EPÍLOGO

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Estou nervosa, nem sei quantas vezes já tomei água e fui ao banheiro

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Estou nervosa, nem sei quantas vezes já tomei água e fui ao banheiro. Casar não deveria causar tanta ansiedade, e tremor.

- Querida calma.

- Mãe eu nem sei se essa palavra existe em minha mente nesse momento, eu estou com medo - confessei a olhando - Esse vestido está bom? Talvez, o decote esteja revelador demais - me virei olhando para o espelho.

- Pelos amor de Deus, Leandra, até seu noivo gostou do vestido. Ainda não acredito que aquele homem invadiu sua última prova, ele não sabe que dá azar?

- Mãe, quem na região ou em sã consciência impediria o casamento de um Montana?

- Isso é verdade - rimos e olhei em volta - Já está com ele, aquela menina vai ser o terror dessa região.

- Já avisei pra ele, mãe. Mais ele não me escuta, leva ela para todos os lugares, daqui a pouco faz um ano e antes de dar os primeiros passos. Vai está andando a cavalo, morro de medo dela cair.

A porta se abriu e vi meu pai passar por ela, vi seus olhos sorrir antes mesmo dos lábios.

- Oh minha fia - veio até mim me abraçando apertado - Tá tão linda.

- Pai, não posso chorar - ele se afastou e vi sua lágrima discreta cair - O carro chegou?

- Chegou sim, vamos?

Saímos e em menos de oito minutos estávamos na porta da catedral da cidade, estava lotada. A festa iria acontecer na rua mesmo, para toda a cidade o último Montana solteiro está se casando afinal.

O sino da igreja tocou as nove em ponto, a marcha nupcial tocou alto e sai do carro com ajuda do meu pai. Ao entrar na igreja, o vejo ao estilo cawboy. Dou uma leve risada pois ele disse que não usaria terno, e eu sinceramente não me importo ele me amando e sendo leal a mim e nossa filha é o que me importa.

- Cuide delas, mais do que já faz - papai diz e Fabrício sorri com nossa pequena no colo, a cerimônia é simples e bonita. O padre citou passagens bíblicas especificadas por Fabrício, as mesmas que seus avós, pais e irmãos ouviram quando se casaram. Maria Aparecida a todo momento brinca com o rosto do pai, ninguém pisa dizer que ela foi achada no rio. Para todos no pequeno ela nasceu do meu ventre, e que eu e Fabrício sempre tivemos um relacionamento discreto.

Depois da festa tivemos nossa lua-de-mel, ao qual ele fez questão de levar nossa filha mesmo meus pais e seus irmãos dizendo e se oferecendo para ficar com ela. Ele negou, a relação deles é linda e ela se tornou o carrapato dele. Todos na fazenda a chamavam de senhorita Montana, passeamos pelo Brasil por dois meses. O que eu achei um exagero, porém nos três enchemos a casa que antes era uma cabana luxuosa com fotos.

E voltei grávida da lua-de-mel, a vergonha era grande mais passou quando foi festejada por todos. Os meses foram se passando e no aniversário de um ano dela, Fabrício parou a cidade por dois dias. Além do aniversário dela ele deu uma festa enorme e presentes para todas as crianças, mesmo com a fama de tarcituro, todos sabiam sua fraqueza e sua fúria.

Sr. MONTANA Onde histórias criam vida. Descubra agora