PARTE 33
- ANTHONY -
Encontrou Sarah na biblioteca depois do plantão, estava escorada na mesa fazendo algumas anotações com uma expressão pouco confusa.
— Olá, senhorita, vim fazer uma pesquisa, vou ficar naquela mesa tudo bem ? — disse e logo soltou um riso baixo.
— Tudo bem senhor, fique à vontade. — Sarah nem se quer o olhou para responder, parecia realmente estar ocupada, ou ao menos bem atrapalhada.
Anthony cruzou os braços e ficou parado em frente a mesa até que ela resolvesse voltar sua atenção a ele.
— Ah meu deus, me desculpe eu estou super atrapalhada e..nossa, você fica extremamente sexy com essa pose toda de galã. — a viu rir depois do que disse e sem querer deixou que um sorriso meio tímido lhe escapasse.
— Obrigado, será que eu posso ficar aqui por algumas horas ? Eu sei que daqui a pouco já vai fechar aqui mas eu preciso muito de algumas informações. faz esse favor pra mim vai, por favor.
— Na verdade eu já ia fechar, mas tudo bem, eu posso te ajudar se quiser. Já aprendo algumas coisas sobre esse teu mundo. — o sorriso dela era tão doce que ele nem contestou.
Andou até a prateleira para pegar o livro e depois foi ate uma das mesas de estudos, colocando suas coisas sobre ela e começando a fazer suas buscas. Alguns minutos depois Sarah se aproximou por trás e pôs as mãos sobre seus ombros massageando-os delicadamente.
— Por que você não usa um computador para a pesquisa. — volta e meia sentia as mãos dela tocarem seu cabelo e depois voltarem para os ombros.
— Não há nada como sentir o cheiro dos livros. Toca-los. Isso me deixa mais a vontade, torna as coisas mais reais.. — suspirou, largou a caneta sobre a mesa e fechou os olhos desfrutando da massagem.
— Então em uma coisa concordamos Doutor Anthony Leroy Johnson. Porém nossos livros tratam de assuntos diferentes. — ela literalmente se inclinou e deixou os lábios próximos do seu pescoço, sussurrando cada palavra.
PARTE 34
— Sarah.. — usou um tom imponente, mas suave.
— Sim, doutor ? — seus olhos estavam fechados mas ele sabia que ela estava sorrindo.
— Não fale desta forma, me tira a atenção.
— Só a atenção ? — sentiu seus lábios tocarem-lhe o pescoço.
Levantou de imediato da cadeira, puxou-a pela cintura e a fez sentar na mesa. Prensou seus corpos ficando entre suas pernas e a ouviu suspirar.
Era intenso e incontrolável o que Anthony sentia por ela. Ele sabia como se sentia mas mesmo que tentasse jamais conseguiria descrever em palavras.
Deixou seus lábios próximos o bastante dos dela a ponto de conseguir sentir sua respiração se misturando com a dele. O coração palpitou, outra vez.
Suas mãos apertaram suavemente as coxas dela e logo em seguida pode ouvir um quase gemido extremamente baixo.
Notou que ela o observava com atenção e então sorriu, levou uma das mãos em seu rosto tocando o polegar em seu lábio inferior.
— Só a atenção.. doutor ? — toda vez que ela lhe chamava de 'doutor' parecia soar com um tom provocativo, bastante.
— Me tira do sério, é isso que você faz. — Ela fechou os olhos e sorriu ao ouvi-lo falar
— Seja meu livro então minha eloquência, arauto mudo do que diz meu peito, que implora amor e busca recompensa. — olhou-a encantado enquanto citava um verso do qual ele se lembrava.
— Shakespeare realmente transforma simples palavras em poesia com a maior facilidade e sutilidade que já pude ver. — de imediato a viu abrir os olhos e transparecer certo espanto, combinado com surpresa.
— Se você vai perguntar como é que eu sei que você citou Shakespeare, saiba que eu andei lendo algumas coisas. Talvez não seja só você que deseja saber mais sobre o mundo de um certo alguém. — a expressão de espanto deu lugar a algo que mais parecia admiração.
— E agora ? — sentiu-a abraça-lo e logo em seguida soltar um riso baixo.
— Agora o quê? — perguntou confuso.
— Se você citar um trecho de um livro clínico eu não saberei detectar o autor.- permaneceu em silêncio por alguns segundos e por fim respondeu:
— Sendo assim, eu lhe ensino.
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Café, insônia, mistério e... anatomia?
Roman d'amourJá tentou relacionar amor com o funcionamento anatômico do seu coração ? Anthony é um médico cardiologista acostumado a pôr a ciência humana como explicação de tudo. Daria certo se ele se apaixonasse por uma estudante de literatura apaixonada por S...