A casa dos Dursley's

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Dez anos já haviam se passado desde a morte dos Potter e sinceramente, o mundo estava bem melhor agora, pelo menos para o mundo bruxo. Não por causa da morte dos Potter, mas sim pela queda de Voldemort.

Todos estavam felizes menos o gêmeos Potter. Morar naquela casa era praticamente um prisão para eles. Eles não podiam fazer nada sem as permissão dos tios, tinham que fazer todas as tarefas domésticas e tinham que dormir em um pequeno armário debaixo da escada.

Amélia Pov ~
Hoje é dia 23 de junho de 1991, aniversário do meu priminho mimado Duda. Nunca gostei dele, tipo nunquinha mesmo, mas ele parece gostar de mim, se é que me entendem...

Se não entenderam nada eu vou explicar, ele sempre me olha de um jeito estranho. Tipo, mas de uma jeito estranho diferente, não como se eu fosse nojenta ou algo do tipo. As vezes eu vejo ele reparando na minha bunda quando eu me agacho para pegar algo, mas não deve ser nada de mais.

Como eu ia dizendo, era aniversário dele e eu e Harry fomos acordados pelo mesmo pulando na escada, jogando poeira na nossa cara. Eu e Harry nos levantamos com os nossos " pijamas ". Digo entre aspas porque ele usava as roupas velhas de Duda e eu usava as roupas velhas de petúnia.

Nós levantamos e fomos direito para cozinha preparar o café da manhã. Harry cozinhava os ovos e eu fazia o café, como eu terminei primeiro fui até a mesa levar as xícaras de café e quando chego ao lado de Duda para colocar a sua xícara de café ao seu lado, eu sinto alguém puxando a minha blusa para cima e apertando a minha bunda.

Duas observações, a primeira foi que ninguém viu, tio Valter e tia Petúnia estavam ocupados pegando os presentes do filho no andar de cima e Harry estava fazendo os ovos. Segunda observação, para dormir eu só uso uma blusa, isso significa que eu estava sem short por baixo e ele viu minha calcinha.

Eu olho para ele assustada e ficamos nos encarando, eu com lágrimas nos olhos e ele com um sorrisinho safado no rosto. Esse garoto realmente acaba de fazer onze anos?

Os meus tios entram na sala e eu limpo as minhas lágrimas e engulo seco, nunca deixo ninguém me ver chorar. As vezes eu e Harry brigamos pelo fato de eu nunca ter chorado pela morte de nossos pais, mas ele não sabia que eu chorava escondida.

Eu saí de perto de Duda e voltei para a cozinha para ajudar Harry, guardando tudo para mim.
Os meus tios vão para o seu filho e envolvem os dois em um abraço dando parabéns.

— Quantos presentes eu ganhei esse ano? - o mesmo pergunta

— 37! Eu mesmo que contei! - diz Valter

— 37? Mas ano passado eu ganhei 38!

Ele diz bravo e petúnia tenta acalmar ele dizendo que iriam comprar mais dois presentes para ele a caminho do zoológico. Sim, iríamos ao zoológico e confesso que estava muito animada!

Tipo, eu nunca sai da casa a não ser para ir para a escola, e uma escola bem ruim. Sempre que eles iam sair deixavam eu e Harry com a vizinha, mas hoje, a vizinha estava doente, então teríamos que ir com eles.

Eu e Harry tomamos nosso café, não na mesma mesa que os Dursley's obviamente, até porque eles nunca deixariam e fomos nos arrumar para ir passear.

Nos arrumamos com uma roupas velhas um pouco mais apresentáveis e agora iríamos sair de casa.

Chegando no carro, o meu tio puxou eu e Harry para fora do carro e sussurrou em nossos ouvidos:

— Se fizerem alguma gracinha... vão ficar sem comer por duas semanas!

Nós somente concordamos com a cabeça e entramos no carro. Quando chegamos ao zoológico, fiquei boquiaberta. Era lindo...

Eu nunca tinha saído de casa, então era extremamente diferente tudo pra mim. Entramos no zoológico e começamos a olhar animal por animal. Duda só passava o olhar rapidamente pelos animais, mas eu e Harry não... Eu e Harry passávamos uns vinte minutos só observando cada animal.

Andamos até chegar a sessão dos répteis e assim como eu, Harry se encantou por uma cobra. Mas acho que era porque Duda maltratou e xingou ela assim como ele fez com a gente, me identifiquei.

