"
" pipoca"
"Só como pipoca no cinema"
"To' me preparando para ver um filme"
"Qual?"
"Algum desses ruins de terror que tiver passando"
"Gosta de filmes de terror?"
"Só dos bons"
"Interessante, qual é seu filme de terror preferido?"
"Sou fã de invocação do mal e você?"

Tirou a pipoca do pacote a colocando em uma bacia.

"Qual você acha que é meu filme favorito?"
"Humm.. talvez.. a hora do pesadelo?"
"Bom filme, então... você tem namorado?"
"Por que?" Falou numa risada "vai me chamar pra sair?"
"talvez... você não vai me dizer seu nome?"
"por que quer saber meu nome?"
"Eu quero saber pra quem eu tô olhando"

O belo sorriso de aparelho de Patrícia some derepente, seus reflexos a fizeram olhar em volta.

"....o que?"
"Quero saber com quem eu tô falando"

Ela foi rapida em desligar a ligação, saiu da cozinha começando a trancar toda a sua casa, se assustando com batidas ao trancar a porta da frente. Se afastou da porta em passos lentos dando um pequeno grito no momento em que o telefone fixo tocou na mesa da sala de estar.

"Não desligue na minha cara!"
"O que voce quer??"
"Quero jogar com você, vai encarar? Loirinha.."

Seus pés se apressaram para trancar o resto da casa, apagando algumas luzes, fechando cortinas e ficando atrás do sofá.

"São três perguntas, se errar uma você morre, não é difícil!"

Sentiu lágrimas se formando embaçando sua visão.

"Eu vou ligar pra polícia"
"Eu te abro inteira bem antes deles chegarem"

Se assustou com batidas mais fortes na porta agora.

"Para! por favor!"
"Fiquei sabendo que acabou de sair de um relacionamento, sua amiga me disse, aquela com quem você falou antes"

Pegou seu celular ligando para a polícia segurando ao máximo o choro.

"Já que falamos dela, primeira pergunta, aonde eu a esfaquei primeiro?"
"Vai se fuder!"

Correu pra cozinha procurando pelas facas que estavam ali antes, não as encontrando.

"Devia ter pensado nisso antes, pergunta número dois, por onde acha que eu entrei? Ja deixei a primeira passar, responda essa, se não voce morre agora."
".. eu.. janela?.." Falou entre as lágrimas vendo seu celular descarregar antes da polícia atender "por favor.."
"... Bingo, ponta para a última pergunta?"

Respirou fundo revirando as gavetas buscando por qualquer coisa para se defender.

"Como você vai morrer, Patrícia?"

Ela jogou o telefone para longe correndo o mais rápido que conseguia para a porta, gritou ao sentir seus cabelos sendo puxados a derrubando junto a um grito, que se misturou com choro na primeira facada, se juntando com seu próprio sangue no chão. Sua garganta foi facilmente cortada durante sua última tentativa de se arrastar.

...

Stanley estava ao lado de fora da boate onde seu antigo grupo de amigos tinha combinado de se encontrar, roendo as unhas enquanto recebia a notícia, forma quase muito explícita, de como sua antiga namorada foi encontrada pelos pais na noite passada.

"Ela foi praticamente aberta por inteira"

As palavras fizeram o Uris paralisar, apenas imaginar fazia seu estômago revirar, tinha sorte de não ter comido nada. Desligou o celular no mesmo momento em que a ligação acabou.

"Tudo bem aí?" A voz grossa de Mike fez Stan guardar o celular e andar em sua direção, vendo de longe que parte do grupo já havia chegado, inclusive seu ex-(quase)-namorado, já que Stanley e William nunca tiveram realmente coragem de subir o nível do que tinham.

"Sim.. já chegou todo mundo?" Perguntou enquanto entrava no local ao lado do mais alto. A música alta o fez ignorar tudo ao seu redor, ele apenas andou em direção a mesa mais afastada onde estava seus velhos amigos após Mike o responder.

Foi surpreendido com um abraço forte de Richie, após comprimentar todos na mesa, Tozier estava quase o deixando sem ar. Após algumas risadas e até um choro da parte do de óculos, todos se sentaram entrando em pequenas conversas entre si. O que durou mais que o esperado, já que em menos de uma hora Richie já tinha conseguido levar Eddie para a pista de dança, o que fez todos se animarem.

Uris não sabe exatamente o momento em que todos se separaram, nem se importava naquele momento, depois de alguns drinks seu olhar já estava preso em Denbrough, o único na mesa agora, após ter usado a desculpa de não saber dançar. Trocaram olharem algumas vezes, mas não foi o suficiente para fazê-lo levantar.

De qualquer forma, alguns minutos depois Beverly Marsh o fez levantar a bunda do banco, claro que ela teria que chamar, o pensamento passou pela mente de Stan e só se afastou cerca de 20 minutos depois, quando Hanlon o puxou para dançarem juntos, o encaracolado quase tinha esquecido o jeito que Michael contagiava tudo com seu sorriso e alegria.

A festa foi boa, bem, enquanto ela durou, o que foi no máximo 10 minutos mais, e então dois corpos foram encontrados no banheiro, carne conhecida, como algum policial disse.

Henry Bowers e Patrick Hockstetter, o loiro com a cabeça dentro do vaso sanitário, ironia do destino, foi o que o Uris pensou no momento em que Eddie descrevia como achou os corpos dos dois valentões da adolescência do grupo.

Stanley encarava a ambulância saindo do estacionamento sem saber como se sentir em relação a tudo que tinha acontecido naquela noite.

IT: SCREAM VERSIONOnde histórias criam vida. Descubra agora