𝘖 𝘉𝘦𝘪𝘫𝘰 𝘥𝘰 𝘝𝘢𝘮𝘱𝘪𝘳𝘰

I

NOTAS DA AUTORA:
Atenção, esta é uma short-fic, ou seja, um especial de halloween, então ela consiste em poucos capítulos e uma história rapidinha :))
Espero que gostem, e Happy Halloween!!

Sobre as luzes dos holofotes coloridos, eram talvez onze da noite, talvez mais, talvez menos Eddie não se importava com isso, afinal é halloween.

O Halloween se tornara ao longo do tempo a única noite em que Eddie poderia ser ele mesmo - não o fato de sair bebendo sangue de pessoas indefesas - e sim, poder sair pela cidade, em público, sem julgamento, curtir uma festa, aqui ali, afinal que mortal descobriria seu segredo sobrenatural? Poderia ser apenas interpretada que Eddie estaria fantasiado de um vampiro.

A festa vai ficando mais animada com o passar do tempo, e na medida que o vampiro bebe mais dos coquetéis e licor, ele até então estava dançando, mas não podia deixar de notar uma garota quieta em um canto da festa notavelmente triste.

Ela estava vestindo uma fantasia da rainha de copas em versão assassina, ele ficou curioso e tentou se aproximar mais dela, é Halloween, como diabos alguém estaria triste?

- E aí? - Eddie pergunta se direcionando até ela, com sorriso maroto, com copo de bebida na mão.
A garota lançou um olhar de desdém.

- Vossa alteza.- ele se curva como brincadeira. - Quem é você?

- O que é você? - ela parecia confusa.

- Achei que fosse óbvio. - ele sorri malicioso demonstrando seus dentes de vampiro - E este machado? - ele aponta brincalhão para o objeto feito de papelão que a mesma segura - Eu tomaria cuidado se fosse você.

- É - Ela sorri entrando na brincadeira - Nunca se sabe quando eu poderia lança-lo em você.

Ele se aproxima mais de S/n e fala quase em um sussurro.
- Docinho, a única coisa que me mata mesmo...- ele faz uma pausa levando a mão dramatico em seu peito. - É uma estaca no coração.

Sua frase fez escapar uma risada genuína da garota, ele se sentiu bem apesar de tudo finalmente ela está sorrindo.
Tudo estava indo bem, entretanto o cheiro doce do sangue dela o alucinava, Eddie estava tendo que se controlar mas tudo que ansiava era provar um pouco.

Ele então tentou mudar de assunto para afastar esses pensamentos, ele não poderia ceder a isso no momento.

- Você vai me dizer seu nome?- ele pergunta.

- S/n.- ela faz uma pausa com sorriso de canto, parecia estar se divertindo com a situação.

— Eddie.- o vampiro diz se aproximando mais perto da mesma, fazendo o coração da jovem acelerar, então ela percebeu, não havia notado isto antes?
Ele é assombrosamente lindo, e traz consigo um ar encantador. Seus cabelos rebeldes e escuros caindo sobre os ombros, sua pele pálida e seu jeito entusiasmado, descontraído e...

Eddie a tira de seus pensamentos.

- Você aceita beber algo, ou uma dança?

- E-eu...- ela leva seu olhar em volta havia muitas pessoas no local e de repente um aperto surgiu em seu peito - Eu gostaria de dançar, mas há muita gente, e eu não sou muito bem...em, eu...- ele á interrompe.

- Não seja por isso- Eddie faz uma pausa, e complementa com um sorriso de canto - Alteza.

Quando ela menos espera, Eddie segura sua mão, consequentemente, um susto imediato percorreu o seu corpo, arrepiando sua espinha, a jovem notara algo incomum, a mão do rapaz era totalmente gélida.
E isso fez sua imaginação fértil imaginar a hipótese dele realmente não ser humano.
"Pare com suas paranoias S/n" ela pensa sobre si mesma com desdém.

- Então é isso?- ela disse quando chegam no jardim - Me trouxe aqui fora, para dançar?

A luz da lua iluminava todo local, estavam grande luar, fora do comum, as noites de Halloween são sempre incrivelmente mágicas e misteriosas.

Eddie se aproximou mais da jovem, e passou os braços entorno de sua cintura.
- Como pode me garantir que não vai me sequestrar ou sugar meu sangue?- ela comenta brincando com o rapaz.

- Não se preocupe docinho- ele dá uma volta com ela ensaiando uma valsa, por mais que as músicas eletrônicas ecoavam da festa. - Não vou lhe levar em nenhuma das minhas masmorras.

Ele tem um olhar encantador, meio avermelhado, S/n se pergunta quanto tempo ele levou para realizar esta fantasia, era tão realista, que não parece ser lente de contato. "Ele deve ter gastado muita grana" pensou consigo mesma.

- Agora para minha cama, é outra história.- ele diz rindo enquanto S/n lhe lançava um tapa em seu ombro.

Não era totalmente brincadeira, Eddie sabia disso, esta garota lhe intrigava de uma maneira que jamais sentiu antes.
Na medida em que a dança fluiu, gerou várias risadas genuínas, de ambos, era como se naquele momento o mundo fosse ali, apenas com eles.

Entretanto depois que o tempo passou a dança chegou ao fim. S/n segurou a mão do rapaz o levando, debaixo de uma árvore em que as folhas do outono caiam, deixando o chão e um tom alaranjado em pleno luar pálido que seguia nesta madrugada.

O vento estava particularmente gelado, que fazia S/n tremer até o queixo, ela observou Eddie canto, então algo a intrigou.

Ele também não aparentava estar passando frio algum...