•PRÓLOGO•

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Se eu estivesse no seu barco nunca iria encostar na água

Mas a gente não tá nem no mesmo mar

Mar - Bea Duarte

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Prólogo

Era uma noite escura e tempestuosa quando uma bebê nasceu na pequena vila. Os pais olharam para sua filha recém-nascida com amor e preocupação. Os olhos da criança brilhavam com um azul profundo, mas seu choro era fraco e, em vez de ser uma melodia de felicidade, tornou-se um eco de preocupação que reverberou por toda a aldeia. Os curandeiros mais sábios da vila não encontraram cura para a doença misteriosa que consumia a saúde frágil da criança.

Desesperado, o pai deixou as três filhas mais velhas com a esposa e levou a mais nova até uma floresta, onde rumores falavam de uma bruxa ancestral, conhecida como Morgana, que vivia nas profundezas da floresta, além das colinas da vila. Dizia-se que Morgana possuía conhecimentos proibidos e habilidades mágicas que poderiam alterar o destino.

Ao chegarem à moradia de Morgana, encontraram uma figura enigmática vestida em trajes escuros e ornamentos místicos. Com olhos que pareciam conhecer segredos há séculos, Morgana ouviu a triste história de e, após um momento de silêncio, propôs um pacto. Em troca da saúde de Lysandra, eles teriam que aceitar que a pequena receberia dons mágicos, poderes que iam além da compreensão humana.

O homem, sem hesitar, aceitou o pacto. Morgana lançou um feitiço que envolveu a pequena Lysandra em um halo de luz. Enquanto o ritual ocorria, a criança parecia se transformar diante de seus olhos. Quando a luz se dissipou, a bebê sorriu, seus olhos brilhando com uma luminosidade sobrenatural.

O que o homem não sabia, é que a Lysandra pagaria um preço. A cada vez que usava seus poderes, a bebê sentia uma dor avassaladora, como se uma parte de sua alma estivesse sendo arrancada.

Os anos foram passando e a vida da família mudou subitamente quando perderam sua fortuna de repente. Sem opções, Lysandra e Feyre precisaram ir para as florestas para caçarem.

A lua pendia baixa no céu estrelado, lançando sua luz prateada sobre a floresta enquanto Lysandra e Feyre retornavam para casa, exaustas após uma longa jornada de caça. Cada passo era calculado, e a única interrupção no silêncio noturno era o som suave das folhas sob seus pés. Nos ombros de Lysandra, um cervo caçado jazia em silêncio, sua majestade agora reduzida a uma presa.

Quando finalmente chegaram em casa, Nestha estava na varanda, os braços cruzados sobre o peito, olhando para Lysandra com olhos frios como gelo. Não disse uma palavra, mas sua mera presença foi como uma acusação silenciosa.

-Mais uma vez, Lysandra, você traz essa caça para casa, como se fosse parte de nossa família. Você nunca será parte de nós, e eu não quero que você tente. Você é uma intrusa - Nestha disse ácida e Lysandra suspirou.

-Eu não sou uma intrusa, Nestha. Eu amo esta família, e faria qualquer coisa por vocês - Lysandra respondeu com as mesmas palavras ao insulto, pela milésima vez.

-As suas orelhas pontudas dizem o contrário - a mais velha retrucou.

-Nestha, por favor, entenda que Lysandra está fazendo isso para todos nós. Ela está se esforçando tanto quanto qualquer um de nós para garantir que tenhamos o suficiente para comer - Elain interferiu.

-Qualquer um de nós você está exagerando - Lysandra resmungou irritada, jogando a carcaça do cervo no chão - Me diga, Elain, quem vai limpar a carne para podermos cozinhar? - perguntou e Elain ficou em silêncio.

-Deixe que limpo, Lys - Feyre também tentou interferir, mas os olhos cinzentos da mais nova encaravam os de Nestha, que tinham o mesmo tom.

-Você acha que é tão fácil quanto parece, Nestha? - Lysandra ignorou Feyre - Você acha que só porque posso caçar, eu deveria fazê-lo? Eu faria qualquer coisa para ser parte desta família, para ser aceita por você, mas você me vê como uma intrusa. Você deixa suas irmãs mais novas entrarem na floresta para conseguir comida!

-Eu não pedi pra você fazer isso! - Nestha retrucou - Você continua sendo a intrusa aqui. Seria mais fácil se nossos pais a tivessem deixado morrer.

-Nestha! - Feyre exclamou, não acreditando que a irmã havia dito aquilo.

As palavras de Nestha foram como punhais que cortaram o coração de Lysandra. Ela sentiu a dor da rejeição e da incompatibilidade com aquela família, uma família que ela havia esperado fazer parte. Mas, em vez disso, as palavras de Nestha a empurraram para o limite.

-Eu não vou mais tolerar isso. Se você acha que pode fazer melhor, então faça. Vá caçar o próximo cervo e prepare-o para o jantar. Veja se pode fazer o que fazemos.

-Por favor, não faça isso - Feyre implorou, compreendendo os pensamentos da irmã caçula - Lys...

Mas as palavras de Lysandra já estavam ditas, e a tensão no ar era insuportável. Com um último olhar de decepção para Nestha, Lysandra virou-se e começou a caminhar em direção à escuridão da floresta.

Ela ouvir Feyre chamando seu nome com desespero na voz, e o choro de Elain ecoando na escuridão da floresta.

Mas, Lysandra não voltaria.

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Hello! Olha quem está de volta!

Meus dias de postagem não terão um padrão bem definido, aviso de antemão. Minha vida nesse fim de semestre está um caos, mas vou tentar aparecer aqui pelo menos uma vez por semana.

Mas, enfim, deixem o feedback de vocês, e não se esqueçam da estrelinha *-*

Volto em breve!

OdnoliubOnde histórias criam vida. Descubra agora