Miller's - Short Stories

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Benjamin se olha no espelho e fica estranhando. Alguém toca no benjamin e ele se vira. Ele vê sua mãe lá.

Mãe — vai voltar pra casa? Chama o Gabriel também!

Benjamin — mãe?!

Mãe — eu tô só em seus sonhos, benjamin!

Benjamin — você morreu.

Bia — morri. O Gabriel não te contou?

Benjamin — como tá aqui?

Bia — me segue.

Benjamin segue sua mãe, mas quando sai da porta do quarto, bate de cara com o Benjamim.

Benjamim — tá fazendo o que, menino?

Benjamin — minha mãe...

Benjamim — o que que tem?

Benjamin — ela tava aqui

Benjamim — você precisa de um chá

|Sala de estar

Benjamin — nossa, chá é horrível.

Benjamim — tá, bebe, e me conta o que têm sua mãe.

Benjamin — eu vi ela me chamando no telefone e agora quando fui me olhar no espelho, ela me tocou e ficou atrás de mim.

Benjamim — bom, isso pode acontecer por causa do luto.

Benjamin — não tô de luto, eu nunca tive intimidade com minha e não ligo de ela ter morrido.

Benjamim — então tem problemas com pais?

Benjamin — minha mãe... Não era presente na minha vida. Ela... Fumava quando éramos crianças. Meu pai avisou que isso pode fazer mal a ela e a família. Mas ela não ligou e saiu com a gente para o aeroporto. Ela terminou com meu pai. Daí nós nos perdemos e estamos aqui como filhos adotivos.

Benjamim — e não tá bom?

Benjamin — tá, tá bom. Mas... São meus pais.

Benjamim — eu não sei o que você pensa sobre... Isso tudo, e...

Benjamin — você nem sabe conversar!

Benjamim — eu tô tentando conversar!

Benjamin — tem alguém aqui pra eu perturbar nessa casa?

Benjamim — desde que o Patrick se rebelou e "saiu" de casa, ninguém para mais!

Benjamin — toma conta dos seus filhos, benjamim!

Benjamim — vai fazer algo de importante!

Benjamim se levanta e vai para cima.

|Escola

Benjamin tinha ido sozinho pegar suas provas. Enquanto ele tá na diretoria, uma mulher chega.

Yasmin — benjamin, né?

Benjamin — é.

Yasmin — bom, já vou entregar suas provas.

Benjamin — como eu me saí?

Yasmin — você vai ver... Agora!

Benjamin pega suas provas nas mãos e vê que tirou uma nota boa. Ele não consegue acreditar e olha estranho para a mulher.

Yasmin — é, eu também fiquei assim quando vi sua nota! Parabéns!

Benjamin — será que eu posso... Te abraçar ou...

Yasmin — tudo bem, pode.

Ele levanta e abraça ela.

Yasmin — parabéns, você mereceu!

Benjamin fica paralisado e olhando fixamente para um lugar.
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Math — você tá bem?

Benjamin — não.

Math — porquê não?

Benjamin — não sei porquê, mas tá estranho contar da minha vida pra alguém.

Math — eu sou seu novo psicólogo e tá tudo bem.

Benjamin — desde que me minha mãe morreu, não consigo acreditar que ela se foi. E acho que por isso, tenho alucinações com ela falando comigo e aparecendo em cômodos da casa.

Math — primeiramente, você precisa aceitar! Ela morreu e está descansando no céu. O que mais te perturba em relação a isso?

Benjamin — antes eu achava que podia ter uma mãe melhor, agora eu só consigo pensar que não tenho mãe e mais ninguém. O Gabriel (meu irmão) ficou estranho depois que minha mãe morreu. Agora ele tá se recuperando do luto. Não sei, deve ser muita coisa na minha cabeça

Math — então... Antes da sua mãe morrer tinha problemas familiares?

|Anos atrás...

Alex — bia, quer parar de fumar?

Bia — se não vai fazer o que?

Alex — vai influenciar as crianças!

Bia — ai, eles nem estão aqui.

Alex — onde eles estão?

Bia — lá fora brincando

Alex — bia, eles deviam estar aqui dentro, vai chover!

Alex vai até a porta e abre.

Alex — meninos, entrem, vai chover!

Gabriel — agora não, pai!

Benjamin — é, deixa a gente brincar um pouquinho.

Alex — não, entrem!

Benjamin e Gabriel reviram os olhos e entram.

Bia — oi meus amores!

Gabriel — tá fumando, mãe?

Bia — Ah, não, meu amor. — bia diz jogando o cigarro do lado dela do sofá.

Benjamin — pai, eu te odeio! Minha mãe nos deixa fazer tudo o que nós quisermos!

Alex — oh meu bebê, não é isso, meu anjinho...

Benjamin não deixa ele falar e Sobe para o quarto junto ao Gabriel.

Alex fica muito triste e suspira. Ele senta no sofá com lágrimas nos olhos.

Bia — devia respeitar as decisões deles.

Alex — mas vai chover e são 22:20! Tá tarde!

Bia — quando eles sentirem sono eles voltam pra casa!

Alex — você não entende, né? Se fosse pra ficar viciada e desnaturada nem precisava casar e ter filhos!

Bia — você me chamou de desnaturada?! Eu sei muito bem o que eu tô fazendo!

Alex — bia, para de gritar, as crianças vão ouvir.

Bia — Ah, pelo amor de Deus!

Gabriel e Benjamin ficaram no quarto se abraçando enquanto ouvia os gritos da sua mãe.

Gabriel — eles estão brigando de novo. Me abraça, vai ficar tudo bem, eu vou te proteger.

Bia — e quer saber de uma coisa? Eu tô cansada desse casamento! Qualquer dia desses eu vou embora de casa, quer ver?

Alex — bia, para de gritar, vamos conversar no nosso quarto! Você tá bêbada, meu amor, deixa eu cuidar de você!

Bia — nem pensa em me tocar! Eu vou sair e volto mais tarde!

*Porta fechando*

Alex olha para as escadas e resolve subir. Ele tenta abrir a porta do Gabriel e do Benjamin, mas tá trancada.

Alex começa a chorar e para seu quarto.