Ele não precisava de compaixão. Sabia que suas lágrimas eram frutos do trauma que suas antigas amizades fizeram com ele. Mas ainda assim, não aceitava ser motivo de pena para os outros. Pois esse sentimento seria sua ruína, e ele preferia ser esquecido do que ser lembrado pela atual dor.
Já era quase fim do dia quando seu maior inimigo veio falar com ele e lhe pedir desculpas. Mas não havia o que ser feito agora, o pesadelo já havia sido encravado em seus atos para sempre.
Ainda assim, ele ergueu sua mão e aceitou as desculpas com um sorriso no rosto corado. Pois seu medo era a compaixão dos outros.