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— Aí, Yuuji. O Megumi deve ter te falado né?
— Hum? O quê, Sensei?
— Sabe do que as maldições são criadas?
Seu olhar se tornou ao céu, tentando pensar em sua resposta.
— Sentimentos ruins, né não?
— Exato. Mas já pensou no que aconteceria se não tivéssemos sentimentos ruins? – Em seu lábio um sorriso pequeno se formou.
Ele finalmente havia chegado onde queria.
— Tá falando se existisse uma pessoa sem sentimentos? – O mais velho confirmou com a cabeça.
— Acho que não existiria mais maldições. Mas seria algo bem ruim. As pessoas não teriam as sensações e emoções cotidianos e gratificantes do dia a dia, seria uma coisa sem vida.
— Vou te contar uma história, mas não conta pra ninguém, beleza? É segredo de estado. Posso confiar em você? – Virou para o garoto.
— Sim, Sensei! – Disse fazendo uma reverência militar.
— Há um tempo atrás, havia um grupo de feiticeiros pesquisadores que fizeram a mesma pergunta, e então chegaram a conclusão! E que tal criarmos um humano sem sentimentos? Essa seria a solução e também o fim para as maldições. Mas havia um porém, eles precisariam de cobaias.
— Mas isso não é crime?
— Tecnicamente sim. Mas a ideia pareceu ser tão boa que conseguiram conquistar até mesmo os de cima, então o risco a se correr era a troca pelo grande projeto. No início tiverem grandes problemas e dificuldades para achar alguém, mas isso durou pouco tempo, uma cobaia perfeita foi encontrada.
— Era uma mulher?
— Uma criança. Quando chegou na escola, com seus 5 anos, foi submetida a treinamentos rigorosos, além de que ela não tinha liberdade. Sua alimentação era rigorosa, sua fala foi restrita, lugares e forma de andar também era. inspecionados, e mesmo ela seguindo as regras como um cachorro, suas mãos eram algemadas e só eram soltas para fazer missões.
— Ninguém merece algo assim! Ela era só uma criança, por que fizeram isso com ela?
— Ela só não teve sorte. Ela era escolhida, mas não para algo bom. Continuando, com o passar dos anos ela foi crescendo, e o experimento parecia está dando certo, mas havia algo estranho nisso tudo, ela era fraca demais, e além disso ela não tinha um pingo de energia amaldiçoada.
— Então tudo que fizeram ela passar foi em vão?
— Não. Apesar disso ela era rápida, inteligente e boa com todos os tipos de arma. Há rumores de que ela era uma atiradora nível elite, nem mesmo a Mai sabe atirar como ela, e a Maki não passa de uma iniciante perto dela, mas são só rumores.
— O que aconteceu com ela?
— Ela era chamada de A feiticeira mais fraca da escola. A fracassada. Uns dizem que o experimento foi um total fracasso, ela continuou com sentimentos e que no final da vida enlouqueceu e matou todo o grupo de feiticeiros em prol de vingança pelo o que fizeram com ela, outros dizem que o experimento foi um total sucesso, mas por medo do que ela poderia se tornar a mataram junto com seus criadores. As pessoas tinham medo dela. A chamavam de filha do diabo, e outros a chamam de o próprio diabo. Apenas sei que pedaços do seu corpo foram encontrados.
— Isso é loucura! Que tipo de pessoa faz isso com outro alguém? Pessoas não devem ser tratadas assim, todos tem sentimentos, simplesmente tirá-los é algo cruel, pessoas que fazem isso não podem ser consideradas humanas, são eles os demônios, não ela! Ela deveria ser alguém tão triste, você a conheceu, Sensei?
— Uma vez eu a vi.
— Como ela era?
— Ela estava sempre algemada, não tinha presença e sempre andava de cabeça baixa. Mas eu consegui ver seus olhos uma única vez por cerca de 30 segundos.
— Como eram?
— Eram sem vida.
— É compreensível. Sinto pena dela, ela deveria ser alguém livre e feliz. Espero que ela tenha conhecido a felicidade no paraíso.
— Será mesmo? – Sorriu.
— O quê?
— Que ela foi para o paraíso?
— Não sei. Mas acho que ela merece conhecer a felicidade. Mas, Sensei, você acha que ela foi morta ou enlouqueceu?
— Apenas sei que pedaços do corpo dela foram encontrados. Esquartejamento. A pessoa que a matou com certeza não a queria viva.
— Acha que ela foi morta?
— Vai saber. AH! Essa conversa toda me deu fome! Vamo chamar a Nobara e o Megumi pra ir com a gente.
— Espera, Sensei! Você sabe onde ela foi encontrada?
— A garota? No antigo dormitório da ala oeste. Foi abandonado depois do acontecimento, por quê?
— Quero rezar pela alma dela.
— Entendo. Esteja na frente da escola daqui a 15 minutos. Boa sorte, Yuuji!
— Valeu, Sensei!
| 10 minutos depois |
— Descanse em paz moça. – A tradicional reverência foi feita.
Enquanto se levantava o telefone do garoto vibrava sem parar.
A tela mostrava a ligação de sua amiga, Nobara Kugisaki. Saindo do local colocou o telefone em sua orelha.
— O que foi Kugisaki?
— Vem para a entrada da escola, agora.
— Aconteceu alguma coisa?
— Só vem o mais rápido que puder garoto! – Desligou.
— Ué, o que deu nela?
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FAILURE | GOJOU SATORU
Fanfiction" A feiticeira mais fraca da escola. A fracassada. " Era algo que nunca deveria mudar. Porém, as vezes, os escolhidos podem demorar para realmente se mostrar.