Se passaram três semanas desde que Jimin marcou Jungkook, e o rei ainda não havia dado um destino para o seu filho. Desde aquele dia, os dois também nem se falavam mais, e o mais velho já estava sentindo um pouco de medo do que poderia acontecer.
Após alguns afazeres pelo palácio, o alfa tentou procurar o príncipe, porém sem sucesso, deixando-o pior do que já estava. Era como se Jungkook já estivesse morto, porém, não o contaram.
— Procurando algo, Park? — O rei deu um susto no tenente.
— Na verdade, sim. — Sorriu, não escondendo seu nervosismo. — Se posso lhe perguntar, como está a Vossa Alteza?
— O Jungkook está sendo mantido preso em seu quarto até nos contar quem foi que o mordeu.
— Já pensou o que fará com ele?
— Por que está tão interessado, Park? — O rei riu de lado, andando na frente do tenente e sendo seguido pelo outro alfa.
— Eu me preocupo com seus filhos como se fossem meus irmãos mais novos, a Majestade sabe disso. — Os dois entraram em seu escritório. — Ainda acho o que estão fazendo com o Jungkook um pouco demais. Com certeza, alguém que odeia o reino, deve ter planejado isso para sujar a imagem de vocês.
— Qualquer coisa que seja, Jungkook está proibido de sair do palácio e, daqui a alguns dias, ele fará um pronunciamento que renunciará seu trono. Ao menos, o deixarei com o título de príncipe — falou.
— E depois?
— Depois que ele ficará para sempre recluso. Não quero ninguém comentando que meu filho foi marcado antes de um casamento consumado. Isso foi mesmo um acidente, não é?
— Vossa Majestade, eu quero pedir a mão de seu filho em casamento — o tenente disse de vez.
O alfa mais velho, olhou-o com um pouco de desconfiança e passou a mão no queixo.
— Você com toda sua honra e glória quer se sujeitar a casar com um ômega como Jungkook?
— Quando entrei no exército, vocês foram como minha família, pois eu havia acabado de perder minha família para a guerra. Eu não gostaria de vê-los passar por algo assim, principalmente o Jungkook, que sempre me ajudou e foi um soberano muito dedicado a mim — falou o que já tinha ensaiado em sua casa. — Ele sempre me ajudou em algumas coisas do exército, e eu sou muito grato a ele por tudo o que fez para me ajudar. Eu não quero que algo de ruim aconteça com ele e nem que ganhem uma má fama por marcarem Vossa Alteza. Seria minha forma de agradecer tudo o que tem feito por mim.
O rei ficou em silêncio durante um período bem longo, e Jimin colocou as mãos para trás, pedindo a todos os deuses que desse certo.
Ele não havia combinado nada com Jungkook, porém queria que aquilo desse certo.
— Um alfa não deveria fazer isso, especialmente quando tem tanto prestígio social.
— Eu não me importo que ele esteja marcado, Majestade. Saberei lidar da melhor forma possível com isso e não deixarei ninguém saber o que aconteceu, mantendo esse segredo apenas entre nós. Todos sabemos que a marca dura até dez anos e sei que um dia, eu poderei marcá-lo.
— Pensarei em sua proposta, tenente. Entretanto, eu ainda tenho esperança de que o duque Seokjin queira o Jungkook mesmo marcado e pense que nem você. Preciso saber da renúncia de Jungkook e depois poderemos pensar nessa sua proposta de tentar ajudar.
O rei entrou no quarto de Jungkook, vendo o filho arrumar sua cama, sentindo uma decepção enorme por ver aquela marca em seu pescoço e o ômega parecia não ligar para aquilo. Até parecia gostar bastante, porque vivia usando roupas que mostrasse para todos a mordida no intuito de provocar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Château (ABO) • Jikook
Fanfic[CONCLUÍDO] • Park Jimin sabia que não era apenas o rei Jeon que tinha uma grande admiração por ele. Seu filho mais velho, Jeon Jungkook, compartilhava do mesmo sentimento.