Prefácio

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Eu li em algum lugar, que a energia é a fonte do caos e a morte é a fonte do tempo, tempo esse que rege tudo desde o princípio, não importa o que vem primeiro ou por último, tudo é controlado pelo tempo que não tem barreiras ou contenções, que segue um fluxo contínuo e estrondoso, mesmo que tentemos contá-lo nunca entenderemos sua vasta e imprevisível imensidão.

Tempo que também anda ao lado do caos, caos dos emaranhados do nosso espírito e alma, dos ecos de nossos órgãos vitais, do trem desgovernado de nossos pensamentos e dos gritos de nosso âmago. Caos esse que vivemos constantemente mas que nunca foi nos ensinado conviver, que na verdade aprendemos a sobreviver, a buscar por ar mas só conseguir o ínfimo da brisa.

Porém existem pessoas, creio eu que apenas um seleto grupo, que vivem pacificamente em meio ao caos, pessoas com mentes barulhentas e corações inquietos, que buscam o saber nas mais diversas áreas, que são atraídos pelo que podem aprender e mais ainda pelo que não podem, almas que anseiam por saber de tudo mas no fim se conformam com não saber de nada, que buscam incessantemente por entender o que passa em suas mentes mas nunca parecem chegar a uma resposta, que acima de tudo se odeiam por não se entenderem, por não conseguirem falar, se explicar, por ter outros tentando colocar palavras em suas gargantas e sentimentos em seus peitos, pessoas frias por natureza que muitas vezes temem o que sentem por as vezes não sentirem nada.

"Morda a boca e sinta o gosto de sangue amor"

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