Início de tudo 》 Capitulo 1

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Kiara Monteiro

“- Por-favor papai não me deixe, eu preciso de você. Sentir mãos segurarem meus ombros me impedindo de ir atrás dele, enquanto ele nem olha para trás coloca o resto de suas coisas na mala e arrastas o carro indo em bora sem ao menos se despedir de mim, sai correndo para dentro da casa chorando em direção ao meu quarto, chorei sem para até...”
Acordei suando de suor, de novo tive mais um pesadelo que eu não os tinha a muito tempo, porém esses dias eles estão voltando cada vez mais forte, não entendo o porquê depois de eu ter lutado tanto para esquecê-los eles voltaram. Me levantei da cama e fui em direção ao banheiro, lavei meu rosto e me olhei no espelho, escovei meu dente e fui para a cozinha comecei a preparar meu café da manhã, fritei ovos com pão e um suco do dia anterior, comecei a comer lendo um livro e reparei que minha mãe desceu também.

   -Patrícia: Bom dia, já está comendo

   -Kiara: Bom dia. “Somente digo isso voltando a comer. Nosso relacionamento não e muito de mãe e filha, nenhuma das duas facilita para deixar que isso aconteça, então simplesmente nos aturamos, deixo meu prato na pia e subo para tomar meu banho, coloco minha farda da escola pego minha mochila e desço.”   -Kiara: estou saindo.

   -Patrícia: Vai com deus. “Reviro meus olhos toda vez ela falar isso, sabendo que não acredito, porém não questiono, cada um com seu cada qual.”

Saio de casa coloco meus fones e vou em direção ao ponto de ônibus, entro nele e me sento na cadeira perto da saída, isso já virou costume enquanto observo a mesma paisagem todos os dias, não suporto mais esse lugar, salto do ônibus e ando até o meu colégio. Já chegou na hora da aula entro e me sento nas cadeiras do fundo, infelizmente meu primeiro horário e português, assim que acaba a primeira aula, comprimento o povo e saio da sala para estigar as pernas assim que vou andando pelo colégio vou cumprimentando as pessoas que eu conheço, não me considero popular porem sou do tipo que prefere fazer vários colegas principalmente quando se estuda em colégio público, volto para sala e assim passa o dia, assim que acaba me apresso para sair desse inferno chamado escola, e me encaminhar para outro chamado casa não sei qual dos dois e pior.
Chego em casa, já avisto minha mãe deitada no sofá, entro no meu quarto tiro a roupa e vou para o banheiro, tomo café e volto para o quarto fico mexendo no celular até dá a hora de estudar, coloco uma música no fone, faço as tarefas e já planejo os trabalhos da semana, fico lendo até dá a hora de dormir, ainda bem que amanhã e sexta.
Acordo no outro dia e faço a mesma coisa, minha rotina e sempre a mesma e entediante, a muito tempo desistir de ter amigos, ter namorado ou qualquer outra baboseira, virei a pessoa que se antes você me falasse que iria ser assim eu riria na sua cara e falaria que você está mentindo, mais aqui estou eu aos dezessete anos totalmente sozinha e vazia, sou uma adolescente que não gosta de sair de casa e nem de fazer nada que a maioria dos adolescentes gostam de fazer. Chego em casa e me tranco no quarto, sexta e um dia perfeito sem atividades, sem problemas...

   -Patrícia: Kiara estou saindo.

.... Sem mãe, assim que ela sai, começo a pegar os produtos de limpeza, algo que eu faço e me acalma e limpa a casa então essa função ficou para mim, começo a varrer, passar pano, tirar moveis, limpara o banheiro... assim que acabo fico satisfeita, coloco uma roupa de malhar e ligo a televisão coloco minhas músicas e começo a dançar, uma das minhas maiores paixões e dançar porem ninguém sabe disso, cada movimento, cada batida faz meu coração acelerar e minha mente esvazia todos os problemas desapeassem e somente a música fica, meu corpo e levado pela dança. Assim que termino estou totalmente suada e cansada, preparo minha hidratação, e deixo outras músicas tocando na teve no volume máximo, começo a lavar meu cabelo, passo a hidratação e faço minha depilação... saio do banheiro coloco um pijama e preparo uma pipoca, sento-me em frente a televisão e coloco a Netflix, escolho um filme de romance.
As vezes fico me perguntando por que eu leio e assisto tantos romances se eu não acredito no amor, talvez a simples resposta para isso seja que o tipo de amor que eu espero nenhum desses idiotas que eu já pequei conseguiu me proporcionar. A sensação do prazer que somente em pensar na pessoa te causa, o sufocamento do olhar dela, o poder de morrer ou matar por ele, a dominação, a sensação de estar presa e solta ao mesmo tempo... depois de tanto tempo você percebe que o seu amor e totalmente diferente dos outros, você não quer somente um jantar à luz de velas, você quer a adrenalina, o perigo, a pulsação do medo, você quer algo além, uma vida diferente e não normal. Acho que esse meu desejo pelo errado pode ter vindo do meu vício nos livros e do vazio que o meu pai deixou ou até mesmo a falta de carinho que minha mãe me propõe, pode ser qualquer uma dessas coisas, mas isso importa? Se eu prefiro o vilão ao invés do mocinho.Ouço a porta abrir e minha mãe entrar, reviro meus olhos, bêbada como toda sexta já virou rotina isso, troco a teve e coloco em outro canal, e saio em direção ao meu quarto esperando que ela capote mais rápido que posso, e claro que isso não seria assim.

  -Patrícia: Kiara vai lavar esse prato, você não faz nada nessa casa tudo tem que ser eu o tempo todo. “Reviro meus olhos e xingo tudo e todos, vou até a cozinha e quando vejo só tem a vasilha de pipoca, lavo e volto para o quarto, ela não parava de falar o tempo todo repetir tudo, me tranquei no quarto e fique escurando música, até ela abrir a porta.” -Patrícia: Você não faz nada, só fica nesse celular o dia todo, eu ainda vou pegar esse celular um dia e quebrar ele, você sabe que eu estou com esse câncer posso morrer amanhã e aí você vai fazer o que dá sua vida.
“Fico calada ela bate à porta e eu respiro fundo já estou acostumada, ela descobriu a umas três messes que ela tem câncer no pulmão e está crescendo cada vez mais, porém ela tem que fazer a cirurgia pelo sus já que não temos dinheiro suficiente para a cirurgia, então é bem mais complicado e demorado. Assim vai até ela dormir, volto a ler meu livro, por volta das uma da manhã desligo tudo e vou dormir.”

Somente nós 》livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora