Quebre-me como vidro

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As lascas de vidro apertavam a mente do rapaz, de forma literal, o pai desta linha do tempo era diferente, Gilberto lentamente olha para o homem que tinha olhos parecido com joias brutas de olho de tigre, marrons e cheios de silencio.

- Você tem os olhos de brilho, assim como sua amiga - O homem se aproxima lentamente do garoto, delicadamente coloca sua mão sob a cabeça do filho, fazendo um carinho - Não se afaste ainda

O homem olha para a janela e solta um rosnado, puxando o ar e o movimentando na boca para a reprodução do som, alias ele era um humano, trabalhar entretendo crianças e no auxilio da fala infantojuvenil fazia ele se moldar a situação de protetor como um tigre que quer proteger sua prole. Ao perceber que estava tudo bem, lentamente conduz o filho para a cama novamente e o senta, o vendo sangrar pelos olhos.

- Pelo visto o feitiço passou - O adulto pega um pano com água e começa a limpar com cuidado - Então é verdade sobre o que estava estudando...

- Estudando...? - Gill fica muito confuso e segura sua pelúcia mais próxima, a apertando quando sentia dor

- Meus ancestrais, agora seus também, pesquisavam sobre estes olhos, eles podem variar de forma, contudo dizem muito sobre vidas passadas, não tem origem exata estes olhos, mas poucas pessoas os têm - O pai do garoto termina de limpar e se ergue, pegando uma poção de cura, assim joga encima do garoto, não era liquida, parecia glitter 

Gilberto tosse um pouco e abre os olhos, podia enxergar de forma parcial, suas pupilas eram feitas de brilho, bolinhas brancas que se moviam para qualquer lado de modo aleatório, o garoto ouve vidro se quebrando em sua mente novamente e tampa os ouvidos com força, era sua própria magia entrando em conflito como na infância, para crianças mais velhas isso é apenas um ruido bobo, mas para Gill era diferente devido a sua sensibilidade auditiva e sensitiva tatear devido ao autismo. O garoto começa a tremer e chorar em silêncio, seu pai nota e vai ao consolo, o abraçando e confortando-o.

- Papai Gaspar está aqui, eu estou aqui filho - Gaspar faz carinho na cabeça do filho, não sabia como era essa dor e queria ser um bom pai

Gaspar fica perto do seu filho até ele adormecer, fazendo carinho em sua cabeça,  enquanto isso em outro mundo, uma hibrida estava ali caminhando no bosque quando vê um portal, ficando confusa.

- Huh? - Nightfall olha para as cores chamativas, a mesma era uma criança muito inteligente e tinha uma peculiaridade, na qual era se lembrar de sua vida passada como um cientista e inventor que fez diversas coisas ruins sem saber e se aventurou pelo mundo para consertar seus erros, tendo uma família. Machine ainda era ele.

Fall decide adentrar o portal depois de um leve pensamento, a mesma chega debaixo da árvore da magia, lá tinham livros dos mais raros e proibidos, o que faz o único olho de Nightfall brilhar animada e começar a ler.

Uma página do livro principal estava marcada, assim a mesma abre e era uma profecia:

"4 cavaleiros guiados, um se rebelará, trazendo pânico a este mundo. Rodeado de caos, mundos se dividirão e uma pintura em cinza virá ao mundo de cacos, levando diversão. Quando tudo acabar, as estrelas terão seus aliados aos cânticos de pardal"

— pardal? - Fall estava muito confusa, mas antes de terminar ouve a voz

— Hehe, então temos uma visita - vai até uma raíz e pega uma alma — Você é bem burro. Não é Machine?

— O que? - A garota se vira e vê a sombra de Crown, assim chuta ele

Crown é arremessado para as raízes aonde tinham almas, Crown se levanta, assim vê que estava cravado em uma alma que recebeu a força uma raíz dura.

— Pelo visto você provou do seu próprio veneno - sai dali imediatamente

.. Continua

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