Nem tudo termina bem

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Aquela caixa estava em sua frente, causando uma leve tontura. Charlie via a caixa e sentia algo a mais naquele sótão.

- S/n? - Michael disse, vendo S/n com a cara vidrada na caixa.

Aquela caixa tinha algo que S/n não estava preparado para saber, mas ele queria.

Karen encarava seriamente Henry enquanto comia. Henry percebe e fica sem graça.

- O que foi?

- Por que eu tinha que levar o S/n de um em um mês na sua casa? - Ela pergunta. Henry engola seco e desvia o olhar.

- Por que preciso responder isso? - Diz ele nervoso.

- Por que quero saber! E eu não estou pedindo, estou mandando!

- Você não precisa saber!

- Ele é meu filho, eu quero saber! - Ela levanta a voz.

- Seu filho adotivo, Karen Queiroz! - Ele grita. Ela o encara.

- E o que tem? Eu o amo, e ele sabe que é adotado.

- E ele sabe da Letícia? - Ele diz com uma cara séria. Karen aperta a mão.

- Não toque no nome da minha filha. Você sabe que levaram sem motivo nenhum! Tiraram minha filha de mim, e meu ex-marido inútil me abandonou com o S/n aqui!! - Ela se altera. - E eu tenho certeza que a Charlie também não sabe que o "irmãozinho" dela não existe.

- Você não sabe de nada, Karen! Você vive de fofoca, não sabe de nada!

- Fofoca?! Henry, sequestraram minha filha, sem eu nem saber! Na minha cabeça ela estava na escola!

- Ela deve estar morta hoje em dia..

- Cala a boca, Henry. Ela está bem, eu tenho certeza disso.

- É claro que está.. Quer saber do porquê o S/n tinha que ir lá em casa de um em um mês?

- Fala.

- MICHAEL! - Charlie gritou, vendo S/n agarrar o pescoço de Mike. Os olhos de S/n estavam brancos, algo havia entrado nele.

O ambiente mudava para uma garagem e voltava para o sótão, fazendo Charlie não entender absolutamente nada. Mas aquela garagem era familiar... "A garagem do pai?" Ela pensou.

Charlie ficou vendo a cena, sem fazer nada. Algo sussurrou em seu ouvido, um nome, uma pessoa... Igor...

- IGOR! - Ela gritou. S/n olhou para ela, largando Mike no chão quase em ar. - Igor? Se você está me escutando, deixa o S/n em paz, por favor! Eu não sei o que quer mas deixa ele em paz!

- O QUE?! - Karen grita e bate a mão na mesa. - VOCÊ É UM MONSTRO HENRY!! UM MONSTRO! SAI DA MINHA CASA, AGORA! - Ela grita, com lágrimas nos olhos.

- Desculpe... - Ele se levanta e vai até a porta. - E a Charlie...?

- Você vai ficar bem longe dos três, nunca mais apareça aqui. - Ela empurra ele para fora e fecha a porta. Karen suspira e limpa as lágrimas. Ela encarou o nada e foi para seu quarto.

Henry olhou a escuridão em volta, vendo apenas seu carro na frente da calçada. Ele pegou as chaves e foi para seu carro. Quando chegou, ouviu um barulho estranho vindo de trás dele.

- Olá? - Ele pergunta. - Se tiver alguem aí, é melhor sair logo! - Henry ameça.

Henry foi se aproximando da parte de trás do carro, devagar, fazendo o mínimo de barulho. Alguém estava atrás, mas Henry não conseguia identificar. Ele foi se aproximando cada vez mais... Até que o rosto da pessoa ilumina, revelando ser Nolan. Nolan sorri e crava uma faca na cara de Henry. O sangue jorra para todo lado. Nolan fica deformando o rosto de Henry até sobrar apenas carne largada por todo o lado. Nolan lambe a faca e olha para a casa de S/n e sorri.

- Eu sei do seu segredinho sujo, Igor.

S/n estava caído no chão, respirando freneticamente. Michael estava bem longe dele e Charlie tentando acalmá-lo.

- S/n, calma! Está tudo bem, você não machucou o Michael. - Disse Charlie, colocando sua mão na perna do S/n.

