Acordei depois de algumas horas de sono em uma cama que eu não sabia de quem era, na verdade não sei onde estou. Me levantei e fui até a janela e percebi que é a casa onde estava tendo a festa. Adriana estava toda jogada em uma poltrona que havia lá.
Acordei a mesma e voltamos para nossas casas.
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- Adriana?? Tá tudo bem? - Não escutei nada vindo de outra linha - Desembucha logo, porra.
- Michelle... - Ela estava chorando. - Meus pais me expulsaram de casa... - Ela falava com dificuldade, pois, estava soluçando de tanto chorar. Fiquei preocupada.
- Adriana, venha para cá agora!
Depois de um tempinho, escuto a campainha tocar, era ela. Adriana estava com uma mochila e com alguns machucados em seus braços e pernas. Não disse nada, apenas a abracei e deixei ela chorar em meus braços.
Depois dela estar mais calma, tive a coragem de perguntar do porquê ela havia sido expulsa de casa.- Adri... Quer conversar sobre isso?
- Você sabe que meu pai é um bêbado do cacete, ele não tem controle sobre si mesmo e a minha mãe, você sabe que ela não gosta nem um pouco de mim. Ela só me mantinha em casa por causa do dinheiro que recebo... Agora, ela arranjou um trabalho e meu pai falou para ela me expulsar de casa... Minha mãe do jeito que ela é, obedeceu ele, mas, ele começou a me apressar e enquanto eu arrumava minhas coisas, ele começou a me agredir porque ele estava bêbado. Minha mãe apenas assitia e ria da minha cara. - Adriana falava tudo isso com uma certa dificuldade. Ela estava se sentindo culpada, dava para ver em seus olhos... Pobre garota...
- Seu pai é um filho da puta mesmo, hein! Adriana, não se estresse por causa disso, você pode ficar aqui o tempo que quiser! - Dei outro abraço na mesma. Não sou boa com palavras, apenas com gestos.
- Muito obrigada, Mi... Você é como uma mãe para mim. - Ela riu.
- Preciso te animar um pouco e sei exatamente do que você precisa! - Peguei alguns DVDs e mostrei para ela. Ela escolheu Branca de Neve; é o favorito dela.
Fiz pipoca para nós e fizemos uma seção de limpeza na cara. Percebi que ela já estava melhor, mas não 100%.
Depois de algum tempo ela já estava dormindo no sofá, cobri ela com uma coberta e fui arrumar a bagunça que tínhamos feito.︎
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- Alô? - Digo.
- Oii, Michelle! Adivinha quem é!
- Hmm... Pela voz de viado deve ser o Slash, certo?
- Poxa, Mi, pra que isso? - Ele fingiu estar ofendido.
- Por que me ligou? Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu só queria ouvir sua voz mesmo, saudades dessa voz de esquilo do cacete.
- Vai tomar no cu, vai! - Ri do que aquela praga tinha dito.
- Quer sair para algum lugar? Fumar por aí? Sei lá...
- Não posso sair, mas posso ficar em frente a minha casa - Não iria deixar minha amiga completamente sozinha, né?! E não queria me deixar passando vontade de vê-lo.
- Estou indo para aí agora! - Desligou.
Fui me olhar no espelho para ver se estava com uma aparência aceitável e eu estava horrível, senhor!
Prendi meu cabelo em um coque frouxo, coloquei um lápis de olho preto, meus brincos de argola e peguei meu maço de cigarro. Não é para tanto, mas está melhor que antes.
Eu estava vestindo um shortinho preto jeans e tava com uma regata preta. Como estava meio frio e peguei minha jaqueta de couro.
Escutei a campainha tocar, era ele.- Boa noite, bela dama - Ele fez um gesto como se estivesse cumprindo alguém da realeza.
Fechei a porta da minha casa e me sentei na mini escadinha que tinha em frente à entrada da minha casa.
- Para que tudo isso? - Ri e peguei um cigarro - Você quer um?
- Nossa, que educada, até parece gente! - Ele se sentou e pegou o cigarro de minha mão.
- Porra, esqueci o isqueiro lá dentro! Você tem algum aí? - Ele pega o esqueiro que tinha em seu bolso e ascende o meu e seu cigarro.
- Valeu ae.
- Sabia que eu andei metade de Los Angeles para achar a cafeteira que você trabalha??? - Ele me deu um susto falando isso do nada.
- Você é burro ou se faz?? Era só ter me perguntado o nome.
- É mesmo, né... Não tinha pensado nisso.
Olhei para ele e dei uma risada.
- Me conta mais sobre você, Slash.
- Bom, meu nome verdadeiro é Saul Hudson, tenho 21 anos, comi sua mãe, amo cobras, gosto de Led Zeppelin, comi sua tia e sua prima - Ele finge uma tosse - Digo, amo comer chocolate, frango, chocolate...
- Você não presta, né?! - Dei um leve tapa em seu braço.
- Você muito menos. Agora fala de você aí.
- Tá... Tenho 23 anos, amo comer sua tia também, sua mãe... Quem mais?? - Fiz uma pausa dramática - Amo comer também a amiga dos outros.
- Chata.
Ficamos falando de assuntos aleatórios e do nada ficamos naquele silêncio que não é vergonhoso, é como se fosse um momento de reflexão, até que ele olhou para a minha perna e viu algumas cicatrizes.
- O que é isso aí na sua perna? - Ele me olhou assustado e preocupado.
Tentei tampar o mais rápido possível, mas sem sucesso já que estava vestindo a porcaria de um short.- Não é nada demais! Marca de nascença...
- Hmm, sei. - Ela sabia que não era - Se precisar de algum apoio me chama.
O clima pesou e eu precisava mudar de assunto ou fazer alguma coisa.- Agradeço a ajuda - me deitei em suas pernas olhando para o céu e em seguida olhando para o mesmo - Seu cabelo é muito lindo, sabia??
- Claro, né, meu amor!
- Sou seu amor, é? - Me levantei e dei risada - Preciso entrar, daqui a pouco eu trabalho.
Nos levantamos, nós demos um abraço apertado e por fim dei um beijo meia lua nele.
- Porra, nem pra ir dentro! - Ele falou decepcionado.
- Não vamos tão rápido, viu? - O puxei pelo colar dele e sussurrei em seu ouvido. Percebi que deixei ele meio desconfigurado - Já percebi que você é fraco.
- Você vai ver quem é fraco aqui!
- Tchau, Slash!! - Acenei e o mesmo me mostrou o dedo do meio e já ia sumindo pela decida da minha rua.
Adentrei em minha humilde residência e vi Adriana ainda dormindo na mesma posição. Me parte o coração saber pelas coisas que ela passa com os pais.
A deixei em paz e subi até o meu quarto que tinha um banheiro junto com ele. Me despi, fiz minhas higienes e finalmente fui dormir.︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎ ︎
⊱╼╼╼╼⊰
Tô sem criatividade, foi mal.