Quando eu era seu homem

575 33 31
                                    

Mikey

{Futuro}

O silêncio sempre foi o meu grito mais alto.

Deitado na nossa antiga cama, eu penso nela. Olho para o teto e suspiro esticando os braços para os lados da cama que agora, tinha somente um corpo.

Ouvindo no rádio um documentário aleatório, fechei meus olhos e o peso bateu na minha consciência, eu não fui alguém bom pra ela, nunca fui.

Eu sei, eu sou um péssimo romântico.

O rádio falhou, começando a chiar. Eu abri meus olhos e bati no rádio de som três vezes, o mesmo deu indícios que estaria voltando mas não voltou.

Dei outras batidas nele e então ele voltou. Porém, acho que preferia ele chiando mesmo... Por quê? Bem... Era a nossa música que tocava no rádio.

Você amava essa música, dançava sem parar e sempre me chamava para dançarmos juntos. Eu sendo sincero, amava a música, mas agora escutá-la sem você... Sei lá... a música ficou sem graça.

E rapidamente cansado da música, eu desligo o objeto, voltando a me deitar eu me pego pensando nos últimos dias, tudo me faz lembrar ela, tudo.

Ela quem?... A mulher da minha vida, S/n...

E só de ouvir esse nome, eu sinto uma dor no peito como se uma adaga quebrasse meu coração.

Lembro-me de hoje mais cedo quando nosso antigo grupo de colegas veio me cumprimentar, sorrimos e comemos, estava indo tudo tão bem... Até alguém citar seu nome e eu me sentir um merda novamente.

E com esses pensamentos eu adormeço.





A mesma cama, mas ela parece um pouco maior agora

Nossa canção no rádio, mas ela não soa como antes

Quando nossos amigos falam sobre você, eu fico triste

Porque meu coração se parte um pouco quando ouço o seu nome.






Pego minha arma sobre a mesa e seco as minhas lágrimas, aponto o cano na minha testa e fechei os olhos, e tudo que eu vi, era o que eu tentava esquecer.

Ela sorrindo pra mim, me beijando, me tocando, me abraçando, dançando, rindo... Ela era a minha base, meu início, meio e fim. S/n é uma mulher formidável, forte, inteligente, independente, boa e linda.

E ela foi embora, eu a perdi em câmera lenta.

Com as memórias, as lágrimas desceram, ponho o dedo no gatilho e respiro fundo, o que eu fiz? Na verdade, eu sei o que eu fiz, só não acredito. Eu deveria ter dado mais valor, mais amor, mais carinho, mais atenção, mais tudo!.

Abro meus olhos e vejo meu telefone vibrar, a notificação de que ele estava com a bateria fraca apareceu. E nessa hora eu me perguntei... Por que não ligar pra ela? Dizer que me arrependo, perguntar se ela me aceita de volta, que eu vou consertar todos os meus erros.

Soltei a arma e alcancei o telefone, mas quando digitei seu número, uma covardia se apossou de mim... Eu deveria mesmo?.

Eu neguei, mesmo querendo muito ligar, eu neguei, foi mais forte que eu. Soltei em cima do sofá o celular e comecei a chorar novamente.

𝑶 𝒏 𝒆 - 𝑺 𝒉 𝒐 𝒕 𝒔 | 𝑴𝒂𝒏𝒋𝒊𝒓𝒐 𝑺𝒂𝒏𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora