- a dor nas costas, coração quente.

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- Bom dia! - Ela apareceu atrás do sofá onde ele estava deitado e ver a figura loira com os dentes aparecendo, parecendo um raio de sol, o fez sorrir instantaneamente.

- Bom dia! - Falou animado e lhe mostrou seu sorriso sincero.

- Dormiu bem? - Ela ainda estava de pé, o olhando deitado e segurava uma caneca com café.

- Sim, mas tô com muita dor nas costas - Ele não disfarçou a cara de dor.

- Dor nas costas, Dé? - Seu rosto mudou totalmente, cheia de preocupação.

- Devo ter dormido de mal jeito... - Ele colocou o braço sobre os olhos. Ele pensou que poderia ter sido o tempo que ficou abaixado montando o jogo de dama da noite anterior e o tempo que ficou com ela jogando, mas não falaria isso, tinha receio de ela se sentir culpada de alguma forma. - Já coloquei uma toalhas quentes mas ainda não adiantou. Logo passa!

- Ei, vai lá descansar na cama um pouco. - Ele a olhou - Pode ir lá descansar suas costas, é mais confortável.

- Será?

- Claro, por favor. Eu não vou mais dormir, tô aqui tomando um café. Vai lá e tentar descansar um pouco. - Ela o olhava de cima.

- Tá bom, vou aceitar porque tá doendo mesmo. - Ele se levantou devagar e deu a volta no sofá.

- Isso, vai lá. - Ela sorriu leve e foi em direção ao fogão e o viu ir em direção ao quarto. Ela colocou mais um pouco de café em sua caneca, deixou a caneca sobre a bancada e foi em direção ao quarto, onde ele estava se ajeitando pra deitar.

- Obrigada, tá? - Ele falou quando a viu, terminando de se ajeitar deitado - Ai! - Fez uma cara de dor e não pode deixar de notar o rosto dela em completa preocupação!

- Descansa! - Ela ignorou o agradecimento porque para ela, ele não tinha que agradecer por nada, não se importava de dividir a cama com ele, ainda mais que naquele momento ele realmente precisava. Seu coração sempre doía de vé-lo dormir naquele sofá desconfortável. Começou a ajeitar o travesseiro para ver se estava bom pra ele e ainda ajeitou o edredom que estava sobre ele. - Se depois você não melhorar, tem que pedir algum remédio - Ela ainda ajeitava tudo pra ficar confortável pra ele e ele a olhava com cara de bobo, "como ela é cuidadosa", ele pensou. - Tá?

- Tá! - Ele sorriu, disfarçando que ficou encantado e com um sorrisão bobo e buscou sua mão. - Obrigada mesmo! - Deu um beijo na mão da loira.

- Agora feche esses olhinhos e vá dormir! - Ela passou a mão em cima dos olhos dele e deu um beijo na testa. Os dois sorriram e ela logo saiu do quarto, deixando um André toda bobo e sorridente pra trás, que dor mesmo que ele estava sentindo?

Na sala estava Rachel, Jaque, Lucas e Nadja. Jaque estava ao lado de Rachel e Nadja mais perto de Lucas do outro lado. Enquanto conversavam, Lucas resolveu perguntar:

- O André tá dormindo? - Perguntou diretamente pra Raquel.

- Tá sim! Ele acordou com muita dor nas costas - Ela explicou desanimada.

- Dormiu de mal jeito? - Nadja perguntou.

- Dorme sempre aqui no sofá, né? - Lucas falou.

- E também ficou horas ontem montando aquele jogo de dama e jogando com a Rachel, né! - Jaque falou alto brincando ironicamente, fazendo todos darem uma risadinha.

- Meu Deus, Jack, é verdade! - Ela falou preocupada - Pode ter sido isso também, foi muito tempo se curvando toda hora, não tinha parado pra pensar nisso! - Era um sentimento de dó dele e pelo menos 1% de culpa.

- Mas foi divertido, vai! - Jaque tentou acalmar ela, ainda fazendo graça.

Perto da hora do almoço, todos estavam do lado de fora por ordem da produção e Rachel e André estavam na varanda. Ele estava deitado no sofá e ela sentada perto da ponta dos pés do moreno. Estavam bem tranquilos conversando amenidades e bem a vontade perto um do outro.

- Pé gelado, André! - Ela exclamou quando segurou os pés dele que estavam pertinho dela.

- Coração quente! - Ele respondeu rápido e Rachel ficou sem graça, olhou pro outro lado e sorriu. Esses pequenos comentários de André sempre balançavam o coração da loira, mas ela deixava passar, achava graça desse jeito. Ele com receio de ela achar algo ruim, pensou em mudar de assunto rapidamente - Mas assim, aqui faz frio, né? Principalmente de noite!

- Sim, é verdade! - Ela voltou a olha-lo e seguiu o assunto sobre qualquer coisa que não parecesse as frases de André que ele soltava de vez em quando que mais pareciam investidas da parte dele, mas ela negava pra si mesma que poderia ser isso, deveria estar achando coisas.

O assunto seguiu e entre alguma pessoa que passava e conversava com eles, eles estavam sozinhos novamente e mais uma vez André não conseguia disfarçar o rosto de dor.

- Tá doendo mesmo, né? - Ela o olhou preocupada. Ele não estava mais deitada, estava praticamente sentado porém parecia corcunda. Estava quase se contorcendo de dor e ela ficava pensando no que poderia fazer pra amenizar a dor dele. - Não pode nem tocar, né? Pra fazer massagem...? - Ela fez um bico, pensando que aquela solução poderia ajudar de alguma forma.

- Pode! - Ele deu de ombros e passou as mãos nas costas, a olhando, pensando se realmente ele iria ter o privilégio de receber massagem da queridinha dele.

- Então quer que eu faça? - Ela respondeu rápido. Estava feliz de poder tentar ajudar seu amigo e foi se levantando para sentar "atrás" dele. - Vou sentar aqui...

- Deixa que eu sento no chão, na sua frente. - Ele se levantou e ela voltou para o lugar dela, assim os dois acharam a melhor forma de ele ficar na frente dela e ficar confortável para os dois.

- Se doer além do normal e acabar te machucando você me fala, tá? Qualquer coisa você me diz! - Ela colocou as mãos nas costas dele e ele concordou, fechando os olhos para receber a massagem.

Agora ele sabia mais ainda de como era se sentir cuidado por ela, como Jaque e Lucas tanto falavam. O cuidado de Rachel era único, muito singular e atencioso, ele soube ali que era um homem de sorte. Durante toda a massagem eles ficaram em silêncio e André já sentia um alívio absurdo. Quando terminou, ele voltou para o sofá, sentando ao lado dela.

- Meu Deus, que mãos de fada! - Ele a fez sorrir. - Muito obrigado, de verdade! - Segurou a mão dela e deu um beijo estalado.

- Não foi nada, se precisar é só dizer! - Ela piscou. - E depois peça um remédio, por favor, pra garantir que passe cem por cento!

- Obrigado pela preocupação, é disso que falo quando digo sobre o coração estar quente, sabe? - Os dois sorriram, ela um pouco sem graça por ele usar essa referência, mas tendo certeza de que "seu coração errou uma batida" e foi naquele momento. Pensar nisso fazia com que ela sentisse vontade de rir. Como era bom. Por fim, logo mais alguém chegou para conversar com eles e a bolha do mundinho Radre cessou.

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esse foi baseado em alguns fatos reais hehe :) os amo!

espatódea - radré.Onde histórias criam vida. Descubra agora