04•• A Chave

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Entramos no castelo e UAU. Eu não me lembrava de aqui ser tão bonito e tão grande. É bem maior do que aparenta. Vários quartos, corredores cheios de lustres e pilares

Pov Max

Nós estávamos andando pelos corredores, até o salão principal. Onde está a chave

-Espera— Amber me parou assim que avistou uma varanda. Ela parecia encantada e vi o porque

Lá tinha um por do Sol. Nós fomos até a varanda e ficamos observando. Para a gente Sol é coisa de outro mundo. Aqui sempre é nublado ou escuro

Amber se apoiou na varanda e ficou admirando encantada a vista, e eu admirando ela

Seus olhos castanhos, seu sorriso e seus cabelos ondulados. Eu reparava em cada detalhe

Sempre costumava saltos pretos, uma maquiagem que realça cada traço seu, usava vestidos longos e pretos, largos do quadril pra baixo e apertados da cintura pra cima. Sem querer meu olhar foi para seu decote

Ela não percebeu, então logo desviei. Amber era a garota mais durona que eu já conheci. E única que me deixa confuso

Odiava o fato de sentir algo por ela. Odiava o fato dela ser tão mais nova, não de aparência, mas diferente de todos nós demônios, ela parece ter coração

Algo nela me desperta um sentimento estranho. Algo bom... Sem ser ódio, eu não sei o que é, só sei que odeio e gosto de sentir isso

-É tão lindo né?— ela confiava apreciando a vista

-Éh...— dizia olhando para seus lábios— digo... Sim, muito bonita a vista, só não mais que seus olhos

Amber sorriu— besta— deu um soco no meu ombro e entramos no castelo novamente

Seguimos nosso caminho pelos corredores. Lembrei que tinha que ajudar meu pai, não importa agora, eu faço de tudo pela Amber

Chegamos ao salão principal. Não tinha quase nada, além de um quadro do Eduardo, usando um colar de prata e uma mesa com a chave prata

Me aproximei para pegar a chave, em fim passe livre pra Terra

-Tem alguma coisa errada— Amber segurou minha mão, me impedindo

-O quê pode estar errado? Deixa de frescura

Ela sempre foi cheia dessas besteiras

-Não é isso, tá fácil demais— assim que falou, percebi seu ponto, e tem razão

-Mas o quê mais pode ser?

Ela olhou calmamente em volta— aquilo— apontou para o quadro

-Aquilo o quê?

-O colar que ele está usando na foto

Continuei sem entender seu ponto— e?

-Mas é lerdo— Amber se aproximou do quadro— o pingente— tirou a chave do colar que Eduardo usava na foto

-Mandou bem— nos cumprimentamos

-Agora vamos, finalmente vou ver o Eliiii— falou toda animada— obrigada— ela me abraçou

Eu odiava o fato de ela ficar feliz com outra pessoa, mas gostava de vê-la feliz. Eu faria de tudo por isso

Me soltei do abraço— vamos

Eu odiava qualquer tipo de contato físico, mas com ela é diferente

-Você é o melhor amigo de todos

-Claro— falei num tom meio desanimado— melhores amigos

Eu não sei se ela é lerda ou se faz

-Éh digamos que eu não odeio tanto você assim, mas sério agora vamos

Apaixonada por um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora