Apaixonada por um Anjo

05•• Misteriosa Árvore

Passei pela porta da cozinha, enquanto Eduardo tomava seu café— quem!?

Ele continuava bem sério— quem o quê?

-Quem você vai por no meu lugar?

-Não é da sua conta

Grosso que nem um cavalo

-Você sabe que precisa de alguém tão ruim quanto eu

-Você não é ruim!

-Do que você tá falando?

-Amber seu poder era azul!

-Azul escuro...

-E você acha que importa?— ele se levantou e veio na minha direção— sabe quem tem poderes coloridos!? Os anjos! Os anjos Amber! Os anjos!— gritava na minha cara e depois se afastou alisando seu rosto e seus cabelos, com a face preocupada

-Mas eu não sou um— minha voz era séria e cheia de raiva

-É claro que eu sei que você não é um! Escuta aqui, eu não quero que conte pra ninguém sobre isso

-Eu não sou burra

-Eu acho bom, e nem pro seu namoradinho

-O Max não é meu namorado!

Eu já tinha um, que era humano, isso ele não poderia saber de jeito nenhum

Se sentou de volta no banco— que seja

-Outra coisa— dei uma pausa pegando uma maçã e me sententado a sua frente— por que não me deixou torturar ontem?

-Então você fugiu?— o mesmo não parecia nem um pouco surpreso

-Uhum

-Eu já esperava, te coloquei de castigo

-Como você disse— dei uma pausa dramática— eu não sou sua filha para me colocar de castigo

Ele era frio e sem sentimentos—  parece que toquei no seu ponto fraco— deu um gole em seu café

Tocou mesmo, filho da puta

Sorri ironicamente— claro que não, como se eu me importasse—  usei um tom como se achasse absurdo o que ele tinha acabado de falar e dei de ombros

Eduardo riu— eu acho bom que não confunda as coisas

-Eu sei! Mas... Acho que VOCÊ não sabe— meu tom estava com deboche

-Seja direta, Amber

-Quero dizer que eu soube que os anjos vão no mesmo dia que nossa escola pra Terra

-E?— limpou sua boca com um guardanapo, sem dar muita atenção ao assunto, ou pelo menos demonstrou isso

-E que eles vão nos combater— ri— pelo menos tentar. Você tem medo que um deles me machuque, você se importa comigo

-É isso que você acha?— falou com deboche me encarando nos olhos

-É! Se não não teria motivo pra você não me deixar ir, "revelar nossa existência" me poupe né

-Se você quer tanto ir! Vá. Eu não me importo

Uma pequena parte de mim ligou, mas a maioria nem ligava desde que eu encontrasse o Eli

-O Max também

-Não, vocês dois juntos são um terror— se levantou

-Isso não é bom?

-Seria se vocês não arriscassem nossa existência. Eu não estava brincando quando disse isso

-Qual é? O pai dele é seu braço direito