- Machucou sim!! - Mike gritou de longe.

- Cala a boca! - Charlie mandou. - Não liga pra ele não.

S/n foi se acalmando, voltando a ver as coisas do jeito que eram antes.

- Eu vi... - S/n começou a dizer, olhando para o nada. - Eu vi a gente, como se fossemos de outro universo... Eu tinha um cabelo verde e grande. Eu era um vilão que cantava. Você também era, Charlie. Mas também, eu era apenas um garoto que marcou de jantar com o Mike e morreu logo depois... Eu não sei o que está acontecendo comigo, mas tem algo aver com isso! - Ele pega a caixa e aponta para ela, com uma cara de ódio.

Na manhã seguinte, S/n acorda primeiro que todos. Eram 05:00 da manhã, o dia ainda clareava. S/n vai para fora e vê o carro de Henry ainda alí. Ele não tinha ido embora? Ele pensou.

S/n foi se aproximando do carro, logo foi vendo pedaços de carne no chão. A mãe jogou fora a carne aqui? Ele pensou. S/n foi indo para a parte de trás do carro e acabou vendo o que era para ser a cabeça de Henry toda despedaçada. Haviam moscas na carne dele e ainda tinha sangue fresco. S/n colocou a mão na boca, se segurando para não vomitar. O homem que ele enxergava como seu tio estava morto na sua frente.

S/n correu para dentro de casa e foi direto para o quarto de sua mãe. Karen ainda estava dormindo. S/n chegou e abriu a porta com toda força e entrou no quarto.

- MÃE!! - Ele gritou no quarto. Karen se levanta no susto, seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Logo ela olha para S/n.

- Filho...?

- O HENRY ESTÁ MORTO DO LADO DE FORA DA CASA! - Ele diz desesperado. Sua voz saiu trêmula. O rosto de Karen mudou drasticamente para assustada.

Os dois foram correndo para o lado de fora, onde se encontrava o corpo de Henry. Karen gritou de desespero, logo os vizinhos saíram de suas casas, vendo o incidente. Logo a polícia foi chamada. Charlie acordou no susto, ouvindo o grito de Karen. Ela saiu para fora e levantou uma sobrancelha, não entendo o que estava acontecendo.

- Ei, da licença! - Ela pedia, se enfiando no meio das pessoas para ver do que se tratava. Até que chegou até o corpo.

Charlie não gritou, ela berrou. Ela se recusava a acreditar que seu pai estava morto na sua frente. Os soluços logo invadiram seu choro. As lágrimas escorrendo e pingando em sua bermuda. Seu mundo havia acabado naquele momento. As memórias por dentro se quebraram por completo.

Algo mudou dentro dela, algo drástico. Seu olhar de tristeza mudou. Ela olhou para os policiais irritada.

— Eu quero que achem a pessoa que matou ele. Porquê se vocês não acharem e eu achar, eu mato ele. — Charlie disse com o resto de sua voz.

— Como a senhorita quiser. — Eles se dirigiram até o carro e logo saíram do local.

Médicos chegaram ao local para levar o corpo. Charlie foi junto ao necrotério, os médicos até tentaram dizer que ela não podia, mas não adiantou.

Chegando lá, colocaram o corpo dele em uma sala cheia de outros corpos. Eles colocaram o corpo de Henry dentro de um compartimento para que não ficasse exposto.

— Pode ficar aqui por enquanto, mas não mexa em nada por favor.

— Ok, obrigada. — Charlie diz e senta em uma cadeira próxima do compartimento de seu pai.

Charlie olha ao redor e acaba vendo um compartimento que ela conhecia. O nome que estava colado alí. “Madson Miller”. Ela pisca seus olhos rapidamente algumas vezes e arregala eles logo em seguida.

— MAX?! — Ela grita, mas logo tampa sua boca. Charlie se lembrou de tudo. Seus olhos enchem de lágrimas ao ver. — Não... Você não, Max... O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!

Contínua...

Desculpa pelo capítulo curto e pela demora, comecei o ensino médio e tá meio complicado aqui😭  Desculpa mesmo pela demora. Um beijo

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⏰ Última atualização: Aug 27 ⏰

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