Uma brisa leve se espalha acompanhado o fim do dia. O sol começa a se retirar, sendo possível vê-lo ir entre montanhas e árvores que estão além do horizonte. A calmaria vem chegando juntamente com o término de um longo dia de trabalho árduo feito por agricultores trabalhadores de uma vila. Todos se direcionando até suas casas e aposentos.
Há um caminho de pedra e terra que se estende por todos os lugares da Vila Dourada, conectando cada parte. Gabriel anda a procura de algo, observando atentamente ao redor tentando achar o que possa lhe chamar atenção.
Com o tempo é perceptível o brilho de algumas casas se sobressaindo sobre a escuridão e lugares que antes estavam vazios se enchendo pouco a pouco. Algumas crianças correm ao encontro de seu pai, que passou grande parte do dia trabalhando no campo, todo coberto de terra, enquanto segurava uma enxada, porém mesmo cansado ele abre um grande sorriso ao ver seus filhos e uma bela senhora à porta indo ao encontro de abraçar seu marido, uma família humilde e feliz. As vivências e reencontros deixam o lugar aconchegante. Observar a convivência das pessoas lembra Gabriel dos bons momentos que tinha com sua família, principalmente do tempo que passava com seu irmão mais novo, Robert. Memórias essas que são acompanhadas de um sorriso que está estampado no gosto de Gabriel, porém uma pergunta que logo surge em sua mente: Como ele deve estar? O sorriso se desfaz discretamente, demonstrando a saudade e apreço que tem por suas lembranças.
O garoto continua e observa cada placa que aparece, seja de uma venda ou de algo que possa dizer a direção, o fazendo achar algo que chama atenção: a placa de uma instalação que estava escrito: Taverna do Mestre. O garoto apressa o passo até parar à porta e ao adentrar no local é notável a agitação: risadas e cantoria, algo de muita nostalgia, do mais velho ao mais novo, todos estavam reunidos naquele local. Gabriel caminha vagarosamente dentro da taberna olhando ao redor até perceber que é notado por um grupo de pessoas, que estavam mais ao canto o observando com certa desconfiança, o garoto nota essa estranha comoção, mas prefere ignorar e evitar qualquer tipo de conflito. O garoto se senta em uma cadeira que se encontra perto do balcão na esperança de encontrar alguém.
A agitação do local deixa Gabriel deslocado, tudo isso é bem novo e repentino, fugindo totalmente do seu cotidiano. Inconscientemente Gabriel começa a se preocupar: será que eu vou conseguir seguir em frente? A aflição ultrapassa seu corpo, fazendo com que uma de suas pernas comece a se agitar com a ansiedade. Juntando suas mãos, Gabriel respira fundo tentando se acalmar. Para sua surpresa, uma mão acolhedora toca seu ombro o fazendo relaxar. O garoto se atenta a uma figura robusta de um homem, aparentando ter uns 1,80 de altura, que acabara de chegar ao seu encontro:
"Olha só o que o vento nos trouxe! Príncipe Gabriel!” Se alegra o homem ao perceber a presença do garoto.
Gabriel solta um leve sorriso de alívio.
“O senhor é o senhor Marcos?”
“Claro que sou eu!” Ele aponta para si mesmo. ”O seu velho tio me falou sobre você. Falando nele, onde ele se meteu?”
“Eu não sei ao certo… Mas ele me disse que apareceria para dar um ‘Olá’.”
Marcos se senta ao lado do garoto o envolvendo com um só braço e em seguida dando alguns tapinhas no ombro do garoto.
“Você está grande, garoto!” Comenta Marcos após levantar um dedo pedindo uma bebida.
“Eu preciso ficar mais forte…” Comenta o Gabriel pensativo abaixando a cabeça.
“Não desanime, garoto! Logo, logo será tão forte quanto o seu velho tio.” Marcos gargalha logo após esse comentário.
Gabriel sorri mais confiante.
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O Príncipe Perdido - A Vingança Do Verdadeiro Rei
FantasiNo reino de Eldoria, a paz é quebrada quando o Rei Augusto é assassinado e seu jovem príncipe é dado como desaparecido. Anos depois, ele retorna sob uma nova identidade, determinado a reivindicar seu lugar de direito no trono. Com a ajuda de leais c...