Fiquei parada na frente da cobra que dormia tranquilamente, fiquei observando ela, mas como ela não fazia nada, Harry, que estava ao meu lado, saiu para olhar os outros animais.

Eu fiquei olhando para a cobra, ela era tão triste, tão isolada...

— Sente falta do Brasil?- eu perguntei a ela, mesmo sabendo que não iria me responder, ou iria?

Ela aponta para uma placa, a mesma que estava escrita que ela vinha do Brasil, e em baixo, com uma letra bem pequena estava escrito " nascida em cativeiro ".

— Ah... então você não conheceu seus pais não é? Eu também não conheci... gostaria de conhece - los? — Eu pergunto e ela concorda com a cabeça.

Rapidamente eu sinto um corpo sendo prensado atrás de mim e duas mãos na minha cintura.

— Mãe! Pai! Olhem! A cobra está se mexendo! - a voz irritante de Duda ecoa no meu ouvido.

Eu me afasto tão rápido que acabo caindo no chão. E fico com raiva dele, uma raiva imensa, raiva dele ter me tocado.

Fico olhando fixamente para o vidro até que ele quebra e Duda cai ali dentro e a cobra sai. A cobra vai até mim e me agradece. Eu engulo seco e digo " de nada! ".

Quando tia petúnia se vira para tirar Duda de dentro no " cativeiro ", a vidro havia voltado ao lugar e Duda estava preso. Meus tios ficaram desesperados e eu comecei a rir por impulso.

Tio Valter se vira para mim e me lança um olhar mortal. Ótimo! Duas semanas sem comer! Ele me pega pela orelha e fica me segurando até Duda sair do lugar onde estava preso e ele me levou para o carro.

Fiquei a viagem inteira calada. Chegamos em casa e Petúnia levou meu primo para o banho e Valter me levou para o quarto dele. Harry teve que ficar no andar de baixo.

Chegando lá. Valter começou a gritar comigo, me xingar de todas as maneiras possíveis. Me torturando psicologicamente.

Ele me joga na cama e vai até o seu armário e pega um chicote. Merda...

— Vamos... tire as roupas!

Meus olhos ficam marejados e eu tiro a minha roupa ficando completamente nua. Me deito na cama e ele me vira de costas e começa a me chicotear.

Eu gritava de dor, minhas costas já deviam estar sangrando. Ele me vira de frente e começa a chicotear a minha barriga e os meus peitos, os que eu nem tenho.

Aquilo doía demais e eu já estava chorando. A única coisa que eu pensava em meio as minhas lágrimas e aos meus gritos era " como que mamãe e papai quiseram nos deixar com esses desumanos? "

Depois de uma meia hora me batendo, ele parou. Os lençóis da cama já estavam todos manchados de sangue. Ele mandou eu me levantar e colocar as minhas roupas e lavar os lençóis.

Eu me levantei, tremendo, coloquei as minhas roupas, sequei as minhas lágrimas e fui para lavanderia lavar os lençóis.

Depois de muito esfregar os lençóis, minhas costas ainda ardendo por conta dos cortes, eu consegui tirar as manchas e eu coloquei o lençol para secar.

Voltei para o meu armário de baixo da escada, e pedi ajuda a Harry a fazer os curativos. Nunca havia pedido ajuda a ele, mas eu não consigo mal me mover.

Eu tirei a minha blusa e ele me ajudou com os machucados, que provavelmente dariam belas cicatrizes.

Na hora do jantar eu resolvi não comparecer, eu só fiz a janta e fui me deitar.

Por que tudo tinha que ser assim? Por que eu não posso ter uma quarto para mim mesma? Por que eu não posso ter roupas para mim mesma? Por que eu não posso fazer nada de errado sem que eles me batam? Por que Duda me abusou? Por que eu sou muito mais cobrada que Harry? Por que eu sou tratada como uma pessoa sem sentimentos? Por que eu não sou tratada como um humano?

Essas perguntas ecoaram na minha cabeça até eu finalmente pegar no sono.

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Mais um capítulo para vocês
Primeiro, só para vocês saberem essa história vai ser bem problemática, então se você não gosta de personagens com traumas, não precisa ler! Se for pra me julgar, sai.
Segundo, não vejam com malícia a parte que ela tira a roupa pro Valter bater nela e pro Harry ajudar ela, plmds!
É isso gente, espero que tenham gostado.
Não esqueçam de votar e deixar comentários!
Beijosss

I wanna be yours - Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora