Jungkook
Eu iria fazer o trabalho com ela. Sem nem conhecê-la. Isso me deixou um pouco indignado, porque seria muito mais fácil se fosse com um dos meus amigos, mas muito difícil aquela professora planejar dessa maneira.
Mas não iria ser tão ruim assim, ela parece ser dedicada. Nunca reparei muito nela, só sei que ela se senta na minha frente nas aulas e é bastante inteligente. Ela é uma das melhores, ou então, a melhor da turma.
Eu não sabia se deveria ir até ela em algum momento pra falar sobre isso ou se deveria esperá-la. Só sei que temos um prazo de dois meses pra preparar tudo e não tenho ideia do que iremos apresentar.
— Ei, cara. Acorda! — Taehyung estala os dedos na minha frente. — Quem dorme de olho aberto aqui sou eu.
Eu soltei uma risada.
— É verdade.
Taehyung é meu melhor amigo desde a infância, já dormimos muito na casa um do outro e é medonho ver ele dormindo. Foi preciso um certo tempo pra eu me acostumar com ele dormindo de olhos abertos, hoje em dia nem assusto mais.
— O que acham de almoçar lá em casa hoje? — nosso amigo Jin perguntou.
— Por mim, pode ser. — Taehyung falou.
— Foi mal cara. Minha mãe chega de viagem hoje, vou pra casa.
– Beleza então. Na próxima você vai. — Jin falou e seu telefone tocou. — É a minha irmã, vejo vocês depois.
— Fala que eu mandei um beijo. — Taehyung provocou e Jin fez cara feia.
— Nojento.
Soltei uma gargalhada sincera ao ver a cena. Jin tem uma irmã de 15 anos, mas que é muito atraente. Taehyung já disse que não ficaria com ela porque Jin o mataria, mas ele o provoca mesmo assim.
— Quem é seu grupo? — Taehyung me perguntou enquanto andávamos para a sala.
— Dupla. É a Roseanne, da nossa turma.
Ele pareceu se animar. E logo depois eu entendi o porquê.
— Não vou pedir pra ela te apresentar a amiga dela.
— Por quê?! — ele choramingou. — Isso é maldade.
— Você chega em todas que você quer, por que ela seria diferente?
— Ela é diferente. É mais reservada.
De fato, Kim Jisoo, que estuda conosco há alguns anos é bem reservada. Não sabemos praticamente nada sobre ela, nenhuma fofoca e muito menos caso escandaloso. Apenas que ela vem de uma família muito rica, por seus pais serem políticos.
— Se vira.
Ele revirou os olhos e me deu um soco no ombro enquanto passávamos pela porta da sala. Eu fui para o meu lugar, na última carteira. Roseanne, a garota que se senta à minha frente, — minha dupla — ainda não estava ali. Mas então, vejo ela e sua amiga entrando enquanto riam de alguma coisa.
Quando percebi eu estava reparando nela. Ela tem um belo sorriso, e o seu cabelo loiro e longo chama bastante atenção. Sua calça preta realçava bastante suas curvas e me interessei mais do que deveria naquilo. Ao vê-la se aproximar, olhei para seu rosto e recebi um pequeno sorriso como cumprimento.
— Oi.
— Então... — ela pareceu um pouco desconcertada. — Bem, eu sou a Rosé.
Um apelido. Isso é um bom começo.
— Eu sou o Jungkook. — estendi a mão e ela apertou antes de se sentar.
— Pelo visto agora somos uma dupla.
— Somos. Em que área você acha que devemos trabalhar?
— Qualquer coisa, menos teatro. — ela disse com sinceridade.
— Graças a Deus.
Ela soltou uma risada. Era uma risada gostosa de ouvir, não sei se gostei do que senti sobre isso.
— Você toca alguma coisa então?
— Várias. — ela disse timidamente.
— Sério? Tipo o quê?
— Violão, guitarra, piano e tenho aprendido violoncelo.
— Uau. Que superdotada.
Ela sorriu.
— Obrigada. Meus pais me colocaram na aula de violão muito nova, fui pegando o gosto pela música a partir disso.
— Isso é bem legal, Rosé.
Ela abriu a boca pra falar algo, mas o professor entrando na sala de aula a interrompeu.
— Depois nos falamos. — assenti e ela se virou para frente.
Enquanto o professor de história falava e falava sobre algo que eu não estava minimamente interessado, decido mandar um bilhete pra Rosé por baixo da mesa. Eu queria continuar a conversa, e fala sério, ninguém parecia estar interessado no que aquele calvo dizia. Então me arrisquei.
Se quer saber, eu toco guitarra e me arrisco no piano as vezes. Minha mãe gosta de ouvir.
Cutuquei seu ombro delicadamente e indiquei o papel em minhas mãos debaixo da mesa. Ela não hesitou em pegar. Um minuto depois, ela me devolve o papel.
Isso é bem interessante. Arriscamos em um dueto de guitarras?? Haha
Seria bem diferente do normal. Mas se você quiser, eu topo.
É brincadeira, isso seria muito estranho.
Você canta?Confesso que estou muito tímido em responder que sim.
— A conversa parece estar bem interessante nesse papel que não para de andar, não é Srta. Park e Sr. Jeon?
Rosé ficou tensa, percebi pela forma em que sua postura mudou. Merda, isso foi culpa minha.
— Detenção pra vocês dois.
Merda. Merda. Merda.
Eu me senti um covarde por não ter dito nada a ela quando o sino pro intervalo tocou. Ela apenas me olhou com uma expressão de aceitação e saiu com suas amigas. E eu fiquei lá até só sobrar eu e o professor.
— Sr. Kent, eu posso explicar. Ela não merece ficar na detenção. — comecei a falar, como um desesperado tentando concertar a merda que fez. — Eu comecei a mandar os bilhetes.
— Não tente bancar o cavalheiro, Sr. Jeon. Ela também estava escrevendo, sendo assim, os dois na detenção de sábado.
Ele juntou suas coisas e me largou sozinho na sala.
Eu fiquei me sentindo muito mal, porque mal comecei a me relacionar com Rosé e já a fiz ficar na detenção, coisa que eu acho que ela nunca fez. Ela é uma garota mais quieta, inteligente e estudiosa, não é de passar os sábados na detenção. Eu precisava me desculpar com ela o mais rápido possível.
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Desculpem pela demora pessoal, eu acabei tendo que viajar, mas estou de volta!!!
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𝐌𝐄𝐔 𝐂𝐑𝐔𝐒𝐇 𝐍𝐀𝐎-𝐋𝐈𝐓𝐄𝐑𝐀𝐑𝐈𝐎 - 𝑹𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌
FanfictionRosé é aquela típica garota de 17 anos do ensino médio, que adora o universo literário, clichês românticos e faz parte de um grupo de quatro amigas bem diferentes. Bom, isso é o que a maioria pensa. O que ninguém sabe é que Rosé é a autora anônima d...