Prólogo

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Em uma noite sombria de lua cheia em um reino distante, o silêncio da noite é quebrado pela notícia que ninguém esperava.

"O rei está morto!" Eles gritavam.

"Como o príncipe foi capaz de tal brutalidade?!" Exclamavam.

De dentro do castelo sendo arrastado pelos braços por um corredor elegante, uma figura jovem de cabelos loiros e olhos claros se debate enquanto é levado por dois guardas reais. Na sua frente, outra pessoa também está sendo levada arrastada por mais dois guardas reais, os dois indo em direção a mesma sala.

Chegando lá, uma sala elegante com paredes feitas de pedra, um lustre brilhante reluzindo acima, um tapete vermelho que leva da porta até um altar também de pedra onde duas pessoas estão esperando ansiosamente, embora demonstrando tristeza. Com olhares chorosos, uma mulher em torno dos 40 anos se abraça em um jovem de aparência mais nova em torno dos 15. A alguns metros do altar as duas figuras de antes são jogadas no chão com violência sendo forçadas a se ajoelharem, o jovem de cima do altar ainda abraçado na mulher, olha para os dois indivíduos com cara de nojo.

"Gabriel, como você pôde fazer isso com nosso próprio pai?" Exclama o jovem de cima do altar.

"João isso é um mal entendido, você tem que acreditar em mim-" Gabriel é interrompido.

"De todas as pessoas, logo você Gabriel?! Contra o seu próprio pai e ainda com esse seu "amigo"?!" Pergunta a mulher, indignada com as duas pessoas ajoelhadas em sua frente.

A outra figura que até agora não abriu a boca para falar nada, está ajoelhada no chão com as mãos amarradas, sua expressão é de completo choque e medo, ele respira rapidamente enquanto o medo toma conta mais ainda de sua expressão. Em meio a esse caos, a única coisa que ele consegue murmurar para si mesmo é "Não fui eu, não fui eu, não fui eu".

Gabriel, ainda ajoelhado e com as mãos amarradas, olha para cima do altar onde as duas figuras estão abraçadas e fala:

"Mãe, isso tem que ser um mal entendido! João, meu irmão, você tem que acreditar em mim, Guilherme e eu somos inocentes!" Explana Gabriel.

João limpa as lágrimas de seu rosto e pega um papel da mesa na sua frente.

O seu veredito já foi feito.

João então lê o veredito escrito no papel.

"Gabriel Aladino e Guilherme de Souza estão sendo condenados hoje pelo crime de assassinato contra o Rei Augusto Aladino I. Guilherme de Souza será sentenciado à morte por enforcamento, enquanto Gabriel Aladino será sentenciado ao isolamento nas vilas do norte por não ter agido diretamente no assassinato e será proibida a sua entrada neste reino.

Guilherme começa a chorar e soluçar enquanto ainda murmura para si mesmo que "não foi ele".

Gabriel em choque com que acabou de ouvir começa a gritar para seus parentes.

Não! isso é um absurdo, vocês estão enganados, não! não!

Enquanto Gabriel grita desesperadamente, um dos guardas pega um saco preto e o coloca na cabeça de Guilherme e o mesmo acontece com Gabriel. Enquanto a sacola era colocada na cabeça do jovem príncipe, a última coisa que ele consegue ver dos seus parentes no altar, são sorrisos disfarçados de tristeza enquanto tudo fica escuro.

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Escrito por: Zinho

O Príncipe Perdido - A Vingança Do Verdadeiro ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora