•SAVAGE DAUGHTER•

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Sou a filha selvagem da minha mãe

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Sou a filha selvagem da minha mãe

A que corre descalça amaldiçoando as pedras afiadas

Sou a filha selvagem da minha mãe

Não cortarei meus cabelos

Nem abaixarei minha voz

Savage Daughter - Karen L.U Kahan

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-Isso está horrível - Órion resmungou, analisando as costas de Lysandra - Você deveria estar de pé?

-Não - Cassian respondeu.

-Mas, a culpa é sua que apareceu do nada rosnando como um leão velho e rabugento - Lysandra respondeu.

-Do nada? - Órion perguntou indignado - Você me deixou sozinho no Meio, e estou tentando falar com você a semanas, mas você está me ignorando. Aliás, como sempre, não é?

-Não vamos discutir relações agora - Lysandra resmungou, e Órion rolou nos olhos.

-Não vamos mesmo - Órion respondeu - Porque a senhorita vai deitar novamente na cama e não vai sair de lá até essas coisas nas suas costas terminarem de nascer.

-Não chama minhas asas de coisas - Lysandra resmungou, arremessando uma almofada nele, e gemendo de dor no processo.

-Sobe - Órion mandou e Lysandra rolou os olhos, antes de se levantar e subir as escadas em direção ao seu quarto.

Quando ouviram a porta ser fechada, os olhos de Órion foram para Nestha e Elain, e ele rosnou baixinho. Elain se encolheu, mas Nestha manteve-se firme, o encarando de volta.

-Viveram bem esses últimos anos? - Órion perguntou debochadamente, cruzando os braços - Conseguia dormir tranquilamente à noite?

-Não sei do que está falando - Nestha respondeu.

-Não se faça de sonsa, Nestha Archeron, pois esse papel não combina com você - Órion respondeu - O papel que combina com você é a da megera que deixou as irmãs de 14 e 11 anos entrarem sozinhas na floresta e passarem anos caçando, enquanto vocês duas corriam atrás de um lorde rico para casar.

-Como ousa... - Nestha comentou, mas Órion a interrompeu.

-Como ousa nada - a voz de Órion trovejou - Por mais que Lysandra possa esquecer as palavras que você disse, os atos que você cometeu, eu nunca esquecerei. Como seu Dæmon, é meu dever protegê-la, mas também é meu dever ser seu guardião contra aqueles que a machucariam, seja fisicamente ou emocionalmente, e eu não ligo pra quem eu tiver que matar - ele afirmou, e a postura de Nestha vacilou momentaneamente.

-Órion, pare de despejar o seu veneno - a voz de Lysandra soou do andar de cima, só não tinham certeza se ela havia ouvido a conversa ou se apenas estava estranhando a demora de Órion.

O Daemon olhou para Nestha e Elain uma última vez, antes de caminhar em direção a escada, desaparecendo de vista.

-Bom, além da sua irmã ser uma mina de poder, ela ainda tem um Daemon - Amren comentou - Qual será a próxima faceta que Lysandra irá revelar?

[...]

-Droga, Lys! Nos deixe entrar! - Feyre xingou, tentando invadir a mente de Lysandra junto com Rhysand enquanto a mesma se contorcia sendo segurada por Cassian e Azriel enquanto ossos rasgavam novamente suas costas, com suas asas crescendo.

O suor cobria a testa de Lysandra, sua respiração ofegante enquanto ela sentia uma dor indescritível se espalhando por todo o seu corpo. Ela tentava gritar, mas apenas gemidos roucos escapavam de seus lábios, sua mente turva.

De repente, um tremor violento percorreu seu corpo, e uma sensação de queimação intensa tomou conta de suas costas. Ela arqueou as costas, um grito sufocado escapando de sua garganta enquanto uma pressão insuportável se acumulava em suas omoplatas. E então, suas asas surgiram.

Eram diferentes de tudo que já haviam visto antes. Não eram as asas suaves e etéreas de um serafim, nem as asas membranosas de um illyriano. Eram asas únicas, feitas de penas iridescentes que brilhavam à luz fraca do quarto.

Cada pena era uma obra de arte em si mesma, com tons de azul e violeta que se mesclavam em uma miríade de cores brilhantes. Elas eram longas e elegantes, se estendendo para fora das costas de Lysandra com uma beleza arrebatadora.

À medida que as asas cresciam, os ossos se alongavam com um estalo audível, fazendo com que Lysandra soltasse um gemido de dor. Ela cerrava os punhos com força, suas unhas cavando as palmas de suas mãos enquanto ela tentava suportar a agonia que a acompanhava.

E então, toda a dor parou.

-Isso é... - Feyre começou, se aproximando da irmã.

-A coisa mais incrível que eu já vi na minha vida - Rhysand completou.

-São enormes - Cassian comentou, vendo o farfalhar suave das penas.

-Depois de tudo isso, é isso que você tem a dizer? - Lysandra resmungou, com a cara enfiada no travesseiro.

[...]

-Acho que os bebês illyrianos perderam feio para as suas asas - Mor comentou, analisando as asas de Lysandra - Elas são gigantescas - e então, as asas sumiram.

-Eu demorei séculos pra aprender a fazer isso - Rhysand resmungou, enquanto as asas de Lysandra reaparecerem.

-Feyre, posso chamar seu parceiro de burro? - Lysandra perguntou, e Rhysand a encarou indignado, enquanto ela fazia as asas desaparecerem novamente.

-A cada dia eu gosto mais de você - Amren comentou - Está se tornando a minha Archeron preferida.

-É porque vocês duas têm o mesmo gênio - Cassian resmungou e Hadassa entrou de supetão pela janela.

-O que houve?

-Atacaram Randgríðr.

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Volto em breve!

OdnoliubOnde histórias criam vida. Descubra agora