Capítulo 1

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Capítulo UMMMM!!! Sei que quase ninguém presta atenção nesta fic, mas eu realmente quero me dedicar a ela. Então, por favor, se tiverem alguma sugestão ou reclamação, me digam...

Obrigada pela atenção, não tenho muito a dizer e aproveitem o capítulo!

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Bilbo Bolseiro nunca reclamou de seu nome, até porque não tinha motivos para isso. Bilbo era um nome comum, pelo menos para um hobbit, e não havia porque se preocupar com o que outros de fora poderiam pensar. Um nome engraçado para combinar com seus pés engraçados de hobbit ou para combinar com suas tradições de namoro que podiam ser ouvidas em outras terras. Não, Bilbo tinha visitado outros lugares com sua mãe e ela lhe ensinou como lidar com comentários parecidos. Foi cômico, mas pensando pelo ponto de vista dos dias atuais Bilbo não poderia se sentir pior. Quer dizer, podia sim. Afinal, Bilbo não tem ninguém com quem dividir sua dor. Seu luto nunca passou, apenas se misturou e adequou à rotina, assim como todas as outras peculiaridades que nem quando seus pais eram vivos Bilbo conseguiu se livrar.

Foram dias esmagadores.

Bilbo cuidava da terra, o que era bom, então lia seus livros para então perceber que seu estoque de leitura era limitado demais, então saía pela vila à procura de outro interessante para sua coleção que só crescia, e se não achasse pegaria sua bolsa ou sua mochila e sairia em outras cidades procurando. Poderia escalar árvores também, às vezes. Suas maiores aventuras nos dias de hoje. Deve agradecer? Pensa que sim. Não. Tem certeza que sim. Então, com livros novos, Bilbo voltaria a se concentrar nas refeições e seu estoque de comida. Seu pai lhe ensinara a ter uma boa recepção, mas seus parentes raramente mandavam uma carta, sequer batiam em sua porta para o jantar ou um almoço amigável. Bilbo parou de convidar alguns anos atrás. Pensa que foi uma boa notícia, afinal.

Bem, há um amigo que pode citar, mas este também não deu sinal de importância quando voltou para Bolsão uma vez para então desaparecer, e Bilbo se encontrou em solidão mais uma vez. Porém, sem trancas desta vez.

Bilbo nunca trancava sua porta. Não tinha porquê e também era sufocante saber que suas janelas estavam fechadas e sua única porta, a saída, trancada. Tentou, mas nunca durou mais de vinte e quatro minutos. Bilbo não é ignorante, sabe muito bem o que pode ter causado sua aversão a salas fechadas e trancas. Locais fechados eram causas de pesadelos constantes. Mas não, mesmo que soubesse, não. Não. Sem trancas. Sem trancas.

Então Bilbo pegava seu charuto e o livro que estava lendo e iria admirar o dia de sol, mas nunca quente demais que era no Condado, a grama sempre verde e cheia de vida, diferente de outros lugares na Terra-Média que havia assustado Bilbo com tanta sujeira e escuridão. O carteiro nunca passava em sua casa, então Bilbo nunca esperou por isso, apenas se concentrando em seu livro, volta e meia apreciando seu charuto também.

Tinha algumas atividades que gostava também, alguns passatempos, como desenhar, escrever poemas que nunca se completavam (sem surpresa; Bilbo sempre teria apenas o incompleto, já tinha aceitado este fato, mas não parava de tentar), limpando e organizando, e então lavando e reorganizando. Qualquer coisa para se movimentar e não sair demais. Mas nunca com portas trancadas.

Sem portas trancadas, sem mente parada, sem família, sem amigos, sem motivação além de sua teimosia para desistir.

Bilbo tinha problemas, mas o que poderia fazer para resolvê-los?

The Hobbit - Bilbo Bolseiro (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora