𝗯𝗲𝗮𝗺𝗲𝗿 𝗯𝗼𝘆 2.𖦹

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꒰🥡꒱ 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗗 𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡!𝟢𝟥

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꒰🥡꒱ 𝗧𝗛𝗜𝗥𝗗 𝗣𝗘𝗥𝗦𝗢𝗡!𝟢𝟥.
ִֶָ ˖  ݁ 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘦𝘭𝘢 ¡!

Ele notou os olhares maliciosos, a fala mansa e arrastada numa rouquidão pragmática. Assim como também notou a sua falta de atenção a esses fatos. Ele revirou os olhos em seu lugar no ponto, respirando profundamente antes de lhe chamar com um limpar de garganta. O garoto de olhos claros o olhou com cansaço e você sorriu para sua figura.

── Vão ficar ai até quando? ── As palavras que esvairam da boca de Mandela lhe causaram surpresa. Elas borbulhavam em seu ouvido feito refrigerante, lhe trazendo uma sensação amarga a boca.

── Podemos ir. ── Você disse confusa e Mateus, seu amigo de olhos claros e cabelos perfeitos assentiu contra gosto. Pedro assentiu, o rosto numa carranca nunca vista. ── Bom, até mais Mateus. ── S/n disse despedindo-se com um abraço que deixou o garoto de olhos negros ainda mais desconfortável em seu lugar no ponto de onibus.

Ja eram quase 19:30 e vocês estavam ali desde que você chegou de seu curso técnico, parando para papear com o garoto que acabara de encontrar e que era um velho amigo do fundamental. Mandela, como todas as noites estava ali para te esperar, porém cansado de seu falatorio com o garoto de olhos maliciosos e presuncoso. Seu peito apertava numa queimação nunca presenciada, mas ele sabia em seu lado racional e não anestesiado pela raiva recente que aquilo tinha um nome. Era ciúmes e era desesperador, numa proporção miúda de vulnerabilidade e fraqueza.

Mateus se afastou e você teve seus olhos roubados para o corpanzil de Mandela encotado na parede, como na primeira vez que o viu. Seus olhos estavam vidrados em você, analisando-a com olhos negros intensos e profundos.

── Está tudo bem? ── Ele não respondeu, não sabia como, nunca havia sentido-se tão fora de si, nem em suas piores crises. Você assentiu, sem saber como agir.

── Vou te levar para sua casa.

Ele afirmou, num tom de voz frio e cruel, sem a quentura e ternura que suas palavras geralmente carregavam. Hoje apenas era um som rouco e esteril. Sem alguma emoção ou apatia, apenas um vazio.

── E a nossa noite? ── A garota perguntou temerosa. Estivera ansiando por isso o dia todo, apenas querendo ter Mandela contigo e poder relaxar após um dia de merda.

── Não to afim. ── Ele puxou um cigarro de seu bolso, ascendendo a erva e logo deixando ela queimar enquanto a  tragava.

Você parou de andar, sentindo a raiva te consumir em pequenos aglomerados de uma intensa explosão. Já havia lhe pedido para parar com aquela merda há tempos e ele havia concordado.

── Sério isso Pedro? ── O nome do garoto soando amargo em seus labios. Ele odiou isso.

── Que foi? ── O moreno também parou de andar, baforando a fumaça para perto de seu rosto raivoso. A fumaça esvaindo pela noite escura, deixando apenas seu aroma odioso.

𝗠𝗔𝗡𝗗𝗘𝗟𝗔Onde histórias criam vida. Descubra agora