Pov: Kylie
Quando chego em casa, noto que a casa está mais silenciosa e apenas o barulho da televisão que Ike estava assistindo predomina o lugar.
- Mãe, cadê o meu pai? - Pergunto rigorosa.
- O egoísta do seu pai? Viajou a negócios. - Falou enquanto trancava a porta atrás de nós.
- Pera, você tá falando sério? - Meu tom de voz se tem nervoso naquele momento e olho para minha mãe com os olhos aterrorizados enquanto ela têm a expressão mais calma possível. - Você sabe quando ele volta?!
- Provavelmente daqui seis meses.
Ela só podia estar zoando com a minha cara, não era possível que eu iria ter que passar seis meses com a minha mãe e com esse ego enorme que ela tem.
Quando eu disse a mim mesma que os próximos dias seriam infernais eu quis dizer no sentido literal.
- Eu vou estar indo a minha consulta na psicóloga agora e quando voltar eu vou trazer a irmã mais velha de vocês pra passar esse tempo comigo, porque sinceramente não sei como vou aguentar passar esse tempo inteiro com você Kylie. - Ela disse apressada arrumando sua bolsa preta e saindo as pressas de casa.
Assim que a porta atrás de mim fechou, consegui sentir um peso enorme caindo sobre meus ombros, esfreguei minhas mãos agressivamente no meu rosto, tentando saber se aquilo era um sonho ou uma realidade e, infelizmente, era uma realidade.
Olhei destruida para Ike que me olhava fixamente e não consegui dizer uma palavra e só subi para meu quarto para me isolar de toda essa confusão.
Cheguei em meu quarto e encostei a porta e logo aquele cômodo me depreciou, comecei a me lembrar de todas as minhas brigas com minha mãe por conta da minha irmã mais velha, Veronikka.
Sempre briguei com minha mãe pelo porquê dela sempre ser mais favorecida que eu sendo que eu sempre me esforcei para dar orgulho a ela e ela desmerecia todo esse esforço.
Mas a gota d'água foi quando entreguei todas as minhas provas com dez para minha mãe e Veronikka veio confessar que o diretor da escola tinha pegado ela fumando com os amigos descolados dela, e minha mãe simplesmente ignorou minha nota e foi dar consolo a minha irmã e viu as folhas em cima da banqueta de relance, amassou-as e jogou fora, que na teoria, era para não gerar um desconforto na "filha preferida".
Eu fiquei furiosa e subi para o meu quarto pisando meus pés no carpete fundo demais e bati a porta do meu quarto e a tranquei. Menos de vinte minutos escuto batidas na minha porta e respiro fundo antes de abrir, na esperança de que seja meu pai ou Ike, mas infelizmente, era Veronikka.
Ela riu da minha cara cansada e fervendo o sangue e começou a jogar na minha cara, que tudo o que ela tinha feito na frente da minha mãe foi de propósito, para ela dar atenção especialmente à Veronikka, ela não queria que minha mãe visse minhas provas.
Explodi e comecei a gritar com Veronikka, falar o quão egoísta e sem noção ela era, como ela podia ser uma puta sem caráter com sua própria irmã que na teoria era para se amarem. Quando finalmente minha raiva do meu corpo passou, Veronikka começou a gritar escandalosamente e, no mesmo instante, minha mãe subiu as escadas correndo para saber o que tinha acontecido.
Veronikka contou mais uma de suas mentiras, falando que eu estava batendo nela e gritando com ela e sendo totalmente estúpida, como minha mãe é uma cadela de Veronikka, obviamente acreditou no que ela disse.
Ela me olhou com sangue nos olhos e olhou para a maçaneta da minha porta, ela não pensou duas vezes antes de arrancar aquela maçaneta de ferro e começar a bater com ela na minha cabeça para defender sua filha preferida.
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Strings in Blue Tones
Romance❄️. . ❄️ . ❄️ . ❄️ . ❄️ . ❄️ . ❄️ "A melodia que você fazia sair das cordas da sua guitarra, me mostrou quem eu realmente era." ❄️. . ❄️ . ❄️ . ❄️ . ❄️...