Café da manhã. (+18)

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A luz da janela incomodou seu rosto, te fazendo acordar

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A luz da janela incomodou seu rosto, te fazendo acordar. Você se mexeu na cama, se espreguiçou, porque pode jurar que passou a noite toda sem se mexer. Um suspiro encheu seu peito, e então você abriu os olhos, de vagar, porque a dor de cabeça ainda estava lá. Coçou os olhos. Olhou para o teto. E só então lembrou que não estava no seu quarto. E sim na casa do Joel. No quarto do Joel. Na cama do Joel. Seus olhos se arregalaram.

Você se levantou lentamente, sentando-se na cama, passando as mãos pelo rosto. Cabeça baixa. Seus olhos passaram pelas paredes, pela primeira vez você torceu por um espelho. Mas não tinha nenhum no quarto. Então prendeu o cabelo em um coque desajeitado. Respirou fundo, coçando os olhos, e se levantou. Saindo do quarto.

Joel estava na cozinha, preparando algo que você torceu pra ser café. Se encostou no braço do sofá, e ficou olhando-o, enquanto se movia quieto, como se não quisesse fazer barulho para acordá-la, preparando o quer que seja que ele estivesse fazendo, não importa, você apenas ficou sentada observando, quase fechando os olhos novamente. Então ele se virou, segurando uma xícara. E te viu.

"Bom dia."

Ele sorriu. E te olhou, dos pés a cabeça, com uma escuridão nos olhos, que você nunca tinha visto antes. Você se levanta, se estica, e anda lentamente até a cozinha, se encostando na mesa.

"Bom dia."

Você sorri. Você se sente segura nessa cena doméstica, e você percebe que não deveria gostar tanto disso. Você nem deveria estar ali.

Não era como se fossem íntimos assim, para que você estivesse dormindo na casa dele. Joel era a pessoa com quem você mais dividia o seu tempo, era com ele que você se sentia segura, mas nesse cenário, você nunca se imaginou com ele. Foi nesse momento que você se lembrou que na verdade, era as mãos dele que estavam no seu corpo ontem, era o corpo dele que estava quente e colado no seu. Sua cabeça girou.

Joel com uma calça de moletom, e uma camiseta que demarcava perfeitamente o corpo dele. Você tinha certeza de não estar pensando direito. Deve ter sido o acúmulo de pancadas que você levou na cabeça ao longo dos últimos anos.

Mas, caramba! Ele era lindo de manhã. Ele também era lindo a tarde. E ontem a noite ele está lindo também.

"É café?" Você aponta para a xicara na mão dele.

"É café." Ele se vira e alcança uma xicara no armário para você, coloca um pouco do líquido, e estica o braço para você alcançar.

Ele é tão grande, tão imponente, que você acredita que ele consegue alcançar qualquer coisa daquela cozinha apenas esticando os braços.

Você segura a xicara com as duas mãos, fecha os olhos e inspira o cheiro do café, e sorri com os olhos ainda fechados. Toma um gole.

"Hmmmm", o som sai da sua boca, e você joga a cabeça para trás em agradecimento. "Isso é ótimo"

The First Wish - JOEL MILLEROnde histórias criam vida. Descubra agora