CAP 1 ❦

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Seis da manhã e o despertador ressoava no quarto escuro de Jeon Jungkook.

 Merda. - Falou de olhos fechados, procurando o aparelho para desligar o mesmo.

Levantou rapidamente e rumou para fora do quarto. Precisava tomar um banho antes de começar mais uma segunda-feira.

O banho não demorou como de costume, o alfa tinha pressa e odiava chegar atrasado em seus compromissos.

De volta ao quarto, vestiu uma calça preta marcando bem suas coxas grossas e uma blusa larguinha na cor branca, penteou os cabelos, pegou o violão e o celular e caminhou até a cozinha, onde já sentia o cheirinho de café.

Não gostava muito de usar perfumes ou loções, amava seu aroma de menta e, para ele, isso bastava.

 Vai sair hoje de novo, filho? - A Sra. Jeon perguntou, doce.

— Sim, omma. Preciso tentar realizar o meu sonho.

— Você vai conseguir, filho. - O Sr. Jeon falou tentando encorajar o alfa mais novo.

Eram só os três e, por vezes, passavam por algumas dificuldades financeiras. A ômega trabalhava fazendo faxinas pela vizinhança, já o alfa tinha um pequeno comércio no bairro. Toda a renda da família ficava na responsabilidade dos mais velhos e Jungkook não descansaria até mudar o rumo das coisas.

— Até mais tarde. - Jungkook disse, saindo sem esperar a resposta.

Os pais do alfa sempre lhe apoiaram em absolutamente tudo e se tivessem dinheiro suficiente, ajudariam o mesmo a tornar realidade aquilo que mais almeja: ser um grande cantor.

— Espero que ele consiga alguma coisa hoje. - A ômega suspirou com um semblante pensativo.

Quando chegou na Big Hit, seu relógio marcava 8 horas. Havia pegado duas conduções para chegar ao local, se amaldiçoando por morar tão longe.

Não era sua primeira vez na empresa e não era o primeiro "não temos vagas para iniciantes" que já ouviu, mas o alfa não iria desistir tão fácil assim.

— Bom dia, me chamo... - Foi interrompido.

— Jeon Jungkook, acertei? - Um rapaz de pele clara, alto e com aroma de chocolate com babaloo, perguntou.

— Isso mesmo. A gente se conhece? - Estava meio perdido por não lembrar do mesmo que, pelo aroma, julgou ser um ômega.

— Sou o CEO da empresa. - Viu na cara do moreno a expressão de espanto.

— Nossa. - Não sabia o que falar e se odiou por isso. — É um prazer conhecer o senhor. - Se curvou inúmeras vezes.

— Não tem necessidade disso, rapaz. - Riu vendo o nervosismo do tatuado. — Você vem sempre atrás de alguma vaga, não é? - Perguntou e o mesmo assentiu com o mínimo sorriso no rosto.

— Me acompanhe, por gentileza.

Mais do que depressa, caminhou entre os corredores com um sorriso no rosto e mentalizando que sua vida mudaria depois daquela manhã.

Tentava ignorar as inseguranças em sua mente e focar nos seus pais, no amor que eles sempre demonstraram por si e na vida incrível que daria para eles depois que se tornasse um cantor.

Desde criança era apaixonado por música. Ganhou o seu primeiro violão (usado, é claro) com dez anos de idade por bom comportamento e boas notas na escola. Quando não estava ajudando nas tarefas domésticas e no comércio do pai, se dedicava a lindas músicas que sonhava lançar um dia.

— Pode sentar e ficar à vontade. - Seokjin disse calmamente.

— Licença. - O alfa falou ao puxar a cadeira que iria sentar.

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