Mama's boy...

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Isso aconteceu bem antes dos acontecimentos da história

O quarto vazio fazia seu coração errar sua batidas. As brigas de fundo não era tão ruim. Ele se encarava no espelho, vendo as lágrimas escorrerem. Se soubesse de como a vida iria ser daquele momento para frente, nunca teria tocado no assunto de gênero.

As marcas em seus pulsos não eram dos seus gatos, como dizia a seus amigos. Ele olhava seu cabelo longo e cacheado. Observou a tesoura perto e começou a cortar ele. Logo, se olhou no espelho, feliz. Os roxos em seus braços não eram de tombos ou de algo que caiu em cima de si. O tempo passava tão devagar que parecia que havia parado de contar. A porta se abriu e uma mulher entrou no quarto.

— Sua inútil! Você não é um menino, você é uma menina!! — Ela fechou a mão e deu um soco na cara dele. — Você precisa de Deus! Isso é tudo influência daqueles seus amigos, ainda mais daquele S/n. — Ela ficou quieta, até perceber o cabelo dele. — O QUE VOCÊ FEZ?! ESTÁ LOUCA? SUA INÚTIL DE MERDA! VOCÊ NÃO VAI SER NINGUÉM NA VIDA! TOMARA QUE VOCÊ MORRA!

Ele escutou tudo, quieto e sem reagir. Como se não ligasse, mas no fundo, ele sabia que ligava. Aquele momento iria ficar preso na sua cabeça por muito tempo. Horas se passaram e a mulher apareceu novamente no quarto.

— Vem comer, filha! — Ela se aproximou e deu um beijo na testa dele. — Te amo!

Ele sorriu e foi até a cozinha, onde tudo estava normal. Tudo estava como se nada tivesse acontecido. Sua perna balançava muito rápido. A conversa fluía normalmente. Seu pai e sua mãe... Ele os odiava, mas... Os amavam...?

O jantar acabou e ele foi lavar a louça. Tudo que ele queria era que seus pais o entendessem. Seus amigos o apoiavam em tudo, mas não era o suficiente. Aquela cara de felicidade falsa, tendo que fingir o tempo inteiro.

Dias depois

Ela estava sentada no sofá, quando ele se aproximou, feliz e alegre.

— Já sei o que eu vou querer ser quando crescer! — Ele disse alegre.

— Hmm, que bom! E o que vai ser?

— Eu vou ser escritor, ator e dublador! — Ele exclamou. Sua mãe fechou a cara e o olhou torto.

— Isso não é trabalho! E pare de se referir no masculino, ou quer ficar de castigo novamente? — Ele balançou a cabeça dizendo “não”. — Isso não dá futuro. Seja uma médica, uma veterinária, mas isso?! Pelo amor de Deus! — Ela se levantou e saiu.

Ele olhou para baixo e amassou o papel em que havia uma inscrição para atuar no teatro. Horas após, a mulher chega novamente e vai até seu filho.

— Vamos na praça! Fiquei sabendo que o Henry e Karen vão estar lá.

— Claro! — Ele disse, com seu coração partido. Ele abraçou sua mãe. — Te amo, mãe!

— Também te amo, filha!

Horas depois

Ele se olhou no espelho várias vezes, ele não sabia que tudo iria desmoronar. Seu ódio e seu amor eram divididos. Como posso amar alguém, sendo que também odeio ela...? Eu não sou um menina... Eu sou o Max! Ele pensou. Agora era a vez dele de mandar na própria vida.

M-A-M-A B-O-Y
MAMA'S BOY
MAMA'S BOY
M-A-M-A B-O-Y
MAMA'S BOY
MAMA'S BOY
MAMA'S BOY
MAMA'S BOY...

Bom, esse capítulo foi um desabafo. Só que eu contei na versão do Max. Desculpa pelo capítulo curto.

Bjs, até 💜

||Entre te amar e te proteger || (Michael x Leitor Masculino) Onde histórias criam vida. Descubra agora