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Artêmis

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Artêmis

- Me beija, Artêmis. Me beija!

Ela pede tão sofregamente e tão perto do meu rosto que me sinto instintivamente atraído pela pele sensível. Inevitavelmente os meus olhos encaram os seus lábios carnudos pintados de um tom de rosa claro e me pego fechando os meus olhos quando o desejo me inflama por dentro. O meu coração luta bravamente dentro do meu peito, rasgando cada músculo seu com violência em uma busca brutal pela sua liberdade assim que a minha boca roça suavemente na sua. Deus, como quero reivindicá-la para mim, mesmo sabendo que não tenho esse direito. As minhas veias antes gélidas começam entrar em ebulição, a queimar, arder de uma forma quase insuportável, e logo me sinto sufocar com essa aproximação tão absurda quanto avassaladora. Contudo, antes que algo realmente aconteça aqui, Kim parece perder as suas forças e a sua cabeça pende repentina sobre o meu ombro.

- Kim? - A chamo baixinho, porém, levemente ofegante, mas ela não se mexe. - Kim, você dormiu? - ralho com um tom debochado. Contudo, ela não se mexe e não me responde. - Era só o que me faltava! - resmungo com um mal humor insuportável quando penso que terei que me virar para levá-la de volta para o seu quarto.

Garota maluca, inconsequente, insuportável! Como ela pode beber até chegar a esse ponto?

Sem ter muito o que fazer me dirijo para o quarto de hóspedes com ela aconchegada no meu colo e faço um esforço sobrenatural para colocá-la do jeito que dá na sua cama. Entretanto, não saio do seu quarto em seguida. Apenas a olho por algum tempo e após me repreender por tal atitude, volto para o meu quarto e para o meu trabalho também.

... Me beija, Artêmis!

Essa frase se repete dentro da minha cabeça por várias e várias vezes roubando a minha concentração e eu bufo ainda mais irritadiço, largando uma caneta de todo jeito em cima dos papéis. O meu ato me incomoda e eu a alinho com as outras sobre o tampo da mesa, tendo a certeza de que está posicionada corretamente. E quando finalmente consigo alinhá-la, me perco em uma imagem que me deixa possesso. A sua boca tão perto da minha, simulando um beijo que eu cogitei dar-lhe.

- Você não pode penetrar as minhas barreiras, Kimberly Martin. - rosno fechando as minhas mãos em punho. - Não sem a minha permissão - Impaciente com os meus próprios pensamentos, me forço a me afastar da mesa e vou para perto de uma janela. Observo por algum tempo a quietude da noite lá fora e quando resolvo ir para a cama, os meus olhos param em cima do porta-retrato que está em cima da mesinha de cabeceira.

Sorrio para a imagem de Corina que sorri para mim e suspiro me lembrando o quanto ela me machucou quando resolveu me deixar no momento que eu mais precisei dela. Meneio a cabeça fazendo não.

- Isso não vai acontecer de novo. Não vou permitir que me machuquem assim outra vez - ralho virando a imagem para baixo e me preparo para ir para a cama

***

No dia seguinte...

- Bom dia, família! - falo com um humor gratuito me acomodando na mesa da sala de jantar e me sirvo uma xícara de café.

Minha Cura - Artemis MazzaOnde histórias criam vida. Descubra agora