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GUSTAVO

Sempre gostei de Helena, ela nunca me criticou, nunca me esnobou...

Ela nunca ligou para mim, mas sabia que de alguma maneira ela sentia um carinho, o mínimo que seja. E isso me dava medo.

Minha mãe sempre me disse: " nunca se envolva ", " é perigoso ser próximo de alguém, coisa ruins acontecem as pessoas que os lycans tem contato".

Sempre soube o que era, não tenho medo disso, vejo minha mãe todas as luas, enjaulada é claro, mas ela nunca me atacaria, pois somos monstros, e monstros precisam estar juntos.

Na sala de aula sou invisível como em todo e qualque lugar, nada que me incomode de fato. Um dia eles tremerão de medo, me temerão, um por um dos que me fizeram sofrer irão cair e implorar por suas almas e eu as tirarei, sem dor e sem remorço.

Anceio pela lua cheia à anos.

Uma bolinha de papel bateu na minha cabeça e caiu no chão, apertei meus dedos na cadeira e não revidei, não teria graça, guardarei para mais tarde a vingança. Peguei Helena me fitando do meio da sala, seu olhar era um misto de curiossidade e medo, olhei para seus olhos verdes e sua boca rosada como suas maças dos rostos, era linda, mas a fera atrás dela não, um lycan de olhos vermelhos estava com metade de sua cabeça na boca, boca na qual estava aberta como uma foto gravando o último segundo de vida dela enquanto gritava de dor.

Afastei a visão que o meu outro lado desejava e olhava para a realidade agora, Helena se concengrou em rabiscar em seu caderno, mechendo seus pulsos frágeis com agilidade, invejava ela poder focar em outras coisas, no meu caso a vontade era de enstrangular a professora de História, quem se importa com as guerras mundiais? Lycans não se importam.

A aula demorou mas enfim acabou, observei Helena ir embora da sala, ela não deveria a não ser que matasse ela, e eu não poderia acreditar que ela iria fazer isso, enrolei um pouco na sala e depois a segui, não precisava estar erto dela para isso seu cheiro impreguinava a escola, um cheiro doce , mas não como rosas ou coisas desse tipo, era doce como o sangue que corria por suas veias.

Segui pelo corredor esquerdo onde estava a porta que levava à saída da escola. Caminhei com mais vontade agora, a seguiria e descobriria onde ela morava, não importa onde ela estiver eu preciso, necessito ficar perto dela, e vou.

Um cheiro no qual tenho nojo chegou com tudo para o meu nariz, era Lucas. Virei para trás e ele estava encostado na parede olhando com desprezo para mim.

- Eai esquisitão. O que pensa que está fazendo?

- Não é da sua conta.

- Estava seguindo ela?

Não respondi.

Ele sorria para mim, desencostou da parede e vinha com o punhp cerrado batando na outra.

- Sabe que me irrito quando não me respondem, acho que você gosta de apanhar Gustavo.

- Me bata então. Quando te matar você não ficará tão feliz assim.

Ele pareceu hesitar mas depois voltou a andar.

- Ora não diga coisas sem sentidos.

- Vá em frente.

E ele veio. Lançou um soco no meu estômago e depois um chute na minha perna, pulei em cima dele e descontei vários socos na sua barriga, ele ria.

- Mais forte franguinha, assim sinto cossegas!

Ele pegou minha blusa e me levantou lançando-me na parede oposta. Chpquei-me com tudo e pude ouvir o estralo da minha coluna ao colidir vom a parede sólida de concreto chapiscado.

Tudo girava, mas vi Lucas ir embora pelo corredor direito sem falar nada, um dia ele me paga pensei.

Fiquei ali no chão até as coisas pararem de girar e voltei para a sala de aula. Não seria hoje então o dia em que a veria indo dormir...

***

- Está tudo bem? - perguntou minha mãe.

- Não. Nunca está.

Ela estava parada na cozinha da porta com seu avental branco sobre seu vestido vermelho com desenho pequenos de melencias fatiadas. Seu cabelo está preso em um rabo de cabelo exageradamente firme, expondo seu rosto fino e delicado, sua pele pálida era quase transparente por conta da iluminação das lâmpadas no teto.

- Foi aquele menino outra vez?

- Muitas vezes, queria matar ele! Estrangular até quebrar o pescoço dele.

- E fará. Mas quero que tenha cuidado, moramos nessa cidade e temos que ser cuidadosos. - ela parou um instante e depois falou docimente. - Ah querido, não, você não deve matá-lo, é errado, deve se trancar como eu, por favor? Não deixe que essa maldição te controle!

Depois ela voltou ao normal e voltou para a cozinha, nós sofremos de dupla identidade o lado lycan predomina é claro mas a parte humana luta por espaço e as vezes consegue, minha mãe não cedeu ainda ao lado animal dela, não é o caso do meu padrastro...

Decidi não jantar, quase nunca tenho fome, fui ao banheiro e despi-me entrando em seguida no box, liguei o chuveiro e a água quente começou a cair sobre mim, peguei o sabonete e passei em mim, depois de me saboar peguei um shampoo e o coloquei sobre o coro cabeludo, olhei na janela e vi a lua minguante, algo em mim queria sair e gritar, mas não era hora aindaeu sabia, meu peito doia e eu caí com os joelhos no chão, eles fizeram um som seco no piso, sangue saia da minha boca, os dentes estavam querendo sair, estavam empurrando os dentes humanos com violência para baixo, mas ainda eram fracos e como disse ainda não era hora.

Lembrei-me de que não devia olhar para a lua, algo assim, era como se instigasse o lycan em mim e como punição ele forçava a transformação, amaldiçoei-me por não ter lembrado disso. Levantai do chão e respifei fundo, a dor havia passado.

Abri o box e estiquei o braço para pegar uma toalha da cor do vinho, trouxe-a para dentro do box e me sequei, abri a porta do quarto e a fechei, procurei uma cueca e a coloquei.

Lancei a toalha sobre uma cadeira de madeira que fica ao lado da cama e da mesa de computador, em seguida joguei meu corpo para a cama e dormi.

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Hey pessoas! Tinha esquecido essa história adimito, mas vou dar continuidade após ver que com apenas dois capítulos já tinha 50 visualizações, podem adicionar a biblioteca já se quiserem, aguardem mais capítulos e não esqueçam de votar na capítulo e indicar para os amigos ;)

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2015 ⏰

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