Assim como as Estrelas - Jikook.

Abuso..

7 anos atrás..

Fui acordando aos poucos, tudo girava e minha visão estava turva, em volta estava tudo escuro, mas ao meio havia uma pequena luz que brilhava e refletia a sombra de alguém se aproximando.

- Quem eres... Tu?

Perguntei com dificuldade, sentindo uma forte dor em algumas partes do corpo e na cabeça, era como se eu tivesse apanhado.

— Oi Park...

Por alguns minutos, me encontrei tentando descobrir de quem era a voz, minha cabeça pulsava de dor, até que em minutos demorados reconheci.

- Onde estou? ... Porque algumas partes do meu corpo dói...? Porque estou amarrado!?

Fiz várias perguntas, ele fez um pequeno barulho mas não me respondeu, ele apenas sorriu.

— Você sempre foi um garoto tão cuidadoso... Como pode deixar isso acontecer? E como pode ser uma vergonha para a família!?

As últimas palavras me quebraram, "Vergonha para a família" meus olhos queriam encher, mas me segurei firme não deixando que aquilo acontecesse. Ele se aproximou, e deu um tapa em meu rosto, aquilo doeu, e ardeu, respirei profundamente, eu não entendi o porque dele ter feito aquilo, meus olhos teimavam e queimavam querendo encher mas eu não queria me render.

- Porque fez isso!?

Gritei com ele e ele me deu outro tapa, desta vez com mais força, meu rosto queimou com certa vulnerancia, ele abaixou as calças e me olhou, me retirou da cadeira em que eu estava e pós em seu colo.

— Você não gosta de um pau? Então irei lhe dar um!

Ele disse em um tom rigoroso e com pressa ele entrou em mim com todo a força que podia aquilo doeu e muito, foram horas sentindo dor e agonia, minha vontade era de gritar mas por algum motivo eu não conseguia, pois minha garganta pareceu fechar, eu estava sendo sufocado com meus gemidos de dor e o choro que tomava conta, aquilo durou por horas que quando ele se sentiu satisfeito apenas me deixou caído no chão e se retirou, meu estômago revirava de dor e minhas lágrimas desciam por minhas bochechas que queimavam de dor. Minha cabeça voltou a doer pelo tanto que eu chorava, mas chorava em silêncio eu só queria poder sair dali, e contar a alguém, mas passou um tempo eu já não tinha ideia de quanto tempo eu tinha passado ali, naquele momento eu só desejava morrer para não ter que sentir mais aquela dor imensa que consumia meu corpo, o tempo passou e eu acabei adormecendo, quando acordei eu estava deitado em meu quarto, minha cabeça ainda doía um pouco, eu queria e impunhava que fosse apenas um sonho, mas quando tentei me levantar meu corpo estremeceu, senti aquelas dores chegando, me dando conta de que não foi apenas um sonho.
Havia sido real, eu havia passado por aquilo, quando vi a porta do meu quarto abrir olhei em direção vendo que minha mãe entrava com aquela cara de quem iria me dar um sermão, assim que ela entrou veio até mim e me encarou por alguns segundos.

— Como pode sumir assim sem dizer nada a ninguém!? Você quer me dar mais trabalho garoto!  Você só tem 15 anos e acha que pode sair sem me avisar deste jeito!

Naquele momento fiquei quieto, meus olhos encheram outra vez, eu só queria abraçá-la e contar oque havia acontecido, mas ela estava furiosa pelo fato de eu ter sumido.

- Mãe...

— Oque você quer?

Senti algo, e olhei para a porta do quarto e lá entrava outro alguém, quando dei conta era ele, meu padrasto, ele entrava com um pequeno sorriso.

— Oh, querida você está aqui! Veio vê-lo.. Vejo que ele está bem depois do susto que nos deu..

Ele me olhou, eu senti medo, eu só queria dizer oque havia acontecido, e que o culpado era ele, mas meus olhos encheram e eu derramei as lágrimas por minhas bochechas, minha mãe ignorou o fato de eu estar chorando e apenas saiu do quarto com meu padrasto, fiquei deitado naquela cama por horas sentindo aquelas dores, e o choro me fez dormir outra vez