Capítulo 11

200 17 0
                                    

Pov Bru

Algumas semanas se passaram desde aquela noite inesquecível. Era notório que a atmosfera entre Ludmilla e eu havia mudado drasticamente; a vizinha, agora, me tratava friamente. Ela passava por mim sem sequer pronunciar uma palavra, deixando-me confusa e magoada com sua atitude repentina.

Diante dessa situação desconfortável, decidi me distrair e deixar as preocupações de lado. Foi quando Mario Jorge e Lari, meus amigos fiéis, me convidaram para uma festa. Aquela festa prometia ser incrível, não havia como recusar o convite.

Sem hesitar, aceitei rapidamente a proposta animada dos meus amigos. Era uma ótima oportunidade para espairecer e me divertir, deixando os problemas para trás. Agora, só restava aguardar ansiosamente pelo grande evento que, com certeza, traria novas emoções e reviravoltas para minha vida.

Chegando na festa, percebi que Ludmilla estava lá, rodeada por pessoas e com um sorriso no rosto. Ela se aproximou de mim e, com seu jeito indiferente e frio, disse:

— Então, Brunna, estou vendo que você é rápida em superar as coisas. É bom saber.

Eu queria reagir, queria gritar para ela que não estava superando nada, que seu desprezo estava me machucando, mas decidi que era melhor mostrar que eu também podia ser indiferente.

— Ah, Ludmilla, sabe como é, a vida continua - respondi, tentando agir naturalmente, mesmo com o coração apertado.

Decidi aproveitar a festa e me divertir com meus amigos. Dancei, bebi e ri, tentando esquecer a presença de Ludmilla ao meu redor. Mas, em cada música que tocava, em cada risada que ouvia, minha mente sempre voltava para ela.

Enquanto meus amigos dançavam animados, eu me sentei em um canto da festa, observando o movimento ao meu redor. Ludmilla passou por mim, acompanhada por algumas pessoas, e seus olhos cruzaram brevemente com os meus. Ela continuou seu caminho sem dizer uma palavra, como se eu fosse apenas mais uma pessoa na multidão.Aquela indiferença começava a me consumir, a me fazer questionar se realmente valia a pena continuar lutando por alguém que parecia não se importar. Mas, por mais que meu coração sofresse, ainda havia uma chama de esperança dentro de mim.Decidi que não iria mais correr atrás de Ludmilla, não iria mais me submeter a suas provocações e toques. Eu merecia alguém que me tratasse com carinho e reciprocidade.

Talvez fosse hora de seguir em frente.

Através da minha janelaOnde histórias criam vida. Descubra agora