O colapso

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A árvore da magia, criada apartir de dois jovens na época da escravatura, um indígena e um japonês, ambos melhores amigos.

— Estou cansado Wild - Diz o amigo

— Também estou, não quero seguir as ordens de Crown, ele justamente se escondeu embaixo da nossa árvore e não podemos pegar ele - O homem fica irritado e logo vê as almas de Núncio e NT!S chegarem - Oh... São crianças... Eu tive uma ideia

— Qual? - Pergunta o amigo curioso

— Vamos deixar este mundo morrer, eles têm um futuro bom - Se refere as almas e os manda para uma nova vida

— Como assim? - O outro fica confuso

Wild anda pra frente e esboça um sorriso.

"Você vai ver"

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Signs e Núncio renascem naquela linha do tempo, era um mundo humano comum, parecia muito encantador para Núncio, era sua primeira vez naquele mundo, fazendo o deixando facinado pelo o ambiente, recebendo um nome bem diferente.

— "Bem vinda Evelyn" - Era uma breve memória do jovem

— "Não é o que eu esperava, renasci como uma menina, eu realmente não tenho gênero, mas tudo bem, fazer o que? - Dá de ombros enquanto se olhava no espelho — Tenho que admitir que sou uma beldade

A garota ri e logo desce para ir ver o amigo, de forma saltitante como um coelho, assim vê o amigo de pele escura, assim o abraça.

— Gilberto! - Evelyn estava animada enquanto abraça o amigo

O garoto aperta sua bengala com força, já que o mesmo não enxergava a amiga, mas conhece a voz e logo retribui o abraço.

— Já te disse pra não me abraçar do nada, sabe que sou cego - O garoto faz carinho na cabeça da amiga, o mesmo tremia levemente - E sabe que qualquer toque me deixa em pânico

A garota sapeca sorri e atravessa a rua com o amigo, o mesmo não ia para a escola, recebendo ensino em casa, Evelyn havia aceito um trabalho para cuidar dele, assim o levava para diversos lugares, e hoje ambos iriam para um museu. O local era interativo e tinha uma guia para Gilberto se locomover com mais facilidade e textos em Braile, o que faz o garoto sorrir.

— É lindo - O garoto sorri de modo alegre e se vira animado, tropeçando em alguém - Oh! Desculpa, me animei um pouco

O garoto sorria de forma cativante, adorava esses passeios, o homem desconhecido apenas solta um sorriso calmo e faz carinho na cabeça do jovem.

— Eu compreendo, tenha um bom dia - Se afasta calmamente

Evelyn se aproxima e vê que aquilo não era humano, assim se mantém calma e volta a conversar com o amigo. O jovem sentia algo de estranho, a voz não saia de sua mente por algum motivo, parecia confortável.

— Gil? - Evelyn toca nele, o vendo se arrepiar — Parece que dormiu em pé? O que aconteceu?

— Ah! Nada Lyn - Estava vermelho de vergonha - Vamos pra casa

— Tá bom - Solta um suspiro, pois quase havia conseguido animar ele — "Foi quase, queria tanto animar ele"

Ambos retornam, Gilberto estava preso naquela voz, um sentimento bom vinha, parecia algo levemente familiar. Assim ambos chegam na casa do rapaz, sendo recebidos com um grande sorriso pelo pai dele.

— Vocês chegaram, como foi lá no museu? - O homem olha curioso e ajuda o filho a tirar sua blusa

— Foi bom, acho que Gil se sentiu confortável - Evelyn desvia o assunto do homem estranho para não preocupar o Sr. Santos

— Eu gostei de hoje - Gilberto sorri alegre

O homem fica feliz, pois nunca havia visto o filho tão alegre, então estava pronto e pega um convite para Evelyn.

— Evelyn? Tenho uma coisa para você, como sei que vocês são amigos aqui está o convite de aniversário dele - Entrega o convite, parecia que seria um baile bem estiloso

— Oh! É muito chique.. Não sei se tenho uma roupa adequada - A garota fica preocupada, mas o homem faz carinho em sua cabeça

— Não se preocupe, eu quero muito te agradecer de algum modo por fazer meu menino feliz, eu pago pelo seu vestido, vamos ver um dia para você experimentar e escolher - O homem sorri calmamente para não assustar a garota

A garota consente e logo vê uma foto, na qual estava encima da mesa, a mesma se aproxima, era uma foto de quando Sr.Santos era mais jovem e sua esposa, a mesma parecia grávida e muito feliz na fotografia, ao lado havia outra fotografia, era a mãe de Evelyn, o que deixa a garota confusa.

— Ah! Essa era minha esposa Lilith e a irmã dela Helena - O homem sorri um pouco feliz — Elas eram bem próximas, infelizmente Helena foi tirada do testamento por seu marido ser de uma família "inferior", o que eu achei nada haver

— Entendo - Olha a foto enquanto pensava — "Ela era tão linda, parecia tão encantadora"

Por um momento, aquela alma se lembra de Crown o empurrando enquanto gritava por ajuda, rapidamente ao sair do transe se afasta, ofegante e confusa.

— Eu preciso ir, até mais tarde — A garota corre para longe, cambaleando pelas ruas às vezes quando tropeçava, enquanto memórias chegavam

"Você é tão estranho"

"Algo tão desprezível!"

"Que boneco estranho"

"Deveria existir?"

A garota cai no chão, o chão estava quente devido ao Sol intenso, Evelyn estava chorando, queria ser útil para alguém, queria ser mais que um instrumento.  Ela volta para casa e vai dormir, se jogando na cama e apagando ali mesmo.

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Era madrugada e logo Gilberto acorda afoito, em pânico, uma magia roxa aparece em seus olhos, permitindo enxergar o calor e frio das coisas, a clássica câmera Termográfica nos olhos do garoto de olhos azuis.

— Foi só um sonho ruim... - O garoto olha para o local e levanta, assim caminhando pela casa e olhando ao redor, observando o que conseguia

— Então era o que eu teorizei - Uma voz aparece e ao garoto se virar vê o pai — Vocês são os reencarnados do vovô

... Continua

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